Quer saber se sua soja está pronta para a colheita? Leia este post!

Por Paula Torresan, gerente de transferência de conhecimento, Bayer em 06/03/2020 11:02:42

Homem na agricultura operando pelo tablet - Climate FieldViewSoftware de agricultura digital ajudando o agricultor

A colheita da soja é, sem dúvida, a parte mais importante da produção agrícola a ser avaliada pelos produtores rurais. Esse é um momento decisivo, no qual o gestor do campo considera se todo o planejamento, durante a safra, resultou em uma melhor qualidade dos grãos colhidos, avalia a produtividade por talhão ou hectare, verifica se foi gasto mais insumo do que o necessário e averigua se o peso do grão é o ideal para ser transportado e, posteriormente, comercializado.

Para este ano, a estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), é de que a produção brasileira de grãos alcance um novo recorde histórico, com 251,1 milhões de toneladas, obtendo um acréscimo de 9,1 milhões de toneladas sobre a safra anterior. 

Ainda de acordo com a Companhia, uma das culturas que mais contribuem para essa grandiosa previsão é justamente a soja, já que o volume dessa oleaginosa corresponde a quase 50% da produção total de grãos do país e deve crescer 8,2 milhões de toneladas nesta safra, atingindo 123,2 milhões – a maior da história.

Mas você, produtor rural, sabe quais pontos devem ser observados ao realizar a colheita da soja? Por exemplo: há um grau de maturação ideal? Qual o nível de umidade para a extração do grão? E quanto às máquinas, é necessário algum cuidado especial? Para responder essas e outras dúvidas, confira as dicas a seguir.

Aspectos a serem considerados para a colheita de soja

Cor e maturação do grão

O ciclo da soja dura, em média, cerca de 120 dias – isso pode mudar de acordo com a variedade e a região, podendo existir cultivares mais precoces ou tardias. Um grão usualmente está pronto para colher quando passa por todos os estágios de reprodução, sendo R1 o primeiro, quando tem início o florescimento da flor, passando pela formação da vagem, enchimento do grão, até ao último, denominado de R8, o que significa que a planta está em sua maturação plena para a colheita.

A colheita da soja pode ser iniciada quando 90% dos grãos atingirem uma coloração marrom ou cinza. Isso indica que o grão deve ter atingido um nível de umidade entre 13% e 15%, e as vagens estão em processo de secagem, o que ajuda a minimizar perdas na colheita e evitar prejuízos, por exemplo, com o uso de maquinário. Caso seja colhida com uma umidade acima de 15%, a soja pode apresentar problemas visíveis ou não, como uma quebra, gerando perdas ao produtor.

Por outro lado, alguns agricultores optam por colher o grão com uma umidade mais alta, entre 15% e 17%. É que com o decorrer da colheita, as chuvas e o sol afetam a relação entre o percentual de água e massa do grão. Em questão de horas, a soja pode estar com um nível menor de umidade justamente no momento da entrega para a cooperativa ou comprador.

Uma alternativa que alguns produtores têm adotado é fazer a colheita de soja apenas durante o dia, começando às 6h e terminando por volta das 18h. No caso do milho, por exemplo, o impacto é menor com relação à luz, com a colheita do grão podendo ocorrer até mais tarde.

Saiba mais: Como a ciência de dados pode potencializar o monitoramento da fazenda

Dessecação pré-colheita

A dessecação pré-colheita é um processo utilizado quando há a intenção de antecipar a colheita em alguns dias para aproveitar a janela e cultivar uma segunda cultura, a exemplo do milho, sorgo ou aveia, e consiste em igualar o grau de maturação dos grãos verdes, menos maduros, com os amarelos, já prontos para colher, padronizando toda a produção. Além de ajudar na uniformização dos grãos, isso também auxilia no controle de plantas daninhas.

Mas atenção! O produtor deve tomar cuidado, caso opte pela dessecação pré-colheita. Quando o processo é feito, não há mais a proteção que impeça que a água penetre na vagem. Por isso, se o produtor tomar essa decisão, é recomendável dividir a lavoura em microáreas, para evitar que, em caso de chuvas, ocorra prejuízo em toda a produção.

Se essa operação for realizada próxima a um momento da colheita, e aquela área receber chuva, o grão pode se deteriorar ainda no pé.

Saiba mais: Quer potencializar a colheita? Confira aqui algumas dicas

Sensores dos maquinários

Antes de iniciar a colheita de soja, os sensores de produtividade que analisam o peso de uma determinada quantidade de grãos por hectare ou talhão devem ser calibrados. Isso é importante para uma mensuração ideal da quantidade de sacas por hectare. O não alinhamento desses sensores pode levar a uma compilação errada de dados sobre a colheita.

Nessa linha, a exemplo do FieldView™ Drive, dispositivo que capta as informações geradas pela máquina, também é importante verificar se todos os sensores estão realmente funcionando da melhor forma, uma vez que toda operação com a colheitadeira é visualizada através do  aplicativo FieldView™ Cab em tempo real. 

 

Nova call to action

 

A checagem das unidades de medidas dos equipamentos, no aplicativo FieldView™ Cab, como a distância entre o GPS e o eixo frontal da máquina, a medida entre o GPS e o centro da máquina e entre o solo e o GPS, também é uma tarefa importante para produtor.

Caso a distância entre o GPS e o eixo dianteiro não seja a correta, o mapa de produtividade poderá ser gerado com informações imprecisas, por exemplo. É igualmente importante verificar se a máquina e a cultura, como soja, milho e algodão, foram selecionadas corretamente para utilizar o dispositivo FieldView™ em mais de uma colheitadeira.

 

Imagem de satélite de sensores de máquina - Climate FieldViewImagem de satélite: área de produtividade e mapa de produtividade

 

Com o maquinário calibrado da forma correta, o produtor consegue, através do FieldView™, plataforma de agricultura digital da Bayer, correlacionar dados referentes ao início da colheita com a produtividade e a umidade do grão colhido. Com isso na palma da mão, é possível saber quais áreas precisam de correção e os motivos de uma menor produtividade em determinado espaço daquele talhão. Tudo em um só lugar para facilitar a vida do produtor.

 

VEJA MAIS: Agricultura 4.0

 

Quer ficar por dentro do que a agricultura digital pode fazer por você?

Nova call to action

Compartilhar:
Curtiu nosso conteúdo?
Deixe seu comentário abaixo.

ASSINE NOSSA
NEWSLETTER

Prometemos não utilizar suas informações para enviar qualquer tipo de SPAM.

SOMOS HISTÓRIAS DE
SUCESSO

Confira casos reais de lavoura que estão conquistando resultados extraordinários contadas por quem entende melhor do que ninguém: você.
Ver todas