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A chegada do 5G no campo deve revolucionar a gestão e produção agrícola brasileira. Essa tecnologia se refere a quinta geração de redes móveis. Ela se diferencia principalmente por ser 20 vezes mais rápida do que a rede 4G, por sua baixíssima potência e possibilidade de aumento da cobertura de rede.
Graças a essas características, a rede 5G facilitará o acesso e a democratização de recursos relacionados a agricultura digital e agricultura de precisão, como Internet das Coisas (IoT) e Big Data.
Dessa forma, produtores de todo o país terão a oportunidade de transformar sua propriedade em uma fazenda inteligente, aumentando sua produção, reduzindo os riscos associados à atividade e maximizando seu lucro.
O processo de implementação da rede 5G no Brasil só deve ser concluído em 2029, mas muitas cidades já contam com a infraestrutura de suporte à tecnologia.
Embora ainda não tenha chegado às áreas rurais, os produtores já podem se preparar para aproveitar os seus benefícios.
Boa leitura!
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A falta de conectividade é um dos principais problemas enfrentados pelos produtores rurais brasileiros.
Sem acesso à internet, eles não conseguem implementar ferramentas da agricultura digital ou da agricultura de precisão, essenciais para uma gestão mais assertiva e para o aumento da produção agrícola.
Mas esse cenário está prestes a mudar. A chegada do 5G no campo deve revolucionar a gestão e a operação das atividades agrícolas.
Por aumentar a velocidade de conexão e expandir a cobertura de rede, a tecnologia 5G é considerada uma oportunidade única para promover melhorias em todas as etapas da cadeia de produção agrícola.
Em um cenário no qual se espera que o Brasil se torne protagonista na produção mundial de alimentos, acompanhando as estimativas de aumento populacional para as próximas décadas, a chegada da quinta geração de dados móveis será crucial para o país.
Por isso, tecnologia 5G e inovação agrícola são consideradas aliadas indispensáveis para ajudar o agricultor brasileiro a aumentar sua produção e auxiliar o país a se tornar mais relevante no cenário global.
Neste artigo, explicaremos como o 5G deve revolucionar a agricultura brasileira e quais vantagens essa tecnologia deve proporcionar ao produtor.
A sigla “5G" é utilizada para se referir à quinta geração de tecnologia de redes móveis. Ela tem sido desenvolvida desde os anos 2000 para ser sucessora da tecnologia 4G.
Por ser a sucessora, o 5G também é mais avançado. Sua velocidade de conexão e download de dados varia entre 600 megabytes por segundo a 2 gigabytes por segundo. Isso significa que o 5G é cerca de 20 vezes mais rápido do que a geração anterior.
Na prática, essa tecnologia permite que o tempo necessário para fazer o download de um filme de 2 horas, por exemplo, seja o mesmo que o tempo utilizado atualmente para baixar uma imagem no celular.
Outra característica importante da tecnologia 5G é a baixíssima latência, ou seja, o tempo reduzido de resposta entre dois dispositivos.
Além disso, ela tem uma capacidade mais ampla de suporte a dispositivos e aplicativos, bem como uma cobertura de rede maior. Por esse motivo, viabiliza a implementação de dispositivos relacionados à Internet das Coisas (IoT) e a Big Data.
Em função dessas características, o 5G favorece a realização de atividades que exigem uma resposta rápida, telemedicina, jogos e realidade virtual.
No campo, essa tecnologia otimiza a realização de operações agrícolas, já que facilita o uso de soluções que viabilizam a chamada Smart Farming ou Agricultura Inteligente.
Como resultado, a expectativa é que o 5G permita que o produtor utilize ferramentas mais precisas e eficientes para ajudá-lo a melhorar a gestão agrícola e aumentar a produção de forma inteligente e sustentável.
O processo de implementação do 5G no Brasil já começou. O primeiro passo aconteceu em dezembro de 2021, quando ocorreu um leilão que definiu as empresas com direito de exploração da tecnologia no país. A estimativa é que as empresas invistam cerca de R$ 70 bilhões na implantação do 5G no país.
As empresas vencedoras serão responsáveis pela execução de algumas obrigações definidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Essas obrigações se referem a instalação da infraestrutura necessária para o uso e expansão da rede 5G em todo o país.
Para isso, elas devem investir na instalação de antenas de transmissão de sinal, por exemplo, infraestrutura que ainda é escassa especialmente em regiões distantes dos grandes centros urbanos.
As empresas vencedoras também são obrigadas a seguir um calendário de implementação da tecnologia 5G no país. A primeira fase do calendário, que exigia a chegada da tecnologia nas capitais brasileiras em 2022, já foi concluída.
No entanto, a implementação de uma estação de rádio base a cada 10 mil habitantes, necessária para a expansão da rede 5G para outras regiões do país, está prevista apenas para julho de 2025.
Após esse prazo, o processo de implementação será gradativo. A expectativa é que todos os municípios brasileiros com até 30 mil habitantes tenham acesso à conexão 5G até dezembro de 2029.
De acordo com um levantamento realizado pelo Ministério da Economia, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o uso do 5G pode movimentar cerca de R$ 590 bilhões por ano.
Até 2031, a expectativa é que essa tecnologia gere um impacto de R$ 101 bilhões para empresas, multinacionais e startups.
Vale lembrar que, inicialmente, a rede 5G não estará disponível para o país inteiro. No entanto, a infraestrutura de conexão será expandida para que a conexão 4G se expanda para todo o Brasil, incluindo para áreas da região amazônica.
A chegada da rede 5G no campo deve expandir e melhorar a conectividade rural, atualmente considerada como um dos principais gargalos para a digitalização das fazendas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 47,8% dos produtores rurais do país relataram problemas ou falta de conexão no campo.
O estudo foi divulgado em 2020, mas o cenário não mudou muito desde então, dificultando o uso de tecnologias no campo. Com a chegada do 5G, a expectativa é que esse quadro mude drasticamente. Afinal, a melhora na conectividade tornará as tecnologias agrícolas mais acessíveis e democráticas.
Como resultado, o produtor poderá utilizar mais ferramentas da agricultura digital e da agricultura de precisão na fazenda.
Isso inclui recursos relacionados a IoT, Big Data, inteligência artificial e computação em nuvem. Por exemplo, drones avançados, máquinas agrícolas controladas remotamente, sensores mais precisos e softwares agrícolas.
Graças a essas tecnologias, o produtor poderá monitorar as operações da lavoura em tempo real, bem como aumentar a quantidade e a qualidade dos dados técnicos da fazenda. Essas informações ajudarão o produtor a tomar decisões mais assertivas, baseadas em dados consistentes e precisos.
Dessa forma, ele conseguirá melhorar a eficiência energética do maquinário agrícola, otimizar a aplicação de defensivos, implementar um sistema de irrigação inteligente, entre outras atividades.
A agricultura conectada pelo 5G beneficia toda a cadeia de produção agrícola, desde a fase pré-plantio até o pós-colheita e a chegada dos produtos agrícolas ao consumidor.
Isso porque a conectividade rural permitirá que o produtor tenha acesso a diversas tecnologias, conforme explicado anteriormente.
A expectativa é que o uso de tecnologias associadas ao 5G proporcione as seguintes vantagens ao agricultor:
A tecnologia 5G solucionará um dos principais entraves ao desenvolvimento agrícola no país: a conectividade. Segundo a Embrapa, além da falta de conexão afetar o produtor rural, ela também prejudica empresas e prestadoras de serviços que atuam na área agrícola.
Cerca de 61,7% dessas empresas relatam problemas de conectividade para atuar no campo, o que também dificulta o uso de tecnologias agrícolas.
Na prática, isso significa que de cinco milhões de empresas rurais existentes no país, cerca de 3,64 milhões não possuem conectividade, ou seja, trabalham offline.
Além disso, segundo a Anatel, atualmente, a cobertura da rede de internet ainda está concentrada em grandes centros, localizados especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal.
Graças a expansão proporcionada pela rede 5G, mais de 8 mil localidades do país que não têm acesso à internet devem receber sinal pelo menos da rede 4G. Isso será essencial para a digitalização de propriedades rurais em locais mais isolados, longe dos grandes centros.
A expectativa é que a cada 25% de aumento da conectividade, as empresas agrícolas arrecadarão aproximadamente 6,3% a mais em valor bruto.
Ou seja, além de estimular a digitalização do campo e a implementação de fazendas inteligentes, o 5G no campo também incentivará a economia.
Afinal, a conectividade é um fator essencial para o desenvolvimento regional por meio da democratização da Agricultura 4.0 e do acesso a sua nova geração, a Agricultura 5.0 e seus benefícios.
Dessa forma, produtores de todo o país poderão expandir seus resultados com a ajuda de tecnologias inovadoras e avançadas.
O 5G ainda não chegou ao campo , mas algumas ferramentas associadas à agricultura inteligente já estão disponíveis. Climate FieldView™, a plataforma de agricultura digital da Bayer, é um desses recursos.
O FieldView™ é uma ferramenta que utiliza inteligência artificial e ciência de dados para ajudar o produtor a gerenciar e monitorar sua lavoura de forma mais eficiente. Alinhado aos princípios da IoT e da Big Data, seus usuários têm acesso a recursos para integrar diferentes dados agronômicos.
Além disso, eles podem utilizar ferramentas como o Diagnóstico FieldView™ e o Radar Meteorológico para gerenciar as operações da lavoura com mais eficiência.
Em outras palavras, quem utiliza a plataforma já está se preparando para aproveitar as aplicações do 5G na agricultura.
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