Agricultura 4.0: qual é o momento certo para digitalizar a lavoura?

Por Equipe FieldView™ em 20/10/2021 11:11:01

As ferramentas digitais são aliadas ao longo da safra, porque ajudam a melhorar a eficiência das operações, como plantio, pulverização e colheita, e maximizam a tomada de decisão do produtor

 

Operador do pulverizador registra dados no monitor do equipamento

Operador do pulverizador registra dados no monitor do equipamento antes de iniciar a operação na cultura de soja

 

+ Sem tempo de ler o texto todo? Confira os principais destaques!

A digitalização do campo já faz parte da rotina do produtor agrícola brasileiro. Resultado do uso de diferentes tecnologias, a lavoura digital proporciona inúmeros benefícios, como otimização no uso de recursos, melhor monitoramento do campo e realização de operações com maior eficiência.

Para obter esses resultados, o produtor pode utilizar das ferramentas digitais em diferentes momentos da safra, como no planejamento da lavoura, no plantio, na pulverização, na colheita e, até mesmo, no acompanhamento da previsão do tempo.

A partir dos dados gerados nessas diferentes operações, o agricultor ganha poder de análise de cada um de seus talhões e tem condições de tomar decisões mais assertivas a cada momento do ciclo, que podem alavancar a produtividade e a rentabilidade da safra.

Boa leitura!

 

+ + + 

A lavoura digital é cada vez mais utilizada no Brasil por produtores em busca de maior produtividade e rentabilidade da lavoura.

Mas você conhece quais tecnologias permitem essa evolução e em que momento da safra você pode utilizá-las? 

Neste artigo, falamos sobre o que é a agricultura digital, quando adotar suas ferramentas e de que forma ela turbina a produtividade da lavoura. Confira!

 

+ LEIA MAIS: Mapas interativos da Agricultura Digital: tudo sobre esta cadeia colaborativa de dados

 

O que significa uma lavoura digital?

A agricultura digital, também conhecida como agricultura 4.0, consiste em reunir tecnologias que permitem ao produtor tomar decisões mais assertivas no dia a dia do campo, alavancando a produtividade e a rentabilidade da safra.

É possível tomar essas decisões a partir de dados fidedignos gerados pelas tecnologias digitais, nas várias operações realizadas em diferentes momentos da safra. Ou seja, o agricultor faz suas análises a partir da realidade do campo antes de tomar providências. 

Assim, ele pode, por exemplo, adotar um manejo mais eficiente, fazer ajustes na operação do maquinário e reduzir o desperdício de insumos, como sementes, defensivos, fertilizantes e água. 

Quando fazem a digitalização das informações da lavoura, essas tecnologias geram dados que são processados, organizados e armazenados por softwares especialmente desenvolvidos para esta finalidade. 

 

drone gera imagens da cultura

Em sobrevoo sobre a lavoura, drone gera imagens da cultura, que podem se analisadas remotamente pelo produtor

 

Uso da tecnologia digital no campo

Mas o uso de dados no campo é anterior à agricultura digital. Entre 1990 e 2010, a agricultura brasileira passou por um importante processo de inovações. Foi o período da consolidação da agricultura 3.0, também conhecido como a era da agricultura de precisão

Trouxe muitos avanços para o campo! Inclusive foi o embrião do que seria, mais tarde, a lavoura digital, marcada pelo uso de dados - gerados no monitoramento e nas operações agrícolas - nas decisões tomadas pelo produtor no dia a dia da fazenda.

O campo ganhava o auxílio de tecnologias disruptivas, como o GPS, por exemplo - ferramenta que mostrou ao produtor o quanto os dados gerados no campo podem apoiá-lo na busca por melhores resultados na safra.

Mas o progresso tecnológico no agro não parou por aí! A internet e produtos cada vez mais digitais invadiram as lavouras pelo Brasil afora, trazendo resultados impressionantes.

 

+ OUÇA O EP. 2 DO NOSSO PODCAST: A digitalização antes, durante e depois da safra

 

Hoje o nível de adesão a essas tecnologias é elevado no país. Pesquisa de 2020 da consultoria McKinsey & Company apurou que pelo menos 47% dos produtores agrícolas tinham usado tecnologia de alta precisão na safra do ano anterior. 

A pesquisa também constatou que as fazendas no Brasil já usam mais recursos digitais que nos EUA. 

A digitalização do agro brasileiro tem impactado tão grande que a Esalq/USP passou a oferecer aos alunos, em agosto de 2020, a disciplina de agricultura digital.

 

Operador conduz o equipamento durante a colheita da lavoura de sojaOperador conduz o equipamento durante a colheita da lavoura de soja: dados sobre a operação são gerados e organizados pelas tecnologias digitais  

 

Quando digitalizar a lavoura?

Não existe exatamente o momento certo para se digitalizar a lavoura. Toda hora é hora de se utilizar das funcionalidades da agricultura digital. Tudo depende da necessidade do agricultor.

Olhando para a safra como um todo, se ele tem o objetivo de melhorar a gestão da fazenda e aumentar a produtividade do campo, pode digitalizar sua lavoura em diferentes momentos ao longo do ciclo utilizando as tecnologias disponíveis no mercado. 

 

  • No planejamento de safra

O planejamento é o ponto de partida para uma safra de sucesso. É nesse primeiro momento que o agricultor precisa tomar decisões que vão resultar em uma boa performance da lavoura ao longo de todo o ciclo. 

Para isso, torna-se indispensável usar dados gerados pela agricultura digital ao longo da(s) safra(s) anterior(es) e na entressafra, o que permite planejar com maior assertividade o próximo ciclo da lavoura.

O produtor pode, por exemplo, saber quais insumos performaram melhor anteriormente, para direcionar as negociações de insumos com seus fornecedores.

Pode ainda fazer testes de híbridos/variedades e demais produtos para saber quais têm melhor desempenho em cada talhão. Também pode testar os tratamentos de sementes mais eficazes, a melhor população que deve ser plantada em cada área, janela de plantio e etc. 

Ou seja, é possível comparar dados históricos de plantio, assim como de pulverização, colheita e de análise de solo que foram armazenados e, assim, avaliar como cada fator impactou os resultados obtidos com a cultura.

A análise destes dados serve de base não só para o planejamento da safra, como também para a compra de insumos.

 

Drones podem ser usados para monitorar o desenvolvimento da cultura ao longo da safra

Drones podem ser usados para monitorar o desenvolvimento da cultura ao longo da safra

 

  • No monitoramento da lavoura

Para acompanhar o desenvolvimento da lavoura, o produtor não tem condições de monitorar pessoalmente cada cantinho talhão ao longo da safra. 

A fim de realizar essa tarefa, é possível gerar mapas e imagens por drones, integrados por GPS, câmera e sensores. 

Ele também pode maximizar o monitoramento da lavoura utilizando imagens de satélite, como as que são geradas pelo Diagnóstico FieldViewTM, que é uma das funcionalidades da plataforma Climate FieldViewTM, da Bayer

Esses recursos digitais permitem acompanhar cuidadosamente o crescimento vegetativo da cultura em cada talhão. Caso alguma área esteja com problema de desenvolvimento, o produtor pode detectar com facilidade pelas imagens e mapas e mobilizar uma equipe para ir até o local.

Isso permite identificar com maior facilidade o que pode estar “roubando” a sua produtividade, que pode ser a infestação de pragas ou de plantas daninhas, a ocorrência de doenças, além de problemas nutricionais, surgimento de erosão, falhas na irrigação etc. 

 

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  • Durante a realização das operações no campo

Cada operação realizada no campo pode ser digitalizada, produzindo informações que vão ser usadas para maximizar as decisões tomadas pelo produtor. 

Pode-se gerar dados, por exemplo, durante as operações de plantio, colheita e pulverização de cada talhão utilizando o dispositivo FieldViewTM Drive

Esse equipamento coleta tanto dados agronômicos quanto do maquinário, resultando em mapas e relatórios em tempo real, que podem ser acessados remotamente no aplicativo, pelo produtor. 

 

+ VEJA: Entenda como a tecnologia 4.0 na lavoura potencializa o resultado no campo

 

Assim, é possível visualizar o andamento das operações com poucos cliques. O agricultor pode avaliar a velocidade das máquinas, a população de sementes, a umidade da colheita, entre outras variáveis importantes que podem impactar a lavoura. Caso identifique alguma falha na operação, o agricultor tem condições de fazer ajustes. 

Depois de gerados, os dados do plantio, pulverização e colheita são processados e armazenados de forma simples e eficaz, podendo ser integrados a diferentes outros dados agronômicos. 

 

  • Na automação de processos e na economia de mão de obra

As diferentes operações realizadas no campo, por exemplo, já podem ser feitas sem a presença de operadores, economizando horas de trabalho com funcionários.

É possível usar máquinas autônomas conectadas pela internet, como tratores, plantadeiras, colheitadeiras, entre outros equipamentos. 

Elas se comunicam e podem ser acompanhadas remotamente pelo produtor, trabalhando em sinergia por uma maior produtividade. É a Internet das Coisas (IoT) já se tornando realidade no campo.

Visando a qualidade das operações realizadas, cada equipamento pode ser guiado por GPS, o que permite, por exemplo, melhorar o tráfego da máquina na área, evitando a compactação do solo e melhorando a precisão das manobras. 

A tecnologia digital permite, inclusive, aplicar defensivos automaticamente de acordo com pulverizações realizadas anteriormente ou aplicá-los apenas onde há a presença de plantas na linha de cultivo. 

Dessa forma, a automação otimiza a aplicação de insumos, evita desperdício, melhora a eficiência das operações e propicia economia com mão de obra.

 

Plantadeira realiza a semeadura do talhão

Plantadeira realiza a semeadura do talhão: a operação ganha maior eficiência com a automação do processo 

 

  • Na previsão das condições climáticas e na tomada de decisões

Para garantir as melhores condições para a realização das operações na lavoura, o produtor pode utilizar das ferramentas digitais para acompanhar a previsão do tempo ou o acumulado de chuvas das últimas horas. 

Utilizando de funcionalidades como o Radar Meteorológico, o agricultor sabe o momento certo para realizar suas operações de plantio, colheita e pulverização; se haverá maiores condições de propagação de um patógeno; se terá que acionar o sistema de irrigação;  se a umidade do campo estará alta etc.

 

Produtor acompanha no notebook informações sobre sua safra de sojaProdutor acompanha no notebook informações sobre sua safra de soja: acessar dados digitalizados da lavoura é cada vez mais comum na agricultura brasileira

 

Vantagens do uso da agricultura digital

Para o produtor, vale a pena investir em uma lavoura digital? Considerando os benefícios que as tecnologias da agricultura 4.0 proporcionam ao produtor, o próprio crescimento do uso das ferramentas digitais no campo nos últimos anos responde esta pergunta.

Alguns dos benefícios são:

  • Apoio na tomada de decisões;
  • Otimização no uso de recursos;
  • Melhor monitoramento da lavoura;
  • Realização de operações com maior eficiência;
  • Maior sustentabilidade do negócio;
  • Aumento da produtividade e da rentabilidade ao final da safra.

 

 

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