Tradicional produtor de café, o Brasil consolida sua posição de maior exportador mundial com investimento em tecnologias do plantio à colheita
Na cafeicultura 4.0, a inteligência de dados é usada para potencializar a produção cafeeira
A tecnologia digital também chegou aos cafezais. Processo que tomou força com a chamada cafeicultura 4.0, uma poderosa fusão entre inteligência de dados e capacidade de produção.
Uma combinação que tem transformado o modelo de gestão e o perfil produtivo do setor cafeeiro do país, como já ocorre em outras atividades agrícolas.
Nesse artigo, explicamos um pouco sobre a relevância da cultura cafeeira para o Brasil, falamos sobre o que é a cafeicultura 4.0 e como a agricultura digital pode beneficiar o cultivo do grão. Confira!
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A importância da cafeicultura no Brasil
A produção cafeeira chegou ao Brasil no século XVIII, expandindo-se rapidamente por conta do solo e clima adequados para o cultivo. Mas foi a partir das primeiras décadas do século XIX que ganhou relevância econômica no país.
Com a expansão do café pelo Sul e Sudeste no final do Século XIX, o grão tornou-se a principal atividade econômica do país.
Não demorou para que o país se tornasse o maior produtor e exportador mundial, chegando a suprir 70% da demanda do mercado internacional em 1915.
O Brasil é o maior produtor mundial de café há 150 anos
A evolução da cultura também se deve à incorporação de tecnologias, como máquinas de beneficiamento e secagem, novas variedades e estudos sobre fertilidade do solo, além do impulso ao sistema ferroviário.
A importância do café para a economia do país continua até hoje. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café, o Brasil é responsável por um terço de todo o café produzido no mundo - liderança que ocupa há mais de 150 anos.
Além disso, a cafeicultura é atualmente o quinto produto agrícola mais exportado pelo Brasil, com rentabilidade superior a US$ 5 bilhões/ ano. São nada menos que 2 milhões de hectares dedicados à atividade cafeeira, com mais de 300 mil produtores envolvidos, segundo o Ministério da Agricultura.
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Cafeicultura 4.0: o que é e como ela muda a cafeicultura tradicional?
O salto tecnológico que o campo deu nos últimos anos e que resultou na agricultura 4.0 também chegou aos cafezais.
Nasceu a cafeicultura 4.0, em que o produtor usa de diferentes tecnologias digitais para dar suporte às operações realizadas na lavoura, como plantio, monitoramento, pulverização e colheita, maximizando a produtividade e a rentabilidade do negócio.
Dentre as tecnologias disponíveis para o produtor de café estão softwares de processamento de dados, câmeras em semeadoras, máquinas conectadas à internet, imagens de satélite e até inteligência artificial e ciência de dados.
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A colheita mecanizada do café exemplifica o desenvolvimento tecnológico da cultura nos últimos anos
Com esses dados em mãos, o produtor pode melhorar o gerenciamento da fazenda, em todas as fases da safra, obtendo diferentes benefícios, como:
- Redução da degradação do solo e o impacto ambiental;
- Melhor produtividade de cada metro quadrado da propriedade;
- Acompanhamento do desenvolvimento da lavoura em toda a área;
- Definição da demanda ideal de sementes, fertilizantes e outros recursos para cada talhão;
- Redução dos custos, porque o produtor tem suporte para adquirir apenas os insumos necessários.
Ou seja, se no Século XIX, por exemplo, o produtor de café melhorava sua produção a partir da observação de fatores como clima e solo, hoje essa correlação acontece com maior agilidade e embasada em dados gerados pelas funcionalidades da agricultura digital.
Assim, pode alavancar o desempenho da lavoura de café ao adotar medidas com maior assertividade.
Na agricultura digital, o produtor tem acesso a dados de sua lavoura em tempo real, permitindo decisões mais assertivas
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O impacto da cafeicultura 4.0 no dia a dia do produtor
Com tecnologias como essas à disposição, a vida do produtor rural no campo ganha em praticidade e eficiência.
A partir das ferramentas digitais, que cada vez mais chegam ao mercado e com foco nas diferentes culturas, é possível aperfeiçoar todas as operações e práticas realizadas na propriedade e, consequentemente, potencializar os resultados do negócio.
No café, o produtor pode, por exemplo, monitorar o desenvolvimento vegetativo da lavoura com as imagens de satélite do Diagnóstico FieldViewTM. Caso os mapas gerados identifiquem alguma variabilidade no crescimento do cafezal, o produtor pode priorizar o monitoramento do local indicado.
Desta forma, pode conferir, in loco, o que pode estar afetando o desenvolvimento da lavoura. Se detectar a ocorrência de uma praga, por exemplo, boa pedida é usar outra funcionalidade da plataforma Climate FieldViewTM, da Bayer: os PINs georreferenciados.
Assim, pode demarcar a área infestada com os PINs e registrar anotações e fazer upload de fotos tiradas no local atingido pela praga. Posteriormente, o produtor pode analisar esses dados armazenados para embasar suas decisões.
Ao utilizar ferramentas digitais como essas, o cafeicultor pode perceber a diferença nos números da produtividade. Bom exemplo disso são as ações da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na revitalização da cafeicultura no Mato Grosso.
A instituição capacitou mais de 100 técnicos em novas tecnologias cafeeiras e o resultado no estado foi um aumento de 171% na produtividade (de 6,29 sacas por hectare em 2015 para 17 sacas em 2020).
Vale citar o exemplo de um dos produtores beneficiados pelo programa, localizado no Norte do estado. Ele viu sua produção (de 12 a 15 sacas de café/ha) e seu faturamento (de R$1800) de 2015 saltarem para 120 scs/ha e faturamento de R$60 mil em 2019. E cultivando apenas metade da área.
Tudo graças ao uso da cafeicultura 4.0!
Produtores do Mato Grosso aumentam a produtividade do café ao conhecerem as ferramentas da cafeicultura 4.0
Pronto, agora você já tem todas as informações mais importantes sobre a cafeicultura 4.0 em mãos! Que tal, então, continuar a aprofundar as suas leituras sobre a presença das tecnologias digitais na agricultura?
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Boa leitura!
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