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Existem mais de 40 pragas da soja que podem atacar a lavoura. Entre elas, se destacam o percevejo-castanho, a lagarta-elasmo, a mosca-branca, entre outras espécies.
O controle desses insetos-praga exige que o produtor invista em técnicas associadas ao Manejo Integrado de Pragas (MIP), como o monitoramento da lavoura, a rotação de culturas e a associação de medidas de controle cultural, biológico e químico.
Além do MIP, o sojicultor também deve fazer a pulverização de inseticidas da forma correta, bem como investir em tecnologias que otimizem esse processo.
Unindo essas medidas com outras boas práticas de produção de soja, o agricultor não só protege sua lavoura de infestações, mas também aumenta a produtividade e rentabilidade da safra.
Boa leitura!
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Considerada uma das principais culturas agrícolas do mundo, a soja também é um dos pilares do agronegócio e da economia brasileira.
Essa posição no cenário nacional e global só pode ser alcançada porque os agricultores superam diariamente vários desafios na plantação da oleaginosa.
Um desses desafios é fazer o manejo de pragas da soja de forma assertiva e eficiente, por meio da adoção de técnicas e insumos específicos.
Dessa forma, esse manejo fitossanitário ajuda a melhorar a qualidade dos grãos e a produtividade da lavoura.
Apesar desses benefícios, muitos sojicultores ainda têm dificuldades para implementar medidas de manejo e controle de insetos-pragas.
Para ajudá-los a superar esse desafio, neste artigo, explicaremos quais são as principais pragas da soja, como controlá-las e quais estratégias podem ser utilizadas no seu manejo.
A identificação de pragas na lavoura de soja exige a observação da presença de insetos em diferentes fases de desenvolvimento, bem como o aparecimento de alguns sintomas de infestação.
No caso dos insetos, a identificação só é possível quando o profissional técnico que acompanha a lavoura consegue identificar a presença da praga ou envia uma amostra do inseto para a análise.
Quando esses insetos alcançam um nível populacional capaz de provocar danos significativos na plantação, os sinais de infestações começam a aparecer.
Entre esses sinais estão a presença de manchas, a desfolha, a morte de plantas, entre outros problemas que variam de acordo com a praga e com o tamanho da infestação.
O ideal é que esses insetos sejam identificados precocemente, antes de alcançarem o nível de dano econômico da lavoura.
Para isso, a melhor solução é investir no monitoramento de pragas, estratégia que deve ser aplicada ao longo de todo o ciclo produtivo.
Dessa forma, é possível identificar rapidamente qualquer sinal de infestação rapidamente e adotar as medidas adequadas para o controle fitossanitário dos insetos-praga.
De acordo com o Manual de identificação de insetos e outros invertebrados da cultura da soja, produzido pela Embrapa, existem mais 40 espécies de insetos-praga que atacam a lavoura da oleaginosa.
No entanto, embora todas sejam capazes de provocar prejuízos, o sojicultor pode direcionar sua atenção àquelas mais frequentes e danosas no campo.
Por isso, nos próximos tópicos, você vai conhecer as principais pragas da soja, quais danos elas provocam e como controlá-las.
O percevejo-marrom é um inseto que ovodeposita ovos de coloração amarela nas folhas da planta. Quando atinge a fase de ninfa, apresenta um corpo alaranjado e uma cabeça preta.
Nessa fase, ele passa por cinco estádios de desenvolvimento para se transformar em adulto, quando passa a apresentar uma coloração marrom-escura.
Por conta dos seus hábitos alimentares, tanto as ninfas quanto os insetos adultos atacam as vagens e os grãos da soja.
Como resultado, a infestação de percevejo-marrom pode produzir perdas significativas na rentabilidade da safra, uma vez que reduz a produtividade de grãos e afeta a qualidade das sementes.
Um dos grandes desafios associados ao controle desse inseto-praga é lidar com sua resistência a inseticidas, causadas por falhas na aplicação ou pela realização de pulverizações em momentos inadequados.
Para evitar esse problema, é importante investir no Manejo Integrado de Pragas (MIP) para aplicar técnicas de controle químico, biológico e cultural de forma integrada e eficiente.
O controle químico pode ser feito com a aplicação racional de inseticidas compostos por organofosforados, piretroides e neonicotinoides.
Já o controle biológico pode ser feito com inimigos naturais da praga, como o Trissolcus basalis e Telenomus podisi, que atacam os ovos do percevejo marrom.
A lagarta helicoverpa, também chamada de lagarta-do-velho-mundo, é uma praga capaz de provocar danos significativos à lavoura de soja. Ela pode atacar tanto as plântulas pequenas quanto as vagens da oleaginosa.
Quando o ataque ocorre na fase de plântula, ela causa desfolha e pode danificar os brotos apicais e cotilédones.
Já na fase reprodutiva da planta, a lagarta se alimenta de vagens e grãos. Como resultado, sua infestação pode reduzir a produtividade da lavoura drasticamente, colocando em risco a rentabilidade do produtor.
Para se ter uma ideia dos prejuízos causados por esta lagarta, em 2013, sua infestação nas lavouras de soja, algodão, milho, entre outras culturas, chegou a causar perdas de R$ 1,7 bilhão somente na Bahia.
A melhor forma de controlar as infestações da lagarta helicoverpa é investir no MIP. Para isso, o produtor pode investir no controle genético, com cultivares resistentes à praga, como sementes com tecnologia BT.
Ele também pode investir no controle biológico, utilizando predadores, parasitoides, nematoides e até vírus e bactérias que atacam a lagarta.
Já o controle químico deve ser feito com atenção para evitar problemas com resistência. O ideal é investir na aplicação de inseticidas em sistema de rotação de princípios ativos, como organofosforados, carbamatos, espinosinas, avermectinas, entre outros.
A lagarta da soja é um inseto de coloração preta com listras brancas, capaz de se alimentar tanto de folhas quanto de flores e vagens.
No entanto, seus danos mais significativos estão associados ao ataque intenso da parte aérea da planta de soja, sendo que as lagartas podem consumir até 95% da cobertura foliar.
Por isso, ela é considerada uma potente desfolhadora da cultura, prejudicando o desenvolvimento da planta e o enchimento dos grãos. Como resultado, a infestação de lagarta da soja pode causar perdas na produtividade da lavoura.
Além da aplicação de defensivos naturais (controle biológico), como o baculovírus, o sojicultor pode aplicar inseticidas reguladores de crescimento para o controle dessa praga.
Vale lembrar que esses métodos devem ser utilizados de forma integrada, conforme orienta a metodologia do MIP.
PRAGA - Elasmo ataca haste da soja
A lagarta-elasmo é considerada uma das pragas iniciais da soja, podendo atacar a planta desde sua fase larval. Nessa fase, ela penetra o caule que permanece abaixo do nível do solo, cavando galerias nas quais ela tece um casulo e deposita excrementos.
Por conta disso, o desenvolvimento das plantas pode ser severamente prejudicado, podendo ser levadas à morte. Vale lembrar que os danos podem ser maiores em locais quentes e com déficit hídrico no solo.
A melhor forma de fazer o manejo dessa praga da soja é investir na prevenção, aplicando técnicas como monitoramento constante da lavoura e manejo cultural.
Afinal, o controle biológico não é pouco efetivo, enquanto o controle químico é pouco eficaz. Isso ocorre por conta da forma como a praga fica alojada na planta.
Mesmo assim, áreas com histórico de infestação devem ser cultivadas com sementes tratadas com inseticidas sistêmicos como fipronil e clorantraniliprole.
A lagarta-falsa-medideira é um inseto de coloração verde-claro, com listras brancas e pontuações pretas no corpo. No entanto, ela é reconhecida mesmo pelo seu movimento.
Afinal, a lagarta se desloca dobrando o corpo, como se estivesse medindo palmos, característica associada ao seu nome popular.
Ela ataca principalmente a parte vegetativa da planta de soja, causando uma desfolha intensa, especialmente quando a cultura atinge sua fase reprodutiva.
Por conta desse ataque, infestações de lagarta-falsa-medideira podem provocar problemas de desenvolvimento na planta, prejudicando sua produtividade.
Além do controle genético, por meio do plantio de soja transgênica com tecnologia BT, o produtor deve aplicar outras técnicas do MIP.
Por exemplo, o controle químico, utilizando inseticidas reguladores de crescimento no sistema de rotação de princípios ativos, especialmente durante a fase de fechamento das fileiras.
A mosca-branca é um inseto capaz de produzir danos diretos e indiretos na planta da soja. Os danos diretos são causados durante a sua alimentação, já que ele suga a seiva da planta.
No entanto, são os danos indiretos que devem preocupar o sojicultor. Isso porque, durante a sua alimentação, esse inseto sugador libera parte da seiva sugada na planta, favorecendo a formação do fungo fumagina (Capnodium sp.), que torna as folhas enegrecidas.
Por conta disso, o processo fotossintético é interrompido, provocando a desidratação e queda das folhas.
Vale lembrar que o fungo pode ser transmitido tanto pela mosca branca adulta quanto pela ninfa, em todo o ciclo de desenvolvimento da soja.
No entanto, os ataques podem ser mais intensos na fase de enchimento de grãos e pode ser favorecido pela estiagem e pelo clima quente.
O controle desse inseto-praga também exige a aplicação de técnicas do MIP, como a aplicação de inseticidas à base de princípios ativos como piriproxifem, espiromesifen e endosulfam.
Além disso, é fundamental investir no tratamento de sementes, no manejo de plantas hospedeiras, na rotação de culturas, entre outros métodos de controle cultural.
O percevejo-castanho é um inseto sugador que ataca as raízes da planta da soja. Ele pode ser facilmente identificado por conta da coloração castanha e pelo forte odor que exala quando o solo é movimentado.
Esse inseto também pode ser considerado uma praga inicial da soja, já que pode atacar a plantação desde as fases iniciais de plantio.
Por sugar a seiva das raízes, o percevejo-castanho pode reduzir o rendimento da planta em função do déficit nutricional. Em casos graves, ele pode levar a planta à morte e causar falhas de estande na lavoura.
Vale lembrar que as principais espécies de percevejo-castanho que atacam a soja no Brasil são a Scaptocoris castanea, S. carvalhoi e S. buckupi.
Por ser uma praga subterrânea, o controle do percevejo-castanho pode exigir mais investimento em comparação a outros insetos-pragas.
Afinal, o uso de inseticidas nesse caso não é muito eficiente, uma vez que esse produto pode atingir, no máximo, 15 cm de profundidade no solo. Ou seja, ele não alcança as infestações de forma efetiva.
Por isso, a melhor forma de lidar com esse problema é fazer o controle preventivo, por meio da adoção de técnicas associadas ao MIP.
A análise do solo e monitoramento por amostragem antes da semeadura da soja, por exemplo, é fundamental para o manejo do percevejo-castanho.
Também conhecido como bicudo-da-soja, este inseto-praga pode atacar a lavoura tanto na fase larval quanto na fase adulta.
Ambos consomem o tecido das plantas, sendo que os ataques geralmente ocorrem em reboleiras e são mais intensos em propriedades que utilizam o Sistema de Plantio Direto (SPD).
Na fase larval, o ataque pode induzir a formação de galhas caulinares, principal sinal de infestação do tamanduá-da-soja. Já na fase adulta, o inseto “raspa” o tecido das hastes da planta, que fica com um aspecto desfiado.
Como isso afeta a estrutura e o desenvolvimento das plantas, em casos graves de infestação, o tamanduá-da-soja pode causar a perda total da lavoura.
Vale lembrar que o período mais crítico de ataque é na fase inicial da plantação, quando as plantas ainda são jovens.
Assim como os demais casos, a melhor forma de controlar o bicudo-da-soja é investir na aplicação de técnicas do MIP.
Isso porque o monitoramento com amostragem nos talhões, a rotação de culturas e o tratamento de sementes são medidas fundamentais para proteger a lavoura do ataque dessa praga.
Os métodos mais eficazes para o controle de pragas na soja estão associados ao Manejo Integrado de Pragas (MIP). Além de um sólido embasamento científico, o MIP contribui para sustentabilidade econômica e ambiental da lavoura, uma vez que torna a pulverização de inseticidas mais inteligente.
Um dos métodos mais relevantes para a aplicação do MIP é o monitoramento de pragas. Por meio do monitoramento periódico dos insetos-pragas, é possível obter informações relevantes para uma tomada de decisão mais assertiva e a aplicação de técnicas de controle mais eficientes.
Além disso, é fundamental investir no controle genético dos insetos-praga, por meio de cultivares de soja munidas com tecnologia Bt.
Esses cultivares conferem proteção à lavoura contra as principais lagartas desfolhadoras da cultura, trazendo mais tranquilidade e segurança para o agricultor.
No entanto, é importante lembrar que existe um gama de insetos não alvos da tecnologia Bt em soja que devem ser manejados a fim de mitigar possíveis perdas de produtividade.
Dentre esses insetos-praga não alvo, destacam-se as lagartas: Helicoverpa spp. e do gênero Spodoptera, assim como o complexo de insetos sugadores, como percevejos e mosca branca.
Além desses métodos, a utilização de refúgio, controle químico, controle biológico, entre outras técnicas do MIP, são fundamentais para o controle de pragas da soja.
Vale lembrar que o MIP pode ser potencializado com o auxílio de ferramentas de agricultura digital, como softwares que geram mapas de calor de acordo com a identificação de pragas no talhão e aplicativos, como o FieldView™, que fazem o mapeamento da pulverização, por exemplo.
A época ideal para realizar o controle de pragas na soja varia de acordo com o estádio do ciclo de vida do inseto-praga, a fase de desenvolvimento da cultura, o solo e até as condições climáticas.
Apesar disso, o produtor pode seguir as orientações do MIP e aplicar medidas preventivas de controle de pragas da soja. Nesse sentido, fazer o monitoramento constante da lavoura é a solução mais eficaz.
Além dessa medida, é fundamental que o produtor e o técnico agrícola conheçam quais pragas são mais comuns em cada fase de desenvolvimento da lavoura.
O ataque de percevejos-marrom, por exemplo, são mais críticos na época de floração e formação de vagens, o que exige mais atenção nesse estágio da lavoura e, se necessário, a pulverização de inseticidas.
Vale lembrar que as condições climáticas também podem favorecer o aparecimento de pragas. As infestações de lagarta-elasmo, por exemplo, podem ser mais intensas em regiões quentes e secas.
Portanto, se forem detectadas condições favoráveis para a proliferação de uma determinada praga, o produtor pode antecipar a aplicação de inseticidas ou bioinsumos para evitar prejuízos à cultura.
Eliminar totalmente a presença de insetos-pragas nas plantações de soja é uma tarefa impossível, uma vez que esses insetos fazem parte dos sistemas naturais.
No entanto, é possível reduzir os danos e prejuízos causados pelas populações dessas pragas por meio do monitoramento e avaliação constante da lavoura.
Em outras palavras, a aplicação de técnicas associadas ao MIP mais uma vez é fundamental para a proteção da lavoura e a prevenção de ataques de insetos-pragas.
O ideal é que esse monitoramento comece antes mesmo do plantio e se estenda até a pós-colheita. Dessa forma, as informações coletadas podem ser comparadas aos dados históricos da área e transformadas em mapas agrícolas precisos.
Com base nesse material, o produtor rural e o técnico agrícola terão informações mais seguras e confiáveis para orientar as tomadas de decisão da lavoura, incluindo a aplicação de medidas de controle.
O controle químico é uma das medidas de manejo de pragas mais eficientes em diversas situações. Porém, para torná-lo mais eficiente, é fundamental saber aplicar os inseticidas da forma correta.
Além da escolha dos produtos certos, existem algumas práticas que podem melhorar a qualidade da operação de pulverização da lavoura – e ferramentas de agricultura digital podem ser grandes aliadas nessa busca por mais eficiência.
Confira abaixo um passo a passo da operação de pulverização da lavoura de soja:
A disponibilidade de maquinário pode ser um dos gargalos na operação de pulverização. Esse problema pode se tornar ainda mais crítico por causa das incertezas, dado que a decisão de aplicar ou não depende também das condições climáticas daquele momento.
Diante disso, ter um bom planejamento para o controle de pragas na lavoura de soja é fundamental para garantir que os insumos necessários para o manejo estejam disponíveis quando o produtor precisar.
Em geral, esse planejamento logístico das operações começa desde o plantio. Para isso, o produtor pode escolher começar a plantar os talhões mais próximos da sede para facilitar a calibração e a verificação dos equipamentos, por exemplo.
Ele também pode priorizar os talhões de acordo com a fertilidade. Nesse caso, talhões mais férteis, mais bem corrigidos, que produziram mais, normalmente são plantados primeiro – principalmente se existir uma segunda safra.
Já as áreas mais arenosas e talhões marginais acabam sendo plantados depois, porque muitas vezes esses não vão receber a segunda safra.
Se a operação de plantio tiver sido monitorada com algum software de agricultura digital, as datas de plantio de cada talhão – e das operações subsequentes – serão registradas e vão ajudar nesse planejamento.
Leia Também: Saiba como e quando fazer a calibração do pulverizador
Quando a semente é plantada no "limpo" – sem a presença de plantas invasoras – ela vai crescer com menos competição por umidade, nutrientes e luz. Além disso, a ausência das plantas daninhas favorece a plantabilidade e a performance da plantadeira.
Por isso, a dessecação antecipada também auxilia no controle de insetos. Afinal, na ausência de plantas daninhas ou indesejadas, pragas como as lagartas Spodoptera spp. e Helicoverpa armigera migram para outras áreas ou morrem pela falta de plantas hospedeiras.
Para conseguir esse controle de pragas na soja, na safra de verão, o ideal é realizar a dessecação 30 dias antes do plantio, tendo a presença de umidade na área.
Mas, como essa não é uma ciência exata, se a dessecação for feita muito próxima do plantio pode ser necessário monitorar a população de pragas e até mesmo fazer uma associação com aplicação de inseticida. Tudo isso para evitar um ataque à planta logo após a emergência.
Naturalmente, não deveria haver plantas tigueras ou voluntárias provenientes, ou mesmo remanescentes, da safra anterior. No entanto, não é incomum encontrarmos plantas de milho dentro da cultura da soja após o plantio da safra.
Essas plantas podem aumentar a pressão de seleção de insetos resistentes, além de ser fonte de inóculo para doenças transmitidas por vetores como a cigarrinha.
Nesse contexto, utilizar herbicidas com mecanismos diversos é extremamente importante para não criar um ambiente propício ao surgimento de plantas daninhas resistentes.
Essa medida se torna ainda mais necessária quando o produtor tem safra e safrinha na fazenda e usa materiais com biotecnologia em ambas as culturas.
Outra prática que pode auxiliar no controle de plantas tiguera é o uso de cobertura.No cerrado, por exemplo, é comum haver consórcio na segunda safra (milho + braquiária) ou plantio de cobertura com milheto, braquiária ou crotalária após a cultura principal. Assim, é possível manter a umidade e reduzir os patógenos.
Ao final da safra, é importante ter o registro de todas as aplicações e o mapa de colheita em mãos para otimizar os seus resultados na lavoura. Essas informações podem ser geradas automaticamente e em tempo real com softwares como o FieldView™ Drive, por exemplo.
Cruzando as informações dos mapas de pulverizações e de produtividade, é possível verificar se houve alguma falha no estande da plantação. Além disso, o produtor pode avaliar a escolha de produtos e as aplicações para assim continuar produzindo de forma cada vez mais eficiente e sustentável.
A aplicação de inseticidas na lavoura de soja também exige alguns cuidados. Considerando todas as aplicações, no geral, o produtor brasileiro faz de 5 a 8 entradas na plantação.
E para assegurar a qualidade dessas operações, deve-se observar os seguintes fatores:
Esse fator está ligado à escolha da ponta, pressão de trabalho, alvo a ser tratado e recomendação de cada produto.
Gotas maiores deixam a neblina mais pesada, reduzindo a deriva e, consequentemente, a contaminação fora da área a ser tratada, o que é particularmente importante no caso de herbicidas.
Para fungicidas, em geral, recomenda-se uma neblina com gotas de tamanho médio, por apresentarem maior penetração no dossel da cultura.
A taxa de aplicação deve estar de acordo com o controle desejado. Se esse volume estiver baixo, pode haver dificuldade em garantir a cobertura ideal.
Algo a se considerar também, principalmente para fungicidas, é que a taxa deveria variar de acordo com o estágio da cultura, acompanhando o aumento do índice foliar das plantas.
Nesse sentido, registrar as taxas de aplicação e ter mapas de aplicação pode ajudar o produtor a detectar possíveis falhas ou volumes diferentes do recomendado.
As condições ideais para a aplicação de inseticidas seria umidade acima de 50%, temperatura abaixo de 30°C e velocidade do vento entre 3 e 10 km/h. Lembrando que vento zero é um indício de uma possível inversão térmica.
A altura da barra é particularmente importante para produtos que precisam de maior controle da deriva.
A distância deve ser de 50 a 60 cm entre a barra e o topo da cultura. Ou seja, a altura da barra reflete a distância entre cada uma das pontas na barra (pontas espaçadas a cada 50 cm entre si).
Quando a máquina se desloca muito rápido (acima de 24 km/h), acontece um turbilhonamento atrás da barra, o que pode aumentar a deriva. Por isso, é fundamental manter a velocidade do pulverizador abaixo dessa marca.
Vale lembrar que no FieldView é possível ver também o mapa de velocidade de aplicação para avaliar a qualidade da operação.
Apesar de ser essencial, as inspeções periódicas do pulverizador nem sempre são feitas, colocando em risco a eficiência da operação.
Isso porque uma ponteira desgastada ou entupida, assim como problemas nas peneiras, mangueiras ou bombas, podem diminuir muito a eficiência das aplicações.
Como resultado, a falta de inspeção e manutenção do pulverizador causa problemas na hora de realizar o controle de pragas, doenças e ervas daninhas.
A qualidade e a produtividade da soja depende da adoção de um conjunto de práticas que vão além do manejo integrado de pragas.
Afinal, o sucesso da safra é influenciado por diversos fatores, que exigem a implementação de medidas para otimizar a produção agrícola.
Para alcançar esses resultados, o ideal é que o sojicultor adote as seguintes medidas:
Os estudos comprovam que o uso de tecnologias e inovações agrícolas potencializam os resultados das medidas de controle de pragas da soja.
Um desses estudos foi realizado pela própria Embrapa Soja, que conduziu um experimento em parceria com a Cooperativa Cocamar no norte do Paraná.
A pesquisa comprovou que o uso de tecnologias digitais, como georreferenciamento e espacialização de dados, reduziu em cerca de 45% o uso de produtos químicos no controle de pragas.
Ao mesmo tempo, as chamadas geotecnologias também otimizaram as operações com maquinário e aumentaram a qualidade dos grãos.
Outro estudo de caso mostrou que a adoção de plantio em taxa variável associada ao uso de softwares de gestão agrícola, como o Climate FieldView™, não só é eficaz para controlar as pragas, como também aumenta a produtividade da safra.
Graças a adoção dessas medidas, o sojicultor Cristian Braun, por exemplo, aumentou sua produção em mais de 50% e ainda economizou mais de R$ 148 mil reais em prejuízos.
Em outras palavras, as ferramentas associadas à agricultura de precisão e agricultura digital são aliadas indispensáveis para o controle de pragas da soja e o sucesso da safra.
Conheça todos os recursos do Climate FieldView™ e veja como esse software pode potencializar sua produção de soja!