Como funciona o piloto automático agrícola?

Por Equipe FieldView™ em 03/09/2022 18:04:00

O uso de máquinas agrícolas automatizadas aumenta a produtividade no campo e a vantagem competitiva do agricultor, que consegue executar as operações na fazenda com maior eficiência e velocidade

Máquina agrícola operada com piloto automático, e com vários indicadores da operação sendo apresentados por monitores em tempo real 

Máquina agrícola operada com piloto automático, e com vários indicadores da operação sendo apresentados por monitores em tempo real 

 

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O piloto automático agrícola consiste num sistema acoplado à direção do veículo, permitindo que seu controle seja realizado a distância.

Para isso, a máquina precisa ter uma antena para captação dos sinais de comando enviados por um software, em que o produtor insere os dados sobre cada operação.

Esses comandos são enviados para o maquinário por meio de um sistema GPS e captados por uma antena instalada na máquina.

Assim, o veículo pode realizar seu trajeto e exercer suas funções de forma automática, de acordo com o tipo de integração da máquina com o implemento agrícola.

Utilizando essa tecnologia, o agricultor consegue melhorar a produtividade, reduzir o tempo de operação, entre outros benefícios.

Por isso, o uso do piloto automático já é uma realidade em operações como pulverização e colheita e deve aumentar nos próximos anos.

Boa leitura!

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Operar uma máquina agrícola à distância deixou de ser um sonho distante e já se transformou em realidade.

Hoje, o produtor já consegue encontrar colheitadeiras e tratores, por exemplo, que funcionam com piloto automático.

Utilizando esse tipo de máquina, o produtor não só otimiza as operações no campo, mas também aumenta sua produtividade.

Para entender como isso é possível, acompanhe os próximos tópicos!

 

O que é piloto automático agrícola?

O piloto automático agrícola consiste num sistema que automatiza a operação das máquinas utilizadas na fazenda.

Também chamada de maquinário autômato, essa tecnologia não é utilizada apenas no setor agrícola - foi pensada para a construção de veículos autômatos em geral.

Porém, como essa tecnologia permite que os produtores maximizem seus resultados no campo, ela foi incorporada ao conjunto de tecnologias da agricultura de precisão.

Por isso, hoje já é possível encontrar tratores, pulverizadores, colheitadeiras, entre outras máquinas agrícolas, que funcionam de forma automatizada.

 

+ LEIA MAIS: Quais são os principais tipos de máquinas agrícolas e como usá-los?

 

Como essa tecnologia funciona?

Essa tecnologia exige o uso de um sistema acoplado à direção do veículo, que recebe sinais de comando por intermédio de um software.

Todos os parâmetros da operação das máquinas, incluindo trajeto, velocidade, entre outros, são definidos por meio desse software.

Em seguida, o próprio software envia os comandos da operação diretamente para a máquina por meio de sinais de GPS (Sistema de Posicionamento Global).

Assim, o maquinário consegue se movimentar, manobrar e executar suas funções de forma automática, seguindo as instruções fornecidas pelo software.

Na prática, é como se as máquinas fossem controladas da mesma forma que os drones, ou seja, por meio de um controle remoto.

Porém, ao contrário dos drones, o agricultor não precisa contratar um profissional para controlar a máquina à distância, por meio de um controle remoto.

Todavia, apesar de não exigir os comandos de um operador, é importante que um profissional permaneça dentro da cabine da máquina.

Assim, ele pode monitorar o funcionamento do sistema e interferir na operação, caso identifique algum problema na máquina ou no terreno.

 

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Por que investir no piloto automático agrícola?

O investimento no maquinário autômato permite que o agricultor aumente sua produtividade e eficiência durante a execução de vários processos no campo.

Mas esse é apenas um dos motivos que justificam o investimento nessa tecnologia.

Além aumentar a eficiência, o piloto automático também promove os seguintes benefícios:

 

  • Aumento da produtividade

O maquinário autônomo se diferencia por ser mais assertivo durante as operações.

Isso significa que seu deslocamento e velocidade ocorrem de forma uniforme, respeitando o espaçamento ideal entre as linhas da lavoura.

Como consequência, o uso dessa tecnologia permite a redução da compactação do solo e dos danos provocados pelo uso inadequado das máquinas na lavoura.

Com isso, é possível aumentar o aproveitamento da área, reduzir o tráfego nas linhas de cultivo e melhorar a produtividade.

 

Equipamento agrícola trabalha na lavoura com piloto automático

Equipamento agrícola trabalha na lavoura com piloto automático: enquanto isso, o motorista pode observar detalhadamente os indicadores da operação (Fonte: Massey Ferguson)

 

  • Redução do tempo de operação

Outra vantagem do uso do piloto automático é a redução do tempo de operação. Isso ocorre em função de dois fatores.

O primeiro deles está relacionado à realização de manobras mais rápidas. Com o auxílio dessa tecnologia, as máquinas conseguem fazer curvas com maior precisão e velocidade, por exemplo.

Além disso, como a máquina pode ser operada de dia e de noite, mesmo quando a visibilidade está baixa, as operações são concluídas mais rapidamente.

E tudo isso pode ser realizado de forma segura e precisa sempre que o produtor achar conveniente.

  • Diminuição da ociosidade das máquinas

Como as máquinas automáticas podem operar a qualquer hora do dia ou da noite, com o auxílio do GPS elas ficam menos tempo paradas.

Assim, o produtor consegue aumentar o aproveitamento do uso desse maquinário e ainda economiza com a manutenção de equipamentos ociosos.

Leia Também: O que é GPS agrícola, como ele funciona e quais os benefícios para a agricultura?

  • Redução da fadiga do operador

Apesar de dispensar o trabalho do operador, as máquinas podem ser acompanhadas por esse profissional.

A diferença é que ele não precisa se preocupar com a direção do volante, nem com a operação das funções da máquina, o que torna o trabalho menos cansativo e reduz a chance de erros durante os procedimentos.

Em vez disso, ele pode dedicar sua atenção a outras atividades, como a observação das condições da lavoura e dos implementos, bem como a análise dos dados do painel da máquina, por exemplo.

  • Retorno econômico

A otimização do tempo de operação, a redução de falhas humanas e o aumento da produtividade garantem não só a redução de custos, mas também permitem um bom retorno econômico.

Com o tempo, esse faturamento pode ser utilizado para custear os investimentos realizados para a aquisição do maquinário autômato.

  • Vantagem competitiva

Como o sistema de piloto automático aumenta a produtividade e a eficiência das operações na lavoura, ele também ajuda a melhorar a qualidade e a rentabilidade da safra.

Com isso, o produtor eleva seu posicionamento no mercado e garante uma maior vantagem competitiva diante dos concorrentes.

 

 

Trator é conduzido pelo piloto automático; já o operador apenas acompanha o trajeto

Trator é conduzido pelo piloto automático; já o operador apenas acompanha o trajeto, podendo  interferir na operação caso identifique algum problema na máquina ou no terreno (Fonte: Trimble)

 

Tipos de piloto automático 

Basicamente, existem dois tipos de piloto automático, classificados de acordo com a integração entre o maquinário e os implementos agrícolas.

Conheça cada um deles abaixo:

 

  • Sistema passivo

No piloto automático passivo, o trajeto percorrido pela máquina deve ser compatível com o funcionamento do implemento agrícola, para que ele seja usado da forma correta.

Por isso, o trajeto depende da definição e cálculo de uma rota que considere os desvios necessários para compensar o uso alinhado do implemento agrícola. 

O problema é que isso pode levar a máquina e o implemento a seguir caminhos diferentes, o que pode provocar danos à lavoura durante as operações de tratos culturais.

  • Sistema ativo

Nesse caso, o controle do piloto automático deve ser feito para corrigir os desvios do implemento agrícola e garantir que ele siga o mesmo trajeto que a máquina.

Com isso, o veículo pode se deslocar de forma mais precisa, sem causar danos à lavoura.

Para isso, é importante investir num atuador, dispositivo que garante a conexão entre a máquina e o acoplamento.

Esse atuador pode ser hidráulico, mecânico ou elétrico:

  • Hidráulico: também chamado de pistão, ele pode ser utilizado para movimentar a barra de engate de forma lateral em relação ao veículo. Além disso, esse pistão também pode fazer o deslocamento transversal da barra de engate, que deve estar acoplada ao engate de três pontos;
  • Mecânico: utilizado em equipamentos empregados no preparo do solo, esse tipo de atuador exige o uso de dois ou mais discos lisos de ancoragem. Essas ferramentas são utilizadas como referência para alinhar o implemento e a máquina agrícola;
  • Elétrico: deve ser acoplado diretamente no sistema de direção, garantindo um alinhamento mais preciso e eficiente. Afinal, ele está menos sujeito às folgas do conjunto de direção e exige um tempo menor de resposta em relação aos outros tipos de piloto automático.

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Como usar o piloto automático na agricultura?

O piloto automático agrícola pode ser utilizado em conjunto com outras ferramentas da agricultura de precisão para otimizar diferentes operações na fazenda.

Conheça algumas delas abaixo:

 

Aplicação de fertilizantes

O maquinário automático pode fazer o preparo do solo respeitando as diferentes características do terreno.

Para isso, o primeiro passo é gerar mapas de fertilidade, que podem ser produzidos com apoio de um software de gestão agrícola e amostras georreferenciadas do solo.

Assim, o agricultor obtém o mapeamento da área da lavoura de acordo com as necessidades nutricionais de cada parte do terreno.

Com base nessas informações, o produtor envia os comandos para as máquinas com piloto automático. Assim, ele pode liberar a quantidade de fertilizante ideal para atender a demanda de cada talhão.

Embora esse processo não reduza os custos com fertilizante, ele torna sua aplicação mais eficiente, rápida e precisa.

 

Pulverização de defensivos

A aplicação de defensivos depende da identificação de pragas e doenças na lavoura.

Como é impossível identificar esses problemas em tempo real, o ideal é que a rota da aplicação seja definida com antecedência, com base num estudo prévio.

Os resultados dessa pesquisa são transferidos para o computador e servem como base para o desenho de um mapa.

Nesse documento, os locais com infestação são marcados com GPS, formando um conjunto de informações que são armazenadas num software SIG (Sistema de Informação Geográfico), responsável por criar o mapa de aplicação dos defensivos.

Depois disso, os dados desse mapeamento são enviados ao maquinário, que faz a aplicação dos defensivos de acordo com as necessidades de cada talhão.

 

+ CONFIRA: Agricultura moderna: descubra as vantagens da mecanização agrícola que reduz prejuízos

 

Aplicação de herbicidas

A aplicação de herbicidas na lavoura também depende da identificação das plantas daninhas ou voluntárias na área de cultivo.

Por isso, o primeiro passo é monitorar o desenvolvimento da cultura e identificar os locais com registro de plantas invasoras acima dos números tolerados.

Vale lembrar que, ao contrário do que acontece com pragas e doenças, hoje o produtor já pode usar a tecnologia Spot Spray, capaz de identificar as plantas daninhas de forma automática e em tempo real.

Seja qual for o método utilizado para a identificação, o importante é que os dados coletados sejam utilizados na criação de um mapa agrícola de aplicação de herbicidas.

Com base nesses dados, as máquinas autômatas fazem o trajeto correto e liberam os defensivos apenas nos locais indicados, preservando o restante da lavoura.

 

Colheita mecanizada

Além da aplicação de insumos agrícolas, máquinas agrícolas com piloto automático também têm sido utilizadas na colheita mecanizada de diferentes culturas.

Assim como nos demais casos, a colheita automatizada também depende do fornecimento de dados georreferenciados, que vão determinar o percurso e os demais parâmetros necessários para uma colheita eficiente.

Com isso, o produtor consegue reduzir o pisoteio, melhorar o rendimento operacional e diminuir as perdas que geralmente ocorrem nessa etapa do plantio.

 

Trator sem cabine: veículos já são criados para operar somente com o piloto automático

Trator sem cabine: veículos já são criados para operar somente com o piloto automático (Fonte: Case IH)

 

Desafios do uso do piloto automático na agricultura

Apesar de oferecer tantos benefícios e apresentar muitas aplicações, a implementação do piloto automático no campo ainda precisa passar por alguns desafios.

Além do valor exigido para esse tipo de investimento, ainda é necessário melhorar a integração e a conectividade entre as máquinas, facilitando a comunicação entre os equipamentos.

Além disso, já existe uma discussão sobre a necessidade de padronização dos equipamentos de diferentes fabricantes e sobre a possibilidade de redução das máquinas agrícolas automatizadas.

De qualquer forma, o piloto automático já é uma realidade em diferentes fazendas, especialmente na etapa de pulverização e colheita.

E tudo indica que os sistemas agrícolas devem se tornar cada vez mais automatizados nas próximas décadas para melhorar a produção e a rentabilidade da lavoura. Por isso, é bom começar a se preparar para o futuro.

Se você procura por mais formas de digitalizar e automatizar sua lavoura, conte com a Climate FieldView!

 

+ Acompanhe mais sobre este assunto nos artigos:

 

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