O monitoramento de pragas na cultura da soja consiste na observação e avaliação constante da lavoura para detectar a presença de infestações na cultura da oleaginosa. Essa prática fornece dados que orientam o produtor a adotar medidas de controle mais eficientes.
Assim, ele evita danos significativos às plantas, reduz o uso excessivo de defensivos agrícolas e, consequentemente, minimiza os custos e o impacto ambiental da atividade agrícola.
Para realizar essa prática, o agricultor precisa investir na adoção de diferentes técnicas de amostragem de pragas, como pano de batida e armadilhas.
Ele também pode investir em ferramentas de monitoramento agrícola, como sensoriamento remoto e Sistemas de Informação Geográfica (SIG), para gerar mapas mais precisos.
Assim, o produtor pode tomar decisões baseadas em dados claros, ajustando suas estratégias de manejo conforme necessário para manter os insetos sob controle.
Boa leitura!
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O cultivo de soja exige que o produtor rural supere diversos desafios para garantir uma safra produtiva e rentável. Um dos desafios mais importantes é proteger a lavoura do ataque de diversas espécies de pragas.
Esses insetos podem infestar a plantação em diferentes estágios de desenvolvimento da cultura, desde a germinação até a colheita. Os danos causados por esse ataque variam conforme a espécie, o tamanho da infestação, o período de ataque, entre outros fatores.
Caso o produtor não adote as práticas de manejo adequadas, corre o risco de registrar prejuízos significativos na safra. O monitoramento de pragas na cultura de soja é uma das primeiras práticas que deve ser adotada para evitar esse problema, proteger a lavoura e aumentar a produtividade.
Neste artigo, explicaremos qual a sua importância e como monitorar os insetos na plantação da oleaginosa.
O monitoramento de pragas é uma prática que envolve a observação e a avaliação constante da lavoura para identificar a presença de insetos. Essa prática pode ser adotada para proteger diversas culturas, incluindo a soja, considerada uma das culturas mais importantes para a economia do país.
A prática de monitorar insetos na lavoura da soja apresenta características semelhantes ao processo realizado nas outras culturas. Ela deve ser realizada de forma contínua e regular ao longo do ciclo de vida da cultura.
Para isso, o produtor deve adotar diferentes estratégias, como a coleta de amostras em diferentes pontos da lavoura, o registro de dados e o uso de técnicas específicas para avaliar o nível de infestação.
Vale lembrar que o monitoramento é uma das práticas mais importantes do Manejo Integrado de Pragas (MIP), abordagem que combina diferentes técnicas de controle de pragas, como controle biológico, químico e cultural.
Dessa forma, ela contribui para manter as infestações abaixo dos níveis de dano econômico (NDE).
Essa prática permite que os produtores tomem decisões baseadas em dados. Assim, eles entendem como, quando e quais produtos usar, ou até mesmo se é necessário intervir para controlar a infestação.
Tudo isso contribui para o aumento da eficiência das medidas de manejo de pragas agrícolas, para a redução de gastos operacionais e para a diminuição do uso de defensivos.
Como resultado, é possível melhorar a produtividade da lavoura e adotar práticas de manejo sustentável, que aumentam a sustentabilidade da fazenda.
A soja é uma cultura sujeita a infestações de diferentes pragas em todas as suas fases de desenvolvimento, como lagartas e percevejos. E esses insetos podem causar danos econômicos significativos caso não sejam manejados corretamente.
Segundo um estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), apenas o ataque da lagarta helicoverpa, por exemplo, pode causar perdas em torno de 30% da produção.
Além dos danos causados por esses ataques, os sojicultores ainda precisam lidar com as consequências do uso indevido de inseticidas na lavoura.
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), isso provocou a intensificação de problemas como a seleção de populações de insetos mais resistentes.
A forma mais eficiente de evitar essas situações é adotar estratégias de manejo integrado ligadas ao MIP. E uma das práticas mais importantes do MIP é o monitoramento dos insetos, processo fundamental para coletar dados que devem orientar o uso eficiente de diferentes estratégias de controle.
Dessa forma, o produtor reduz a densidade populacional dos insetos-praga, protege a lavoura e utiliza defensivos de forma mais racional e nos momentos certos.
Acompanhar de perto a presença e a quantidade de insetos que atacam a lavoura de soja garante vários benefícios ao produtor. Confira abaixo as principais vantagens de investir nessa prática:
O monitoramento de pragas é uma prática que envolve a combinação de diferentes estratégias. As mais tradicionais integram a chamada amostragem visual. Essa abordagem envolve a coleta sistemática de insetos em diferentes pontos de amostragem.
Em cada ponto são instalados instrumentos de coleta, como pano de batida, armadilhas adesivas e armadilhas com feromônios.
Os exemplares coletados devem ser identificados e quantificados. Essas informações são necessárias para estimar a densidade populacional das pragas e o NDE.
O ideal é combinar o uso de técnicas de amostragem visual com ferramentas da agricultura digital e da agricultura de precisão. Afinal, elas são capazes de coletar um grande volume de dados e gerar mapas que orientam o produtor a aumentar a eficiência das medidas de controle.
Confira a seguir algumas técnicas associadas a essas ferramentas que podem ser utilizadas para melhorar o monitoramento de pragas na lavoura de soja.
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são softwares capazes de coletar, analisar, integrar, armazenar, gerenciar e visualizar dados geoespaciais de uma determinada área.
Esses sistemas podem ser utilizados para diversas finalidades, incluindo o mapeamento da distribuição de pragas na plantação. Além da intensidade e da localização das infestações, esse mapa facilita a identificação de padrões e orienta decisões mais precisas, como a aplicação localizada de defensivos.
Os sensores de campo são dispositivos eletrônicos que podem ser instalados em diferentes pontos na lavoura. Essas ferramentas servem para coletar dados relacionados às condições ambientais e à saúde das plantas.
Alguns deles conseguem até mesmo captar sinais indicativos da presença de pragas, como vibrações nas plantas, substâncias emitidas pelas plantas quando atacadas ou a detecção de feromônios.
Existem sensores, que foram desenvolvidos especialmente para máquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras e pulverizadores.
Esses dispositivos servem para coletar dados em tempo real durante a operação do maquinário, incluindo a detecção de anomalias na vegetação ou na produtividade da lavoura.
Tais informações podem indicar a presença de insetos na plantação, facilitando o direcionamento preciso das medidas de controle.
O sensoriamento remoto utiliza imagens de satélite e informações coletadas por drones e sensores para capturar diversos dados sobre as áreas de cultivo.
Essas informações podem ser utilizadas para gerar imagens NDVI e mapas agrícolas, que mostram alterações nas vegetações que podem indicar a presença de pragas na lavoura.
A análise e a integração das informações obtidas por essa técnica podem ser otimizados com o apoio de um software agrícola, como o Climate FieldView™, a plataforma de agricultura digital da Bayer.
Com o FieldView™, o produtor pode integrar dados obtidos de diferentes fontes para gerar diferentes tipos de relatórios e mapas que permitem o acompanhamento da lavoura em tempo real.
Assim, monitorar as pragas que atacam a lavoura de soja e adotar as medidas adequadas de controle fica muito mais fácil.
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