A adubação de cobertura é uma técnica que consiste na aplicação de fertilizantes após o plantio, contribuindo para o crescimento saudável das plantas e o aumento da produtividade.
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A adubação de cobertura é uma técnica que consiste na aplicação de fertilizantes após o plantio. Ela garante que as plantas recebam os nutrientes necessários para seu desenvolvimento ao longo do ciclo de vida.
Esse manejo ajuda a evitar problemas relacionados a deficiências nutricionais, melhora a qualidade dos produtos agrícolas e aumenta a produtividade da lavoura.
Para definir a melhor estratégia de adubação, o produtor deve considerar fatores como o ciclo da cultura e as características do solo.
E para alcançar os melhores resultados, o ideal é aplicar os fertilizantes com o apoio de técnicas avançadas, como o mapeamento digital do solo e o monitoramento da lavoura.
Essas práticas ajudam a reduzir a ocorrência de erros que podem comprometer a adubação e, consequentemente, a produtividade da lavoura.
Boa leitura!
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Os nutrientes funcionam como “alimento” para as plantas. Sem eles, as plantas podem apresentar sintomas de deficiência nutricional, comprometendo sua saúde e produtividade.
Para evitar esse cenário, o produtor costuma aplicar fertilizantes durante o plantio. O problema é que a quantidade de insumos utilizada nem sempre é suficiente para sustentar a lavoura até a colheita. Por isso, é importante investir na chamada adubação de cobertura.
Essa técnica consiste na aplicação de fertilizantes após o plantio, em fases-chave do ciclo da cultura. Ela complementa a adubação de base, garantindo que as plantas recebam os nutrientes essenciais para um crescimento saudável.
Neste artigo, explicaremos os benefícios dessa prática, como escolher o melhor manejo de adubação de cobertura e quais técnicas avançadas podem ser aplicadas para otimizar os resultados.
Importância da adubação de cobertura para a produtividade agrícola
As plantas têm necessidades nutricionais distintas ao longo do seu ciclo de vida. Na fase vegetativa, demandam principalmente nitrogênio (N) e fósforo (P), essenciais para o desenvolvimento de folhas, caules e raízes.
Já na fase reprodutiva, quando a cultura entra no período de florescimento e frutificação, elementos como potássio (K) e fósforo (P) passam a ser mais exigidos. O potássio melhora a qualidade dos frutos e grãos, enquanto o fósforo contribui para a formação de flores e sementes.
A adubação de cobertura estimula essas duas fases de desenvolvimento da planta. Além de evitar o abortamento de flores e promover a frutificação da lavoura, essa técnica aumenta a resistência das plantas a pragas, doenças e estresses ambientais.
Ela também melhora a estrutura do solo, com redução das perdas por lixiviação e volatilização. Assim, o solo se torna mais fértil e com maior capacidade de retenção de água e nutrientes.
Como resultado, a cultura encontra as condições necessárias para se desenvolver de forma uniforme e saudável, o que aumenta a produtividade da lavoura. E tudo isso impacta no valor comercial da safra e na rentabilidade do produtor.
Critérios para definição do melhor manejo de adubação de cobertura
Adubação de cobertura para milho.
O produtor pode adotar diferentes estratégias de adubação de cobertura, sendo que a escolha do melhor manejo para a lavoura depende da análise de diversos fatores.
Confira a seguir os principais critérios que devem ser avaliados para definir a estratégia mais adequada para a fazenda.
Ciclo de vida da cultura
As culturas anuais, como milho e soja, exigem aplicações de fertilizantes em estádios específicos. No caso do milho, por exemplo, nutrientes como nitrogênio, potássio e enxofre são exigidos nas fases V4/V5.
Já nas culturas perenes, como pastagens, as adubações devem ser feitas antes do período chuvoso para estimular a rebrota e aumentar o acúmulo de matéria seca.
O produtor precisa levar essas particularidades em conta antes de decidir qual manejo de adubação adotar e o momento ideal para a aplicação dos fertilizantes.
+++ Saiba como a aplicação de nitrogênio na cultura do milho pode melhorar a produtividade
Condições do solo
As características do solo também influenciam diretamente a escolha do manejo. Aspectos como relevo, textura, teor de matéria orgânica e disponibilidade de água devem ser analisados para definir a estratégia mais eficiente.
Em regiões com alta pluviosidade e solos arenosos, por exemplo, pode ser necessária uma segunda aplicação de adubo de cobertura durante a fase reprodutiva da cultura.
Para entender as especificidades da área de cultivo, o ideal é realizar uma análise do solo. Esse procedimento permite avaliar as propriedades físicas, químicas e biológicas do terreno, facilitando a tomada de decisão sobre o tipo e a quantidade de fertilizantes que devem ser utilizados.
Métodos de aplicação
A técnica pode ser aplicada de diferentes formas. Cada uma delas exige uma infraestrutura diferente, o que também influencia na escolha do manejo. Conheça a seguir os principais métodos de aplicação:
- Aplicação de fertilizantes granulados ao redor das plantas: os insumos são incorporados ao solo com o auxílio de equipamentos, como espalhadores a lanço ou adubadoras;
- Pulverização líquida nas partes aéreas: fertilizantes diluídos são aplicados sobre a lavoura com pulverizadores, garantindo que a mistura atinja a parte superior das plantas;
- Fertirrigação: os fertilizantes são aplicados por meio do sistema de irrigação, com técnicas de gotejamento ou aspersão.
Nutrientes essenciais na adubação de cobertura
O adubo de cobertura deve repor os nutrientes mais exigidos pelas culturas ao longo do seu desenvolvimento. Um deles é o nitrogênio (N), utilizado para estimular o crescimento vegetativo das plantas, especialmente da parte aérea.
Como ele é facilmente perdido por volatilização ou lixiviação, sua aplicação deve ser feita de forma parcelada, ou seja, durante e após o plantio da cultura.
Nitrogênio em milho.
O potássio (K) também é importante para o bom desenvolvimento das plantas. Ele contribui para aumentar a resistência a estresses ambientais, como seca e doenças, além de melhorar a qualidade dos frutos e grãos.
Além desses macronutrientes, o produtor pode complementar a adubação com micronutrientes como ferro, manganês e zinco, aplicados após o plantio. Nesses casos, a aplicação costuma ser feita via pulverização foliar.
Técnicas avançadas para melhorar a eficiência da adubação de cobertura
As tecnologias da agricultura de precisão e da agricultura digital estão transformando o processo de adubação nas lavouras. Confira a seguir algumas técnicas avançadas que modernizam essa prática.
Mapeamento Digital do Solo (MDS)
O MDS é um método avançado de mapeamento de solo que permite criar mapas detalhados da distribuição espacial das propriedades da área de plantio, como textura, pH, fertilidade e profundidade.
Essa técnica combina a análise do solo com modelagem estatística da paisagem e diversas tecnologias da agricultura de precisão, como sensoriamento remoto e Sistemas de Informação Geográfica (SIG).
Com o apoio do MDS, o produtor consegue visualizar a variabilidade da fertilidade do solo e identificar zonas com deficiência nutricional.
Essas informações servem como base para orientar a aplicação de fertilizantes de forma localizada e eficiente, garantindo o uso racional dos insumos e melhores resultados na lavoura.
Monitoramento da lavoura
O monitoramento da lavoura permite a identificação de áreas com sinais de deficiência nutricional, como clorose e crescimento reduzido. Essa prática pode ser potencializada com o uso de imagens capturadas por satélites e drones.
As imagens obtidas são processadas e analisadas por softwares de gestão agrícola, que integram informações e geram mapas e relatórios detalhados da lavoura. Esses recursos facilitam a detecção de anomalias, que podem indicar a necessidade de ajustes na adubação.
O ideal é que o monitoramento seja realizado de forma contínua, garantindo uma resposta rápida e precisa às necessidades da cultura.
Aplicação de fertilizantes em taxa variável
A aplicação de fertilizantes em taxa variável é uma técnica que permite a distribuição dos insumos de forma personalizada, conforme as demandas nutricionais de cada ponto da lavoura.
A adoção dessa estratégia depende das informações coletadas pelo MDS e durante o monitoramento da área cultivada.
Esses dados são utilizados para gerar mapas de prescrição de fertilizantes, que orientam a aplicação precisa desses insumos com base na variação da fertilidade do solo e nas exigências da cultura.
De forma rápida e fácil, a Climate FieldView - que é a plataforma de agricultura digital da Bayer - gera Mapas de Prescrições de Fertilizantes para os agricultores, definindo a quantidade certa do insumo que deve ser aplicada em cada região do talhão.
Para isso, utiliza como base mapas e imagens que mostram a variabilidade de fertilidade de cada área da lavoura. O uso dessa ferramenta possibilita maior precisão e economia na aplicação do insumo.
Prescrição de nitrogênio no Programa Bayer VAlora
A prescrição de nitrogênio é um dos pilares do Bayer VAlora Milho, programa da Bayer que oferece soluções personalizadas para cada talhão de milho, apoiando os produtores rurais na maximização da sua produtividade e rentabilidade.
O Bayer VAlora explora o melhor posicionamento da genética de híbridos Bayer e permite a aplicação personalizada de nitrogênio para cada ambiente produtivo do talhão.
Para cada produtor, o programa gera uma prescrição de sementes específica para o híbrido de milho selecionado, considerando ainda fatores como o potencial produtivo e a variabilidade de cada ambiente do talhão.
O programa também gera uma recomendação de manejo de nitrogênio, por meio da prescrição N-Smart, que ajusta o momento e a quantidade de aplicação à densidade proposta.
Com esse “tratamento customizado” da área, o produtor tende a obter aumento de produtividade e rentabilidade.
+++ Confira o passo a passo da aplicação de nitrogênio do Programa Bayer VAlora
Principais erros na adubação de cobertura e como evitá-los
Os benefícios da adubação após o plantio podem ser comprometidos se a prática não for realizada de forma adequada. Para evitar prejuízos, é fundamental que o produtor esteja atento a alguns erros como:
- Ignorar as necessidades específicas da cultura;
- Aplicar quantidades inadequadas de fertilizantes;
- Fazer a aplicação no momento incorreto;
- Utilizar fertilizantes inadequados;
- Negligenciar o histórico de adubação da área;
- Escolher um método de aplicação incompatível com a cultura.
Esses e outros erros podem ser evitados se o produtor seguir as recomendações do agrônomo e investir em técnicas como monitoramento da lavoura e a criação de mapas de prescrição.
Vale lembrar que aplicar essas e outras práticas é mais simples e fácil com os recursos avançados do Climate Fieldview™, a plataforma de agricultura digital da Bayer.
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