A colheita de soja exige a adoção de estratégias específicas para ser concluída com sucesso, como o planejamento da safra e o uso de ferramentas da agricultura digital.
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O Brasil é o maior produtor mundial de soja, uma das principais commodities agrícolas do planeta. Apesar das projeções positivas para a próxima safra, os resultados poderiam ser ainda melhores com o investimento em medidas que reduzam perdas e otimizem a colheita de soja.
Essa operação exige a adoção de boas práticas para garantir a produtividade da safra e a qualidade dos grãos colhidos. O processo envolve atividades como o planejamento da lavoura, aplicação de dessecantes, entre outras medidas.
Além disso, o sojicultor pode usar as tecnologias da agricultura digital para otimizar essa operação. Com o apoio de dados precisos, os produtores conseguem tomar decisões mais assertivas ao longo do ciclo de cultivo, minimizar perdas e assegurar uma safra mais produtiva e rentável.
Boa leitura!
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O Brasil é o maior produtor de soja do mundo. Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve produzir cerca de 166,14 milhões de toneladas da oleaginosa somente na safra 2024/25.
Apesar desse cenário positivo, os números poderiam ser ainda melhores com a redução das perdas durante a colheita de soja. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelam que os padrões internacionais toleram perdas de até uma saca (60 kg) por hectare.
No entanto, no Brasil, esse número geralmente supera duas sacas. Isso afeta a rentabilidade da safra e reduz o retorno sobre o investimento feito ao longo do ciclo produtivo.
Para evitar esses prejuízos e aumentar os lucros, o produtor precisa adotar estratégias que garantam o sucesso dessa operação. Neste artigo, explicaremos o passo a passo para realizar uma boa colheita e aproveitar ao máximo o potencial produtivo da sua lavoura de soja.
Como funciona a safra da soja?
A safra da soja envolve todas as etapas de cultivo da oleaginosa. O preparo desse processo exige a análise de vários fatores, como as características das cultivares e a época de plantio.
No Brasil, as variedades de soja plantados com fins comerciais apresentam um ciclo de vida de 60 a 120 dias, dependendo da cultivar e das condições climáticas. Isso permite que o produto escolha entre cultivares superprecoces, precoces, semiprecoces, médias e tardias.
Cada um deles é indicado para condições edafoclimáticas específicas. Por isso, é importante selecionar a variedade mais compatível com as características da propriedade.
Todos esses detalhes influenciam na época da colheita e na definição do momento ideal para o início da operação. Entenda a seguir:
Qual o período de colheita de soja?
A época de colheita da soja depende do ciclo de vida da cultivar e das condições climáticas da região. Geralmente, a operação ocorre entre janeiro e maio, com variações conforme a localização no país. Veja os períodos em cada região:
- Norte: de março a julho;
- Nordeste: de fevereiro a maio;
- Centro-Oeste: de janeiro a maio;
- Sudeste: de janeiro a maio;
- Sul: de janeiro a maio.
Como saber o ponto de colheita da soja?
A operação deve ser iniciada quando a oleaginosa atingir a maturidade fisiológica (conhecida como MF). No entanto, geralmente o teor de umidade da soja está muito alto nessa etapa.
Para contornar esse problema, muitos produtores aplicam dessecantes na fase R7 do ciclo reprodutivo, que marca o início do amadurecimento da planta.
Essa fase pode ser identificada quando pelo menos 70% das vagens da lavoura estão com uma cor marrom ou um pouco bronzeada. Após a aplicação do produto, o amadurecimento é acelerado e o produtor consegue fazer a colheita mais cedo.
Como fazer a colheita de soja: passo a passo
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A colheita de soja mecanizada exige planejamento e atenção a vários detalhes para assegurar a qualidade e produtividade dos grãos. Confira a seguir um passo a passo para obter os melhores resultados nessa operação:
1. Planeje o processo e o manejo do final de ciclo
A colheita começa muito antes da entrada das máquinas no campo. Ela tem início na fase de planejamento da lavoura, que deve considerar o ciclo de vida da soja. O ciclo da cultura é dividido em dois estádios: o vegetativo (VE a Vn) e o reprodutivo (R1 a R8).
Compreender o que ocorre em cada estágio permite ao agricultor definir as estratégias de manejo mais adequadas ao longo da safra. Esse conhecimento também facilita o monitoramento da lavoura, garantindo que a operação seja realizada no momento certo.
Além do ciclo da planta, um bom planejamento exige a análise de outros fatores, como características do solo e do clima da região. Aspectos agronômicos, como a presença de plantas daninhas e pragas no final do ciclo, também precisam ser avaliados.
Todos esses fatores devem ser considerados durante a criação do planejamento da safra, orientando o produtor na adoção das melhores práticas para assegurar uma lavoura produtiva e uma operação eficiente.
2. Faça a dessecação da lavoura
A dessecação consiste na aplicação de um defensivo (geralmente um herbicida de contato) na lavoura. Essa prática permite uniformizar a maturação dos grãos, contribuir para o manejo de doenças e plantas daninhas, facilitar o trabalho das colheitadeiras e antecipar a colheita.
O ideal é aplicar os dessecantes no estádio R7 de desenvolvimento. Se a aplicação ocorrer antes do momento recomendado, pode comprometer a qualidade dos grãos.
Por outro lado, atrasos no uso de dessecantes podem provocar problemas como abertura de vagens, maior incidência de fungos e aumento de perdas durante a operação.
3. Monitore a umidade dos grãos
Segundo pesquisadores da Embrapa, a soja deve ser colhida quando o teor de umidade dos grãos atingir entre 13% e 15%. Essa faixa reduz problemas mecânicos e perdas durante a operação.
Para avaliar se os grãos já atingiram esse nível, o produtor pode realizar um teste de 5 a 7 dias antes do início da colheita. Ele consiste em coletar uma pequena amostragem de grãos de cada talhão e analisar as amostras com medidores de umidade portáteis ou de bancada.
Embora seja menos precisa, a observação da coloração dos grãos é uma alternativa prática para essa análise. Quando a maioria da lavoura apresentar grãos com coloração marrom, bronzeada ou cinza, ela está no ponto ideal de maturação.
4. Faça a manutenção do maquinário
As perdas relacionadas à colheita são causadas principalmente pela má regulagem das colhedoras. Cerca de 80% a 85% dessas perdas estão relacionadas à plataforma de corte. Para evitar esses prejuízos, é importante investir na manutenção da colheitadeira antes do início da operação.
Essa prática deve incluir ajustes em componentes como molinete, barra de corte, peneiras e cilindros. Além disso, é necessário calibrar os sensores que monitoram parâmetros como umidade e volume colhido.
5. Ajuste a velocidade da colheitadeira
O produtor também deve ajustar a velocidade da colheitadeira para evitar perdas durante a operação. Velocidades altas aumentam a quantidade de grãos quebrados ou não trilhados, enquanto velocidades baixas atrasam a colheita, o que pode comprometer o plantio das próximas safras.
Para evitar esses problemas, o ideal é manter a velocidade do maquinário entre 4 km/h e 6,5 km/h durante a operação. Além disso, é importante ajustar a velocidade do molinete, responsável pelo recolhimento da soja, para evitar que os grãos sejam lançados para fora da máquina.
6. Cuide do armazenamento dos grãos
O sucesso da operação e da safra também depende do manejo pós-colheita. Um dos aspectos mais importantes dessa etapa é o armazenamento dos grãos. Eles devem ser acondicionados em condições adequadas para preservar sua qualidade até a comercialização ou uso futuro.
Como a agricultura digital pode otimizar a colheita da soja?
A agricultura digital utiliza tecnologias avançadas para digitalizar e automatizar atividades no campo, tornando todas as fases da produção agrícola mais eficientes e inteligentes. E isso também se aplica à colheita.
Com o apoio dessas ferramentas, o produtor transforma esse processo complexo em uma operação mais precisa, ágil e menos suscetível a erros.
Uma das soluções mais utilizadas para obter essas vantagens é o Climate FieldviewTM, a plataforma digital da Bayer.
Ela utiliza inteligência artificial e ciência de dados para integrar e processar informações agrícolas de diferentes fontes, oferecendo ao produtor um acompanhamento detalhado e em tempo real das operações.
Com a plataforma, o sojicultor ainda pode gerar mapas agrícolas de alta resolução, obter relatórios detalhados, comparar diferentes mapeamentos, entre outras atividades.
Essas funcionalidades ajudam o sojicultor a tomar decisões mais precisas e embasadas, melhorando a eficiência da colheita e validando estratégias aplicadas ao longo da safra.
Por esse motivo, ferramentas como a plataforma FieldviewTM são as melhores aliadas para garantir uma safra mais produtiva e rentável!
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