Saiba como Juarez Vendrusculo, produtor rural da Fazenda Maclaren, calculou o prejuízo na cultura de soja com o auxílio da Agricultura 4.0.
Capim amargoso infestando a lavoura de soja (crédito: Mais Soja)
O controle de plantas daninhas na cultura da soja e do milho é parte importante na busca por maior produtividade na safra. Se houver falha nesse manejo, o prejuízo pode ser de perdas que passam de quase metade de toda a produção!
Um estudo da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, mostrou que o capim amargoso tem efeitos na produtividade da soja que levam a até 44% em redução.
Pensando nisso, trouxemos neste post aqui, um panorama geral sobre o que é o capim amargoso (Digitaria insularis) e como ele impacta principalmente nos resultados das lavouras de grãos.
Para ilustrar esse grande desafio dos campos nacionais, no texto abaixo te apresentaremos mais uma história de sucesso de agricultores que tiveram êxito utilizando a agricultura digital em suas áreas!
Conheça o caso de Juarez Vendrusculo, produtor rural de Alto Alegre - Roraima, que, através de mapas e imagens de satélite, conseguiu identificar uma variabilidade no desenvolvimento de seu talhão de soja. Era o capim amargoso, infestado de sua área!
Quer saber como ele conseguiu avaliar o prejuízo na oleaginosa e o que ele fez para evitar danos maiores no plantio de milho safrinha? Foi simples, ele usou plataformas de agricultura digital!
Agora, como ele fez isso, a gente te conta na sequência. Confira!
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Controle de plantas daninhas pode evitar perdas de produtividade em soja
Agricultura digital auxilia na identificação de capim amargoso
O capim amargoso é considerado por muitos produtores como uma das mais difíceis plantas daninhas a serem controladas.
A razão é que a Digitaria insularis além de ter ciclo perene, também foi selecionada resistente a alguns herbicidas, como o glifosato e o haloxyfop.
Apesar de ser facilmente identificada com uma visita à área infestada, plataformas de agricultura digital podem auxiliar em casos onde o problema é recorrente e facilitar na hora da melhor tomada de decisão.
Sabendo disso, Juarez Vendrusculo, que já utilizava a plataforma de agricultura digital da Bayer, Climate FieldView™, para monitorar toda a safra de soja, conseguiu georreferenciar de forma rápida uma mancha de capim amargoso no final do ciclo da oleaginosa. Olha só como foi:
Durante a colheita da soja, o operador do maquinário verificou pontos de infestação de capim amargoso em seu talhão.
Sem perder tempo, adicionou um PIN - marcação georreferenciada no mapa de colheita que estava sendo gerado através do FieldView™ Drive, e anexou uma imagem tirada daquele local. Tudo diretamente da cabine.
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Capim amargoso identificado na lavoura de soja do produtor Juarez Vendruscolo
Após a operação ser realizada e contando com o apoio dos PIN's, Juarez, que tem acesso às imagens e mapas da área com a localização exata do problema, tratou a área e conseguiu realizar o acompanhamento de todo o progresso do manejo até a resolução do problema acontecer.
Com o mapa de produtividade da soja gerado foi possível analisar que, nas áreas em que a planta daninha esteve presente, a produtividade foi de cerca de 38 scs/ha. Já nas áreas não infestadas do talhão, pode-se observar uma produtividade de 58 scs/ha.
Mapa de produtividade gerado pela plataforma Climate FieldView™ mostra resultados da colheita de soja em diferentes parte do talhão
Podemos perceber então que a redução na produtividade foi severa, com uma diferença de produção em torno de 20 sacas a menos por hectare, nas áreas com problema.
Vamos fazer uma conta rápida!
- Trazendo para o valor médio da saca de soja atual, em torno de R$ 148,00. Se calcularmos a produtividade, temos:
- Área total afetada pelo capim amargoso = 20 hectares
- Diferença de produtividade entre áreas = 58 scs/ha - 38 scs/ha = 20 scs/ha
Sendo assim, o capim amargoso roubou 20 scs/ha em 20 hectares da fazenda. Considerando 20 scs/ha x 20 hectares = 400 sacas e o valor da saca em R$ 148,00, temos um prejuízo em torno de R$ 59.200,00!
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Herbicida no controle de capim amargoso em milho safrinha
Como o impacto na produtividade da cultura da soja foi severo, Juarez decidiu realizar uma aplicação do herbicida Soberan antes de iniciar o plantio de milho safrinha na mesma parte do talhão que o capim amargoso se alastrou.
Lembrando que, a infestação de capim amargoso na lavoura de milho é ainda mais difícil de ser controlada, uma vez que tanto a invasora, quanto o milho, são gramíneas. Por isso, controlar a planta em estágios iniciais é chave para o sucesso.
Outra opção importante a se fazer é manejar no período de entressafra, o que pode ajudar a reduzir custos e prejuízos. Contudo, pela janela de plantio da safrinha, aquela não era uma alternativa para Juarez.
Pulverização de herbicidas auxilia no controle de plantas daninhas em milho
Saiba +: FieldView™ TV: MANEJO DE PRAGAS NO MILHO SAFRINHA
Colheita de milho safrinha produz 100 scs/ha
Após a realização do manejo, Juarez seguiu acompanhando o desenvolvimento da lavoura de milho safrinha, utilizando a funcionalidade Diagnóstico FieldView™ e foi avaliando se a ação tomada estava tendo o resultado esperado.
E sim, Juarez tomou uma excelente decisão! Na colheita do grão ele pode observar que as áreas aplicadas com o herbicida estavam com um verde mais forte em seus mapas de monitoramento, comprovado pelo resultado de 100 scs/ha naquela parte do talhão.
Mapa de produtividade gerado pela plataforma Climate FieldView™ mostra resultados da colheita de milho em diferentes parte do talhão
Sabemos que nenhum produtor quer ser pego de surpresa por uma infestação de uma planta daninha resistente.
Agora perguntamos: qual seria o prejuízo de Juarez se o capim amargoso também aparecesse no meio do milho safrinha?
Com o apoio da tecnologia digital para agricultura, Juarez não precisou responder. Ainda bem!
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