Saiba como a aplicação de nitrogênio na cultura do milho pode melhorar a produtividade

Por Equipe FieldView™ em 24/05/2023 19:25:21

O produtor precisa investir em diferentes estratégias para maximizar a eficiência da aplicação de nitrogênio na cultura do milho e melhorar os resultados da safra.

Plantação de milho.Plantação de milho.

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O nitrogênio é um macronutriente essencial para o desenvolvimento e manutenção fisiológica do milho. No entanto, a quantidade desse nutriente disponível no solo não é suficiente para atender as demandas nutricionais dessa planta. 

Por isso, para garantir a máxima produtividade da lavoura de milho, o produtor precisa investir na aplicação de fertilizantes nitrogenados, como a ureia e o sulfato de amônio. 

Porém, para que essa aplicação seja eficiente, o agricultor precisa adotar algumas estratégias, como investir no parcelamento da dosagem de adubo, na análise do solo e na rotação de culturas. 

Além disso, ele deve investir no monitoramento da lavoura e em ferramentas da agricultura digital para otimizar a aplicação de fertilizantes e acompanhar o aparecimento de sintomas de déficit nutricional.

Boa leitura!

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A produtividade do milho está relacionada à fertilidade do solo e ao manejo nutricional adequado da plantação. Caso esses aspectos não sejam gerenciados corretamente pelo produtor, a safra de milho pode registrar uma queda na produção e na rentabilidade

Uma das estratégias utilizadas para evitar esses problemas é investir na aplicação de nitrogênio na cultura do milho, já que ele é essencial para o desenvolvimento fisiológico do milho. 

Por isso, o produtor que combina a adubação nitrogenada com práticas eficientes de manejo, pode aumentar de maneira expressiva a produção da lavoura. Porém, para alcançar esse resultado, é preciso entender por que e como fazer essa adubação de forma adequada. 

Por esse motivo, neste artigo, explicaremos qual a importância do nitrogênio na cultura do milho e quais estratégias podem ser utilizadas para tornar sua aplicação mais eficiente.

Qual a importância do nitrogênio na cultura do milho?

nitrogenio-cultura-milho (6)Desenvolvimento do milho.

O nitrogênio (N) é um macronutriente indispensável para o bom desenvolvimento da lavoura de milho. Afinal, ele é essencial na composição de biomoléculas, como amidos, proteínas, clorofila, entre outros componentes importantes para a fisiologia da planta. 

Por ser essencial para a formação de tantas biomoléculas relevantes para o crescimento vegetal, o nitrogênio desempenha um papel importante no desenvolvimento da área foliar e na produção de massa de matéria seca. 

Como resultado, sua disponibilidade também influencia no enchimento dos grãos e na produtividade da lavoura de milho. 

O problema é que, de forma geral, o nível de nitrogênio biodisponível no solo não atende as demandas da cultura do milho em todas as suas fases de desenvolvimento. 

Além da quantidade insuficiente, o problema é agravado pelo fato de o nitrogênio ser um elemento que pode ser facilmente perdido por lixiviação, fixação por microrganismos e absorção por outras plantas. 

Por isso, apesar do nitrogênio ser um macronutriente essencial para o desenvolvimento do milho, a planta não consegue obtê-lo apenas a partir do solo. 

Na verdade, o nível de nitrogênio disponível no solo até pode ser o suficiente para a planta crescer, mas não será o bastante para ajudá-la a alcançar sua máxima produtividade, prejudicando os agricultores.

Portanto, o ideal é que o produtor invista na adubação nitrogenada da lavoura, estratégia comprovadamente eficaz para aumentar a produtividade do milho.

Como identificar a deficiência de nitrogênio na cultura do milho?

A deficiência de nitrogênio na cultura do milho se manifesta no aparecimento de alguns sintomas característicos na planta. 

Um dos sinais de deficiência mais importantes pode ser observado nas folhas mais velhas, localizadas na parte inferior da planta. Geralmente, elas desenvolvem uma coloração amarelada (Figura 1), que começa pela ponta e avança em direção à base da folha. 

Além disso, elas se tornam mais finas e estreitas em comparação às folhas saudáveis. Esses sintomas ainda podem evoluir para uma clorose generalizada, seguida de necrose das folhas. 

Em níveis críticos de deficiência de nitrogênio, o crescimento da planta, bem como o desenvolvimento das espigas e o enchimento dos grãos, também é comprometido. Por isso, as espigas ficam menores (Figura 1) e com poucos grãos. 

Vale lembrar que os sintomas de deficiência de nitrogênio podem ser confundidos com aqueles causados por outros problemas nutricionais ou com doenças do milho. Por esse motivo, caso o agricultor identifique esses sinais, deve consultar um agrônomo para realizar uma análise mais precisa.

Sintomas de deficiência nutricional de nitrogênio nas folhas e espigas do milho.Figura 1: Sintomas de deficiência nutricional de nitrogênio nas folhas e espigas do milho. Fonte: Plantae Gestão Agrícola.

Quais fertilizantes nitrogenados estão disponíveis no mercado?

Para evitar os prejuízos causados pela deficiência de nitrogênio na plantação de milho, o produtor deve investir na adubação, ou seja, na aplicação de fertilizantes nitrogenados. Eles se diferenciam por conter altas concentrações de nitrogênio em sua composição. 

No Brasil, o fertilizante nitrogenado mais utilizado na lavoura é a ureia, que tem em torno de 45% de N em sua composição

No entanto, esse fertilizante tem a desvantagem de ser um produto muito instável. Isso porque, quando aplicada ao solo, a ureia pode ser hidrolisada e perdida para atmosfera na forma de gás amônia e CO2

Apesar disso, a ureia segue liderando o ranking de melhores fertilizantes nitrogenados do mercado em função do teor elevado de N e do menor preço por unidade de nutriente aplicado, que reduzem os custos com transporte e aplicação.

Uma alternativa à ureia é o sulfato de amônio, que tem cerca de 20% de nitrogênio em sua composição. Ele é mais estável, ou seja, apresenta uma tendência significativamente menor de perder nitrogênio por volatilização em comparação a ureia. 

Por outro lado, seu custo de aquisição e aplicação é alto em função do seu teor reduzido de N.

Além dessas opções, outros fertilizantes nitrogenados podem ser utilizados na lavoura de milho, como o nitrato de amônio, o nitrato de potássio, o fosfato de amônio e o nitrato de cálcio

Como aplicar o nitrogênio no milho: 5 estratégias para uma adubação eficiente

nitrogenio-cultura-milho (7)Fertilização do solo.

Considerando o custo dos fertilizantes nitrogenados e a possibilidade de perdas durante sua aplicação, o produtor precisa investir em estratégias de manejo que tornem a adubação com nitrogênio mais eficiente.

Confira abaixo 5 estratégias que podem ser utilizadas para otimizar a aplicação de nitrogênio na cultura do milho.

1- Análise das necessidades da lavoura

A primeira estratégia para aplicar o nitrogênio de forma mais eficiente na lavoura de milho é coletar informações precisas relacionadas às reais necessidades de adubação da área. 

Isso porque a escolha do tipo de fertilizante nitrogenado mais adequado para a lavoura de milho deve considerar outros aspectos além do preço, como condições do solo, clima e estágio de desenvolvimento das plantas. 

Esses dados podem ser obtidos a partir da análise do solo e da avaliação das condições edafoclimáticas da área de plantio, por exemplo

Além dessas informações, o produtor também deve considerar o sistema de cultivo, a época de semeadura, o cultivar utilizado, o orçamento da fazenda, entre outros aspectos operacionais e ambientais da propriedade.

Juntando todos esses dados, será possível definir qual tipo de fertilizante nitrogenado é o mais adequado para a plantação, qual o volume deve ser aplicado, e quando e como isso deverá ser feito.

2- Parcelamento da aplicação

O nitrogênio é um nutriente que pode ser facilmente lixiviado, ou seja, carregado pela água para as camadas mais profundas do solo, longe do alcance das raízes. 

Por isso, quando o produtor aplica o fertilizante nitrogenado em uma parcela única, a planta não terá acesso às quantidades ideais de nitrogênio em todas as fases de desenvolvimento. 

Afinal, o micronutriente pode ser lixiviado em função da chuva ou da irrigação. Para evitar esse fenômeno, o ideal é parcelar a aplicação de fertilizante nitrogenado em diferentes dosagens

Essa medida deve ser adotada principalmente em áreas de plantio com solos arenosos, baixo teor de matéria orgânica, elevadas precipitações pluviais e/ou sob irrigação complementar. 

Vale lembrar que o esquema de parcelamento pode variar de acordo com a dosagem e as características do solo. Por esse motivo, o produtor deve analisar as condições da área de plantio para definir como esse parcelamento será feito.

3- Aplicação dos fertilizantes no momento certo

O ideal é aplicar a maior parte do volume de fertilizante nitrogenado quando o milho estiver entre os estádios V4 e V10 do seu ciclo de vida. Isso porque a planta está com o seu sistema radicular mais desenvolvido e apresenta uma demanda pelo nutriente maior nesses estádios.

Além disso, como o nitrogênio pode ser facilmente carregado pela água, é importante que o adubo nitrogenado seja aplicado antes do período de precipitação e/ou irrigação. Assim, o produtor facilita o acesso da planta ao nutriente disponível no solo.

4- Método de adubação nitrogenada

Além das estratégias anteriores, o produtor deve escolher o método de adubação mais adequado para a lavoura. 

Um dos métodos mais utilizados na cultura do milho é a adubação por cobertura, que pode ser feita em duas vezes durante o ciclo da cultura, de acordo com as necessidades da planta. A quantidade de nitrogênio a ser aplicada depende da produtividade esperada, da fertilidade do solo e da época de aplicação.

Além da adubação por cobertura, o produtor também pode investir em outros métodos como adubação em sulco ou em lança, considerada uma forma mais barata e ágil de aplicação do nitrogênio. 

No entanto, caso não sejam realizados com cuidado, esses métodos podem aumentar significativamente o nitrogênio biodisponível no solo, tornando esse elemento tóxico para a planta. Como a adubação por cobertura evita esse tipo de problema, ela é utilizada com mais frequência.

5- Rotação de culturas

Além de contribuir para o manejo de pragas e doenças do milho, a rotação de culturas também facilita a adubação nitrogenada da lavoura. Afinal, as outras culturas deixam resíduos que enriquecem o solo. 

Como resultado, a quantidade de nitrogênio biodisponível no solo aumenta, reduzindo a o volume de fertilizantes necessário para fornecer este nutriente para a planta.

Quais cuidados o produtor deve ter ao aplicar o nitrogênio na cultura do milho?

A aplicação inadequada de fertilizante nitrogenado também pode provocar problemas na lavoura, além de aumentar os custos de produção. 

Por isso, o produtor deve tomar alguns cuidados para prevenir o aparecimento desses problemas e tornar a aplicação mais eficiente. Confira alguns desses cuidados a seguir:

  • Faça a análise do solo e aplique somente a dosagem adequada às necessidades da lavoura para evitar que a plantação sofra com o excesso ou o déficit do nutriente;
  • Avalie aspectos como fertilidade do solo, época de semeadura e custo-benefício antes de definir como o parcelamento da adubação será feito;
  • Invista no monitoramento da lavoura para identificar sintomas de deficiência ou excesso de nitrogênio e fazer ajustes na dosagem do fertilizante, caso seja necessário; 
  • Prepare o solo para o plantio de milho e adote boas práticas de conservação do substrato.

Agricultura Digital torna a aplicação de nitrogênio mais eficiente

nitrogenio-cultura-milho (1)Print da tela da ferramenta de prescrições de fertilizantes, disponível na Climate FildView.

As ferramentas da agricultura digital ajudam o produtor a aplicar os fertilizantes nitrogenados de forma mais inteligente e precisa. Assim, ele evita desperdícios e excessos e ainda reduz os gastos com esse tipo de insumo. 

Uma das ferramentas que podem ser utilizadas com essa finalidade é o Climate FieldViewTM, plataforma de agricultura digital da Bayer

Com ela, o produtor pode utilizar a funcionalidade de Prescrições de Fertilizantes, que facilita a  aplicação personalizada deste insumo de acordo com as necessidades nutricionais da lavoura.

Além disso, o agricultor pode utilizar o FieldViewTM para analisar e processar diferentes dados agrícolas e criar mapas precisos. 

Com o mapa de prescrições de fertilizantes, o produtor verifica onde é necessário aplicar insumos e qual a quantidade certa, de acordo com a variabilidade de cada região do talhão.

Graças a esses e outros recursos da agricultura digital, fazer a adubação nitrogenada de forma inteligente e eficiente é muito mais fácil. 

Assim, o produtor aumenta suas chances de conseguir uma safra de milho com alta produção e rentabilidade!

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