Dependendo do tipo de erva daninha e do grau da infestação, a queda na produtividade pode superar 80%.
Planta daninha em soja
Conheça as principais espécies, estratégias de controle das plantas daninhas e a importância da agricultura digital no apoio ao manejo correto da lavoura.
Para quem organiza uma festa, um penetra nunca é bem-vindo. Surgem espontaneamente em local e momento indesejado e sempre trazem dor de cabeça.
De modo semelhante, pode acontecer com a lavoura do agricultor, que pode ser tomada por tipos de ervas daninhas se estratégias eficientes e ágeis não forem adotadas.
Analogias à parte, na agricultura, a preocupação com estas plantas indesejadas precisa ser prioridade – para o bem da produtividade da área e do bolso do produtor.
Mas neste momento, em que se aproxima o período de plantio da principal cultura agrícola do país, a soja, o agricultor já tomou todas as medidas possíveis para controlar e mitigar o surgimento destas plantas daninhas atrevidas?
A dessecação em soja, por exemplo, é fator-chave no manejo de diferentes espécies de plantas invasoras. Precisa ser realizada no momento correto e com a aplicação adequada de herbicidas. Mas, para se adotar qualquer estratégia de controle, o produtor precisa entender, antes de mais nada, a dinâmica de como identificar as plantas daninhas na lavoura.
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O que são as plantas daninhas?
Na agricultura, as plantas daninhas são todas as plantas que habitam e concorrem diretamente com as culturas agrícolas, podendo hospedar e servir de alimento para pragas”, comentou Felipe Stefaroli, engenheiro agrônomo e Gerente de Herbicidas para a Bayer Brasil.
Segundo Stefaroli, existem, basicamente, dois tipos de prejuízos das plantas daninhas. O primeiro é o dano direto: quando se desenvolvem junto com a cultura, principalmente nos estágios iniciais, competindo diretamente por luz, água, nutrientes e espaço.
“As daninhas disputam por elementos que a cultura agrícola também precisa para o seu desenvolvimento. É um dano direto que no final acarreta em perda de produtividade”, acrescenta.
Já o dano indireto das plantas invasoras ocorre, por exemplo, durante a colheita. Especificamente em soja, a infestação dificulta a operação. “A máquina acaba colhendo muita planta daninha junto com a cultura, o que causa problema de umidade de grão, de perda de grão na colheita, grãos danificados.
Além disso, muita soja pode cair da máquina e acaba germinando posteriormente na área”, enfatiza Stefaroli.
Outro problema importante, mas que não é muito citado, é que as plantas daninhas podem ser hospedeiras ou servir de alimento para pragas, que posteriormente podem atacar a própria lavoura de soja.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Bayer, normalmente as daninhas servem de abrigo para pragas que já têm tamanho considerável e que já não podem ser combatidas pela biotecnologia.
Estas plantas invasoras podem abrigar na cultura do milho, por exemplo, pragas como percevejo, cigarrinha e Spodoptera. Já em soja são hospedeiras de lagartas, de modo geral, como a Spodoptera, além do próprio percevejo.
Elas estão por aí, surgindo onde não são bem-vindas e há muito tempo. Estudos indicam que as plantas daninhas apareceram junto com a agricultura, há cerca de 12 mil anos.
Quando o homem começou a cultivar a terra, existia maior equilíbrio entre as diversas espécies. Mas, com a maior ação humana nos cultivos, houve um processo gradual de seleção.
O conceito de daninha é qualquer planta que esteja em um local indesejado, mas não necessariamente na lavoura.
Num olhar mais abrangente, ela interfere, por exemplo, na visualização de placas no acostamento de rodovias, pode crescer entre os trilhos da linha férrea etc.
Quais são as plantas daninhas?
As ervas daninhas mais comuns e com ocorrência em soja são inúmeras, e com maior ou menor presença de acordo com a região do país.
- A Buva (Conyza spp)
- Capim-amargoso (Digitaria insularis)
- Vassourinha-de-botão (Borreria verticillata)
- Erva-quente (Spermacoce latifolia)
- Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
- Caruru (Amaranthus palmeri)
- Azevém (Lolium multiflorum)
- Trapoeraba (Commelina benghalensis)
- Corda-de-viola (Ipomoea acuminata)
- Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
As plantas daninhas incidentes em soja são inúmeras, e com maior ou menor presença de acordo com a região do país.
No topo desta lista indesejada vem uma daninha que é um terror para todo produtor de soja: a buva (Conyza spp). Ela germina em condições mais frias e com disponibilidade de água.
“A buva se adapta muito bem às condições do Sul do Brasil, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sul do Paraná.
Também se adapta à região de transição do país, que corresponde ao Oeste e Norte do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Sul de Minas Gerais”, enumera o especialista em herbicidas da Bayer.
Já no Cerrado brasileiro, a buva, pela própria biologia da planta, tem menor incidência, mas não deixa de causar dor de cabeça.
Nesta região, o capim-amargoso (Digitaria insularis) é muito presente, assim como na região de transição, infestação que tem crescido bastante recentemente. Já no Sul do país, o capim-amargoso praticamente não é observado.
Outra planta de difícil controle é a vassourinha-de-botão (Borreria verticillata), que apresenta grande infestação nas áreas de expansão da agricultura do país, como Norte do Mato Grosso, Maranhão e Tocantins, regiões em que uma outra espécie, a erva-quente (Spermacoce latifolia) – também de difícil controle –, ganha espaço nas lavouras de soja. Já o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) está presente praticamente em todo o país.
Para encerrar essta lista, Stefaroli menciona outra planta que tem tirado o sono de produtores de soja do Rio Grande do Sul: o caruru (Amaranthus palmeri). “Ainda não tem área representativa no país, mas, por ser planta de alta produção de sementes, é uma grande ameaça para as áreas de soja e para a agricultura nacional.”
Plantas daninhas resistentes ao Glifosato
Onde tem planta daninha, é só aplicar herbicida, certo? A resposta não é simples assim. Para responder essa pergunta, é necessário lembrar que muitas daninhas, com o tempo, foram selecionadas como resistentes a herbicidas, especialmente ao Glifosato, como azevém (Lolium multiflorum), capim-pé-de-galinha e o caruru. “Se no passado eram bem controladas, hoje já não são mais”, pontua Stefaroli.
Inclusive, a planta daninha com maior área de resistência no Brasil hoje é a buva. “Esta é uma planta daninha amplamente difundida por todo o país como resistente ao Glifosato. Hoje podemos dizer que temos quase um terço da área de soja com a presença dessa planta em algum momento na área”, observa. Já o capim-amargoso é a segunda planta no país com maior área de resistência.
Além disso, existem daninhas que nunca foram bem controladas por Glifosato desde o surgimento desta molécula, como trapoeraba (Commelina benghalensis), vassourinha-de-botão, corda-de-viola (Ipomoea acuminata), poaia-branca (Richardia brasiliensis) e erva-quente.
Por isso, as daninhas que mais preocupam os sojicultores são as resistentes ao Glifosato. Mas o que isto significa?
É importante destacar que, quando se fala em resistência a herbicida, não é só ao Glifosato.
Dicas para manejo pré emergente de daninhas
As Ervas Daninhas podem se tornar resistentes a diferentes herbicidas
Muito se destaca a tolerância a este produto porque é o mais usado no mundo e tem grande espectro de atuação, por isso, quando uma planta é resistente a ele, é mais preocupante. Mas a planta daninha pode se tornar resistente a diferentes herbicidas.
Por exemplo, hoje no país existe uma área muito maior de daninhas resistentes ao ALS, um modo de ação de herbicida muito aplicado no passado, quando ainda não existia o Glifosato.
Mas por que ficam resistentes? Se o agricultor usa sempre o mesmo produto nas plantas daninhas de uma lavoura, é possível que tenha algum biótipo na área que se torne, com o tempo, naturalmente resistente àquele herbicida.
Acontecendo isso, sempre que se aplicar este produto, aquela planta não vai mais ser controlada.
Pior: esta planta pode gerar sementes com herança genética de resistência ao herbicida, formando uma população de plantas resistentes no local que germinarem.
Por isso, se o agricultor não diversifica o manejo e não aplica herbicidas com outros mecanismos de ação ao longo dos anos e não adota boas práticas, com o passar do tempo, a planta resistente tende a se espalhar. “É por isso que o Glifosato consegue controlar as plantas daninhas não resistentes em determinada área, mas vão ficando para trás aquelas que são resistentes.”
Para se ter a dimensão do problema, segundo estimativa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), atualmente existe no país uma área de 3,8 milhões de hectares com buva resistente ao Glifosato.
Buva infestando área de cultivo de soja (Crédito: Embrapa)
Queda de produtividade causada pelas plantas daninhas
Se o produtor não tomar medidas efetivas e no tempo certo contra as plantas daninhas, pode ter uma queda exponencial na produtividade. Fator que determina o tamanho do estrago é o grau de infestação da área.
O engenheiro agrônomo Diecson Ruy Orsolin da Silva, professor da Universidade Federal de Santa Maria - campus Frederico Westphalen (RS), frisa que a perda de produtividade ocasionada pelas plantas daninhas tem consequências financeiras importantes para os produtores.
“Elas representam um risco tão significativo para o negócio do produtor que, mesmo quando se adota medidas de controle, temos perdido próximo de 10% da produtividade”, evidencia Silva.
Exemplo do quanto estas plantas podem corroer o desempenho produtivo da cultura vem de um estudo da Embrapa, com a buva. O estudo mostra que, quanto mais infestada estiver a área, maior será a perda de produtividade por competição com essa daninha.
“Se existem três plantas por metro quadrado na área, posso perder 8% de produtividade. Mas se tenho 21 plantas de buva por metro quadrado, posso perder até 44% da produtividade da soja”, exemplifica Stefaroli.
Já o caruru, quando resistente ao Glifosato, dependendo da infestação, pode causar perdas de produtividade de até 80%. Quanto ao capim-amargoso, a perda de produtividade pode atingir de 50% a 60%.
“Pra piorar, o capim-amargoso, diferente de outras plantas, pode entouceirar. E aquela touceira tem sistema radicular tão desenvolvido e acumula tanta reserva nutritiva nos rizomas, que acaba competindo muito com a soja. O grau do prejuízo depende da agressividade da planta quando entouceirada”, ressalta o engenheiro agrônomo da Bayer.
Estas três plantas – a buva, o capim-amargoso e o caruru – oferecem tanto risco porque são muito agressivas e têm um sistema radicular bem desenvolvido. “Crescem muito e, quando mal manejadas, podem atingir nível alto de perda de produtividade, de acordo com a infestação.”
Esses números são apenas da perda direta, mas a perda indireta – por umidade de grão, incidência de pragas – pode elevar muito mais o tamanho do prejuízo do produtor.
Estratégias para o controle de plantas daninhas
O agricultor precisa permanentemente priorizar o controle das plantas daninhas de suas áreas. E para traçar uma estratégia de manejo dessas invasoras, precisa caminhar pela lavoura para verificar o grau de infestação e os tipos de daninhas presentes em cada talhão.
Considerando os riscos que as daninhas oferecem à produtividade da cultura e à rentabilidade do produtor, Stefaroli é taxativo: “É crucial evitar que se tenha, no momento da dessecação para plantio de soja, plantas daninhas grandes, principalmente. O ideal é chegar neste momento com poucas plantas e pequenas. Assim, o agricultor vai gastar pouco e vai ter muita eficiência na aplicação.”
Veja Também: Plantio de soja: 4 boas práticas recomendadas para o agricultor
Cultura de Cobertura
Portanto, estratégias de manejo eficientes precisam ser implementadas. No Sul do país, por exemplo, pode-se plantar uma cultura de cobertura, como cereais de inverno, que cobre o solo e evita que se tenha muita planta daninha.
O professor da Universidade Federal de Santa Maria concorda. A presença de plantas de cobertura, como o trigo, impacta a emergência de plantas daninhas, importante ferramenta contra uma das principais inimigas do sojicultor, a buva.
Manejo Pós Colheita
Outra tática muito conhecida é o manejo outonal ou pós-colheita. “Na pós-colheita da última cultura que se plantou, o agricultor pode fazer interferência com herbicida logo depois que a área foi colhida. Assim, vai controlar as plantas daninhas e favorecer que, no momento da dessecação da soja, se tenha poucas daninhas para se controlar.”
Já quando o problema é de infestação mista, o agricultor precisa planejar um manejo mais robusto, dentro de um programa formado por diferentes aplicações e em momentos diferentes, para que possa controlar as diferentes daninhas presentes na área.
“É importante destacar que, se o produtor encontra na área tanto folhas largas como estreitas, tem que pensar no manejo de forma bem mais antecipada do que 30 dias. E o programa de manejo vai incluir vários herbicidas”, diz Stefaroli.
Mas vale reforçar: é importante o agricultor não chegar a esse ponto. “Se chegou nesse estágio é porque errou em algum momento. Algum desequilíbrio no sistema produtivo fez com que chegasse na fase de dessecação com um cenário preocupante de plantas daninhas.”
O processo de dessecação bem-feito é fundamental para o sucesso da safra
Segundo Stefaroli, a dessecação é um fator-chave para o agricultor. A prática, que antecede, em algumas semanas, a operação de plantio de lavouras como a soja, garante o controle de todas as plantas daninhas que vieram da entressafra, minimizando a presença dessas invasoras na lavoura a ser plantada. “Por isso, esse momento é importante e tem que ser bem planejado pelo agricultor.”
No entanto, o sucesso da dessecação reside em acertar o momento exato de sua realização.
Aplicações muito antecipadas podem reduzir significativamente a produtividade da soja, ao mesmo tempo em que, quando realizadas com atraso, não apresentarão bons resultados na antecipação da colheita, objetivo principal da operação.
Saiba Mais: Como fazer dessecação de excelência com ajuda da agricultura digita?
Mas qual é a melhor antecedência para a aplicação?
Depende das características da região do país. Nas mais frias, a tendência é que se tenha uma demora maior para a ação do herbicida. Por isso, o indicado é que se faça a operação com 30 dias de antecedência, no mínimo. Nas regiões mais quentes, já é possível fazer com uma antecedência de 14 a 21 dias antes do plantio.
Mapa de Monitoramento da Plataforma FieldView™️ indica variabilidade no desenvolvimento da cultura da soja
A agricultura digital no controle de plantas daninhas
Para o produtor rural, a agricultura digital abre um mundo de possibilidades a serem desbravadas e, no controle a plantas daninhas, acaba sendo uma grande aliada. Entre drones que realizam aplicações direcionadas a tantas opções disponíveis no mercado, destacamos a Plataforma Climate FieldView™, da Bayer, a qual apresenta funcionalidades que contribuem diretamente para ana otimização das operações de pulverização, por exemplo.
Com o dispositivo FieldView™ Drive acoplado ao maquinário, o produtor consegue visualizar, em tempo real com a operação da máquina e de dentro da cabine, a realização da aplicação de herbicidas, ao mesmo tempo em que o mapeamento do processo vai acontecendo.
Com isso, o operador do pulverizador consegue visualizar os mapas de vazão de produto, velocidade de aplicação, performance do maquinário, entre outros. No caso de ocorrerem eventuais falhas de aplicação, é possível corrigir a rota sem ter prejuízos.
Essas tecnologias digitais levam ganho operacional para a fazenda. “Na aplicação do herbicida, acompanho se a operação está bem-feita, o controle de vazão, a velocidade da máquina”, reforça Stefaroli.
Já quando o produtor não pode contar com o auxílio de plataformas como essa, há o risco de imperfeições ocorrerem durante a operação, que somente são verificadas posteriormente. Com o controle mal realizado, as plantas daninhas, sempre oportunistas, podem impactar a lavoura.
Mas as funcionalidades da agricultura digital vão além e caem como uma luva nas demandas da lavoura.
A capacidade de monitoramento do produtor, por exemplo, se agiganta com as funcionalidades de plataformas como a Climate FieldView™️, uma vez que, ao receber as imagens de satélite e mapas de seus talhões, o produtor pode analisar o desenvolvimento da lavoura por meio da escala de cores apresentada.
“Quando a lavoura apresenta alguma variabilidade, ela é refletida através da variação nas cores dos mapas que são enviados ao produtor. Essa funcionalidade apoia as suas decisões, indicando ao produtor que pode haver um problema em determinado ponto da área.
Ao visitá-la, pode confirmar o que é, podendo ser infestação com planta daninha, por exemplo. Sendo esse um problema recorrente, o produtor já entende que as áreas em variação podem estar infestadas”, explica.
Outro benefício que o produtor pode obter com os mapas recebidos é a possibilidade de inserir Marcações Georreferenciadas (PIN). Dessa forma, pode marcar pontos de interesse, como, por exemplo, locais de infestação, local de aplicação de determinado herbicida ou áreas de reaplicação e reinfestação.
Aquela localização marcada facilita a análise do produtor e do tomador de decisão, uma vez que é visual e permite acompanhar o impacto de todas as medidas adotadas.
Ao marcar o PIN, o produtor pode ainda inserir anotações e fotos tiradas no local, o que fica registrado no histórico da plataforma.
Posteriormente, pode consultar sempre que necessário. Além disso, ao fim da safra, terá facilidade para identificar e analisar a produtividade do talhão infestado ou que recebeu um manejo diferenciado.
Poder contar com essas ferramentas facilita a vida do produtor, na opinião do professor da Universidade Federal de Santa Maria, Diecson da Silva: “São soluções que ajudam a identificar as plantas daninhas que estão afetando a lavoura.
Isto é, hoje, uma das principais ferramentas da agricultura digital para o produtor rural. Além disso, podemos aplicar o herbicida de forma pontual onde há ocorrência de determinada planta, o que traz redução de custo e aplicação mais eficiente”, explica.
A agricultura digital também permite fazer testes com mais facilidade. “Aplico herbicida em uma faixa da lavoura, pego as coordenadas geográficas dessa faixa onde apliquei e depois verifico se houve ganho de produtividade ali.
Ou seja, consigo aferir muito melhor o investimento feito em herbicida, posso avaliar o método de controle e se trouxe produtividade”, relata o engenheiro agrônomo da Bayer.
No mercado, já existe uma infinidade de tecnologias referentes à agricultura digital. E muitas outras estão por vir. Afinal, o céu é o limite. E as plantas daninhas que se cuidem!
Leia mais: Como as ferramentas da agricultura digital impactam o seu negócio
Quer ficar por dentro do que a agricultura digital pode fazer por você?