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A produção brasileira de milho está estimada em 117,6 milhões de toneladas para a safra 2023/24, representando uma redução de 10,9% em relação ao ciclo anterior. Essa queda reflete alguns desafios enfrentados pelos produtores de milho nesta safra.
Eventos climáticos extremos, como chuvas intensas na Região Sul e baixa pluviosidade associada a altas temperaturas no Centro-Oeste, devem atrasar o plantio de safrinha 2024 e levar o produtor a reduzir a área destinada ao plantio de milho.
Em vez disso, o agricultor deve investir no cultivo de algodão, que deve apresentar uma margem operacional melhor. Nesse cenário, as exportações brasileiras de milho devem cair na safra 2023/24.
Para contornar os desafios esperados para este ciclo de cultivo, o produtor deve investir no planejamento da lavoura e usar tecnologias capazes de facilitar o monitoramento e melhorar a gestão da plantação, aumentando produtividade agrícola.
Boa leitura!
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Segundo o levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de milho está estimada em 117,6 milhões de toneladas para a safra 2023/24. Esse número ultrapassa 1/3 da produção brasileira de grãos esperada para o mesmo período.
Apesar disso, a expectativa é que o produtor de milho enfrente alguns desafios ao longo do próximo ciclo de cultivo, o que deve causar a redução do plantio de safrinha 2024.
Esses desafios vão exigir que o agricultor melhore o planejamento de cultivo e saiba utilizar as estratégias certas para otimizar a produção do milho safrinha neste ano.
Neste artigo, explicaremos quais são esses desafios, como eles devem impactar a safra de milho 2023/24 e quais práticas o produtor pode utilizar para garantir a produtividade do milho safrinha.
O plantio do milho safrinha se refere ao cultivo do milho de segunda safra. Para entender a importância desse plantio, é importante lembrar a dinâmica da produção desse grão no país.
No território brasileiro, é possível realizar a colheita de milho até três vezes por ano — fazendo do país o único entre os principais produtores, capaz de colher três safras e manter a produção de milho anualmente.
A primeira safra é considerada uma cultura de verão, enquanto a terceira é conhecida como safra de inverno. Já a segunda safra de milho, ou milho safrinha, ocorre entre essas duas.
Os produtores das regiões centro-oeste e sudeste iniciam geralmente o cultivo do milho de segunda safra entre janeiro e março. Assim, a colheita ocorre entre maio e setembro.
Os demais produtores do país normalmente contam com uma janela maior de plantio, que varia entre janeiro e julho. Nesse caso, a colheita ocorre entre os meses de maio e dezembro.
Embora não seja tão produtiva quanto a primeira, o cultivo desse milho safrinha tem ganhado espaço nas propriedades dos agricultores do país.
Isso porque os agricultores começaram a buscar inovações e tecnologias para superar os desafios relacionados ao seu plantio, realizado fora da época considerada ideal para o plantio.
Nesse período, as regiões produtoras estão mais suscetíveis a enfrentar problemas como déficit hídrico, temperaturas mais baixas, geadas e menor radiação solar.
Esses desafios foram superados graças a esse processo de modernização das práticas e tecnologias de manejo da lavoura. Por conta disso, a segunda safra conquistou os produtores de milho do país e se consolidou como uma das principais culturas de verão no Brasil.
Conforme explicado, a Conab estima que a produção brasileira de milho alcance 117,6 milhões de toneladas na safra de 2023/24.
Isso representa uma redução de 10,9% em relação ao ciclo anterior, queda que reflete uma série de fatores que podem afetar as operações agrícolas e os resultados do milho safrinha.
Entenda abaixo os desafios que explicam essas estimativas para a próxima safra.
Por conta dos efeitos do fenômeno El Niño, o Sul do país continua enfrentando precipitações elevadas, enquanto os produtores do Centro-Oeste precisam lidar com a baixa pluviosidade e altas temperaturas.
A chuva em excesso afeta o solo descoberto, causa erosões e até a lixiviação de nutrientes. Já as altas temperaturas podem afetar as condições do solo, prejudicando a germinação e emergência das plantas, causando falhas no estande.
Diante dessas informações, os produtores devem reduzir a área destinada ao cultivo de segunda safra, especialmente nas regiões onde há excessos de chuvas.
Além de afetar a produção da primeira safra de milho, as incertezas climáticas devem atrasar o plantio do milho safrinha em janeiro e fevereiro de 2024. Uma das consequências dessa mudança é o aumento da vulnerabilidade da lavoura a pressão de pragas e doenças.
Isso porque os produtores podem perder as janelas de plantio estipuladas para o cultivo do milho de segunda safra.
Esse cenário torna a lavoura mais suscetível a eventos climáticos, como a falta ou excesso de chuvas, criando as condições ideais para a ocorrência de insetos-pragas e microrganismos patogênicos.
De acordo com a Conab, a queda da estimativa de produção de milho é resultado da diminuição da área plantada desse grão. No Mato Grosso, por exemplo, a expectativa é que a área de plantio destinada a esse grão seja 10 a 15% menor em comparação ao último ciclo de cultivo.
Essa redução reflete tanto a preocupação com o cenário climático quanto a expectativa de margem de lucro mais favorável ao cultivo do algodão. Por conta disso, muitos produtores decidiram usar a área destinada ao plantio de milho para cultivar o algodão.
Enquanto o Brasil deve reduzir a área plantada de milho, os Estados Unidos devem investir mais na produção do milho do que na soja, aumentando o estoque norte-americano de grãos e a oferta de milho no mercado internacional.
A expectativa é que esse cenário provoque a redução do volume de exportações brasileiras de grãos em 2024.
Diante de tantos desafios esperados para o próximo ciclo de cultivo, o planejamento do plantio de safrinha 2024 deve ser o mais eficiente possível.
Afinal, ele orientará todas as operações agrícolas e deve ajudar o produtor a evitar ou reduzir os impactos de possíveis eventos climáticos na lavoura este ano.
Confira a seguir as melhores práticas para otimizar esse planejamento e torná-lo mais eficaz:
Com o apoio de ferramentas como o Climate FielViewTM, a plataforma digital da Bayer, o produtor de milho consegue colocar essas dicas em práticas com mais facilidade.
Isso porque a plataforma conta com vários recursos que coletam, integram e analisam diversos dados agronômicos.
Funcionalidades como radar meteorológico, produção de mapas, relatórios e o monitoramento de diversas métricas agrícolas, orientam o produtor a tomar decisões mais assertivas e precisas no manejo da lavoura.
Assim, é possível reduzir os riscos associados ao plantio do milho safrinha, diminuir os prejuízos e aumentar a produtividade.
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