Agricultura moderna: descubra as vantagens da mecanização agrícola que reduz prejuízos

Por Guilherme Buck, agrônomo de desenvolvimento de mercado, Bayer em 16/03/2020 11:08:17

Agricultura Moderna Colheitadeira no campo de trigo Climate FieldViewAgricultura mecanizada moderna

Quando surgiram as máquinas agrícolas?

As primeiras máquinas colheitadeiras de grãos começaram a ser utilizadas nas lavouras brasileiras em meados da década de 60. Essas máquinas tinham capacidade para colher, em média, cerca de 500 sacas de 60 quilos de soja por dia e eram consideradas um grande avanço tecnológico nas lavouras. Para se ter ideia da evolução das máquinas agrícolas desde então, atualmente elas conseguem colher seis vezes mais, uma média de 3 mil sacas, em apenas oito horas.

Essas colheitadeiras ou ceifadeiras antigas, como eram chamadas na época, não mais funcionavam à base de tração animal, como as primeiras máquinas agrícolas que surgiram nos Estados Unidos e Inglaterra no final dos anos 1700. Na prática, esse maquinário que surgiu nos idos de 1960 era mais lento e pesado do que o atual, o que poderia gerar uma enorme pressão e resultar na compactação do solo. Com isso, a disponibilidade de oxigênio era menor, assim como viabilidade para a infiltração d'água na terra.

A evolução das colheitadeiras

Quem entra hoje em uma colheitadeira se impressiona com todo o aparato tecnológico. As máquinas agrícolas mais modernas oferecem conforto ao condutor, com cabines equipadas com ar condicionado, direção hidráulica, piloto automático, tela sensível ao toque ou suporte para a conexão com tablets; contam ainda com sensores de calibração automático, GPS e até câmeras digitais nos elevadores de retrilha, responsáveis pela separação entre a palha e o grão colhido. 

As primeiras colheitadeiras de grãos começaram a ser utilizadas nas lavouras brasileiras em meados da década de 60. Essas máquinas tinham capacidade para colher, em média, cerca de 500 sacas de 60 quilos de soja por dia e eram consideradas um grande avanço tecnológico nas lavouras. Para se ter ideia da evolução desde então, as máquinas atualmente conseguem colher seis vezes mais, uma média de 3 mil sacas, em apenas oito horas. 

Agricultura digital controlada pelo tabletEvolução das máquinas através da agricultura digital

O que é agricultura moderna?

A agricultura moderna é aquela que se aplica à tecnologia para reduzir custos e aumentar a produtividade no campo. As principais características envolvem a agricultura digital na modernização das máquinas, inovações genéticas, novas práticas de cultivo, gerenciamento dados, permitindo maior controle de precisão nos processos agrícolas.

No conceito de agricultura moderna, cada etapa da produção é valiosa. Da preparação da área com o uso de fertilizantes, passando pela semeadura, pelo acompanhamento do desenvolvimento das plantas e pelo Manejo Integrado de Pragas (MIP), todos os aspectos são tratados com atenção e nos mínimos detalhes pelos agricultores.

 

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Como surgiu a agricultura moderna?

A agricultura moderna surgiu na primeira fase da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX. As principais características dessa evolução estão nas novas práticas de cultivo, inovações genéticas de grãos, tecnologia dos maquinários, ciencia de dados, manejo integrado de pragas e ferramentas para a agricultura 4.0.

Embora os tipos de máquinas agrícolas não sejam responsáveis pelo aumento da produtividade em si, a correta regulagem é fundamental para diminuir perdas mecânicas – que chegam muitas vezes a ser bastante significativas. A revisão de cada item das colheitadeiras ressalta os cuidados que os produtores têm durante toda a safra, visto que, com os sensores calibrados, a distância adequada entre o molinete para a barra de corte, o côncavo mais próximo do rotor para o maior impacto do grão visando a limpeza e as lâminas da barra de corte em perfeito funcionamento, evitam a evasão e a quebra dos grãos.

Leia Também: O que é GPS agrícola, como ele funciona e quais os benefícios para a agricultura?

Veja as vantagens da mecanização agrícola para diminuir perdas na sua colheita

Foi o auxílio dessas tecnologias acopladas às máquinas agrícolas que ajudaram a melhorar o processo da colheita de grãos, a exemplo de soja, milho e trigo, nas regiões Sul e Centro-Oeste, os principais produtores de grãos do país naquele momento.

A Agricultura moderna torna a produção mais eficiente com a tecnologia das máquinas agrícolas modernas

O aumento da população mundial nas décadas de 70 e 80 demandava mais alimentos de países produtores – e com capacidade de expansão –, como o Brasil. No nosso caso, pouca foi a expansão da área plantada de grãos entre meados dos anos 70 e o início dos 2000, saindo de 37,3 milhões de hectares para 40,2 milhões de hectares, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab.


Por isso, era necessário ser muito eficiente e reduzir a perda de grãos, por exemplo. Isso passava justamente pelo avanço tecnológico do maquinário. Até o começo dos anos 90, o emprego da tecnologia nas fazendas ainda era tímido.

Esse cenário começou a mudar no início dos anos 2000, com o fortalecimento da agricultura de precisão, ajudando os produtores a monitorar melhor atividades como a colheita, e, mais tarde, com a agricultura digital, para acompanhar de forma mais acurada, com o auxílio de novas plataformas, a avaliação do resultado.

Nesse momento, as grandes indústrias começaram a implantar mais tecnologia às colhedoras de grande porte. Esse aperfeiçoamento das máquinas agrícolas ocorreu com a evolução de tecnologias que antes não faziam parte das lavouras, como o Sistema de Navegação Global por Satélites (mais conhecido como GPS, na sigla em inglês).

Assim, mapas georreferenciados e sensores, que permitem medir a variabilidade espacial de determinada área ou talhão, passaram a ser utilizados no campo. Com a possibilidade de dividir os hectares da propriedade em microáreas para uma análise de produtividade e a fertilidade do solo mais detalhada, surgem estratégias como a semeadura de sementes e a aplicação de fertilizantes em taxa variável, o que gera uma otimização das operações e consequentemente a economia de recursos.

A evolução das colheitadeiras para a agricultura moderna

Em relação aos tipos de máquinas agrícolas, são diversos dispositivos que contam com tecnologias como Internet das Coisas (IoT, em inglês), Big Data, GPS e softwares de agricultura digital que podem ser conectados às colheitadeiras e levantar, com maior precisão, informações sobre produtividade, desempenho do maquinário nas linhas de plantio, detalhamento de cada talhão, bem com a quantidade de sacas colhidas.

Tipo de máquina agrícola usada na colheita de cereaisMáquina agrícola usada na colheita de cereais

Não por acaso, as chamadas agricultura digital e a agricultura de precisão, têm como objetivo comum compilar e qualificar uma grande quantidade de dados adquiridos na lavoura.

Assim como em outros tipos de máquinas agrícolas, o operador pode fazer melhor o aproveitamento das colheitadeiras aliadas à agricultura digital, por exemplo, o usar o piloto automático, onde são percorridas as linhas traçadas previamente pelo engenheiro agrônomo, na velocidade desejada.

Saiba mais: Quer potencializar a colheita? Confira aqui algumas dicas

Qual a importância das colheitadeiras para um futuro promissor?

Para quem se impressiona com o porte das técnicas agrícolas atuais e a conectividade de máquinas agrícolas em feiras como a Agrishow, a notícia é que essa verdadeira revolução que acontece no campo deve continuar.


Na avaliação de especialistas, a tendência é que o segmento agrícola do futuro seja ainda mais conectado, com a compilação e a troca de dados entre máquinas agrícolas, e trabalhadores mais qualificados.

O aumento da conectividade nas áreas rurais também deve beneficiar ainda mais o uso de plataformas de agricultura digital, a exemplo do FieldView™. Com isso, o produtor pode ver os resultados da colheita em tempo real, visualizar a quantidade de sacas colhidas, a produtividade por talhão e a umidade do grão direto da cabine, por exemplo.

Com o avanço da tecnologia e a compilação desses dados, o produtor poderá, junto ao seu engenheiro agrônomo, tomar as decisões de maneira mais rápida do que já acontece, se antecipando a perdas, evitando prejuízos e aumentando a lucratividade da sua produção.

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