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Sequestro de carbono no solo: como aumentar na sua lavoura

Escrito por Clivonei Roberto | 07/10/2020 18:12:39

O sequestro de carbono no solo é o processo de captura e armazenamento do dióxido de carbono na forma de matéria orgânica, contribuindo para a sustentabilidade e a produtividade da fazenda.

Plantio direto em soja

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+ Sem tempo de ler o texto todo? Confira os principais destaques!

O sequestro de carbono no solo é o processo no qual o dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera é capturado e armazenado no solo. Esse processo ocorre de diversas maneiras, como por meio da incorporação de matéria orgânica, fixação biológica do nitrogênio, fotossíntese e ação dos agregados do solo.

As vantagens desse processo vão além da preservação ambiental. Solos ricos em carbono apresentam maior fertilidade, capacidade de retenção de água e resistência à erosão. Esses benefícios melhoram a produtividade da lavoura e ainda permitem que o agricultor ingresse no mercado de carbono.

Para aproveitar esses benefícios, o agricultor deve adotar estratégias conservacionistas, como o Sistema de Plantio Direto (SPD) e o Sistema ILPF. Essas práticas devem ser monitoradas e ajustadas com o auxílio de tecnologias de agricultura de precisão e agricultura digital.

Boa leitura!

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A crescente demanda por alimentos, aliada aos impactos das mudanças climáticas nos sistemas produtivos, exige que o setor agrícola adote soluções sustentáveis para aumentar a produtividade da lavoura

Uma dessas estratégias é adotar práticas que ampliem o sequestro de carbono do solo na fazenda. 

Neste artigo, explicaremos o que é o sequestro de carbono no solo, como ele funciona e quais práticas podem ser implementadas nas propriedades agrícolas para otimizar esse processo.

O que é o sequestro de carbono do solo?

O sequestro de carbono do solo é o processo em que o dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera é capturado e armazenado no solo na forma de carbono orgânico. Esse processo contribui para a formação do Estoque de Carbono do Solo (ECS). 

Além do CO₂ da atmosfera, o ECS também é formado pelo carbono proveniente de restos de animais, plantas e microrganismos em decomposição. Por isso, ele influencia na fertilidade, retenção de água e atividade microbiana no terreno.

Como o carbono chega ao solo e como é armazenado?

O carbono chega ao solo de diversas maneiras. Uma delas é por meio da incorporação de matéria orgânica, como resíduos vegetais, esterco ou restos de culturas agrícolas. Esses materiais são decompostos por microrganismos que liberam CO₂ e permitem que o carbono se integre à estrutura do solo.

Essa incorporação também pode ser feita pelas raízes das plantas. Durante a fotossíntese, as plantas absorvem CO₂ da atmosfera e convertem parte desse elemento em compostos orgânicos.

A fixação biológica do nitrogênio também viabiliza esse processo. Ele é realizado por bactérias fixadoras de nitrogênio que formam uma relação simbiótica com leguminosas, como a soja

As bactérias convertem o nitrogênio atmosférico em formas utilizáveis pelas plantas, o que aumenta a biomassa vegetal e, consequentemente, o teor de carbono no solo.

Uma vez no solo, o carbono é protegido da decomposição rápida por meio da formação de agregados, estruturas compostas por partículas minerais associadas à matéria orgânica. 

Esses agregados ajudam a estruturar o solo e dificultam a decomposição da matéria orgânica, permitindo que o solo armazene o elemento por períodos mais longos.

Leia Também: Aprenda o que é agricultura de baixo carbono, como adotar e saiba como o plantio direto pode influenciá-la

No Brasil, o plantio direto já é responsável pelo sequestro de pelo menos 13 milhões de toneladas de CO2 ao ano

 

Essas tecnologias envolvem as ferramentas da agricultura de precisão e da agricultura digital. Com o auxílio de drones equipados com sensores avançados, por exemplo, o produtor pode capturar imagens aéreas detalhadas e coletar dados sobre a saúde das culturas, qualidade do solo e umidade.

Já o uso de GPS e imagens de satélite permite a análise em larga escala das propriedades agrícolas. Com essas tecnologias, é possível mapear o solo com alta precisão, identificar variações e planejar intervenções específicas para aumentar a captura desse elemento em diferentes áreas da fazenda.

Essas informações podem ser armazenadas, integradas e analisadas com o auxílio de softwares agrícolas, como a Climate FieldViewTM, plataforma de agricultura digital da Bayer. 

A plataforma utiliza inteligência artificial e ciência de dados para transformar as informações coletadas por diferentes fontes em relatórios e mapas detalhados, facilitando o monitoramento da lavoura em tempo real.

Assim, o produtor consegue otimizar a gestão do solo e ajustar as práticas de manejo para melhorar o sequestro de carbono na propriedade.

Prepare sua fazenda para o futuro com a Climate FieldViewTM!