Agricultura digital na cultura do algodão: tecnologias melhoram os resultados da cotonicultura brasileira

Por Equipe FieldView™ em 29/09/2022 20:49:20

Ferramentas digitais, como imagens de satélite, mapas de produtividade e softwares de gestão, permitem ao produtor tomar decisões mais assertivas na cotonicultura, aumentando a produtividade e a sustentabilidade do negócio

colheita algodão 3 (1)Colheita de algodão: a mecanização, a agricultura de precisão e as ferramentas digitais melhoraram os resultados da cotonicultura brasileira

 

O Brasil é uma potência agrícola na produção de algodão. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), hoje o país é o quinto maior produtor e o segundo maior exportador mundial da commodity.

Especialistas em cultura do algodão acreditam que, em dez anos, o Brasil se torne o maior exportador, passando dos atuais 2 milhões de toneladas exportadas para cerca de 4 milhões de toneladas.

Atualmente, a produção brasileira é menor apenas que da Índia, China, Estados Unidos e Paquistão. A maior parte do algodão produzido no país vem dos estados de Mato Grosso e Bahia, que foram responsáveis por 91% da produção nacional na safra 2021/22.

Nas últimas décadas a cultura se tornou uma das principais atividades agrícolas do país porque se profissionalizou, avançou em práticas sustentáveis e incorporou tecnologias de ponta.

Quer saber mais sobre a evolução da cultura no país? Fica com a gente neste artigo e descubra algumas ferramentas da agricultura digital que têm ajudado o cotonicultor brasileiro a ganhar em produtividade e rentabilidade.

 

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História da cultura do algodão no Brasil

O algodão é conhecido pela Humanidade há pelo menos 6 mil anos. Civilizações antigas, como os Incas, usavam essa fibra para a fabricação de tecidos.

Quando os portugueses chegaram no território brasileiro, os indígenas já dominavam o cultivo da planta. Com esse material, teciam e tingiam fios, que eram usados para fazer redes.

A produção de algodão tornou-se uma importante atividade comercial no Brasil-Colônia no Século XVIII nos estados do Nordeste. O país se posicionou como um grande produtor mundial, estimulado pela alta demanda da Inglaterra que passava pela Revolução Industrial.

Mas a cotonicultura brasileira enfrentou sérios problemas a partir do final dos anos de 1980. Dois motivos foram a abertura econômica e a infestação das lavouras com a praga do bicudo. Na década de 1990, por exemplo, o país deixou de ser exportador e se tornou importador da commodity.

Diante desse período desafiador, o setor se uniu. Todos os elos da cadeia buscaram se profissionalizar e incorporar tecnologias e práticas mais sustentáveis na cultura do algodão.

pulverização algodãoAplicação de defensivos no algodão

 

Cotonicultura brasileira deu um salto de produtividade e sustentabilidade

No campo, o algodão no Brasil passou por uma grande transformação:

  • A cultura ocupou novas áreas;
  • Surgiram novas variedades;
  • Foram desenvolvidas tecnologias para melhorar as características da fibra e reduzir as impurezas;
  • Houve a mecanização completa do cultivo (do plantio à colheita) e o aperfeiçoamento do manejo.

Além disso, as ferramentas da agricultura de precisão e da agricultura 4.0 se tornaram aliadas do cotonicultor do país, que viu a atividade dar um salto de competitividade, produtividade e sustentabilidade.

Hoje 75% da cotonicultura brasileira tem certificação de origem, o que abre portas para o produto nacional nos principais mercados. O certificado atesta que o cultivo do algodão é feito com responsabilidade socioambiental, e obedece padrões modernos de governança.

 

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Em 2012, a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) deu um importante passo para que essa transformação acontecesse no setor.

Lançou o programa Algodão Responsável Brasileiro, com o objetivo de trazer consciência à cadeia produtiva, atuando sobre três pilares: ambiental, social e econômico. Isso trouxe maior confiabilidade e credibilidade para a cotonicultura do país, atraindo investimentos.

Outra iniciativa da Associação que está em sintonia com a sustentabilidade é o projeto “Sou de Algodão”. Por este projeto, uma etiqueta com a tecnologia blockchain permite rastrear todo o ciclo de vida de cada peça de roupa: desde o plantio do algodão certificado, até o produto chegar nas lojas.

Ação semelhante é o uso do QRCode em cada peça, permitindo acompanhar, pela internet, o percurso da fibra e verificar as condições ambientais e sociais que cada fardo de algodão foi produzido. São as novas tecnologias contribuindo com o desenvolvimento do setor.

produtor observa desenvolvimento do algodão com tabletProdutor acompanha pelo tablet o desenvolvimento da lavoura

 

O algodão é uma das culturas que mais usam tecnologia no campo

Quer saber um dos propulsores da transformação do setor? Foi o grande desenvolvimento tecnológico que a cotonicultura brasileira deu nos últimos anos. O produtor de algodão passou a utilizar ferramentas como GPS, agricultura de precisão e softwares de gestão financeira.

De acordo a pesquisa Mercado de Agricultura de Precisão e Digital, feita em 2021 pela IHS Markit com o apoio da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão e Digital (AsBraAP), a taxa de adoção de agricultura de precisão (AP) é de 66% no algodão.

Além disso, grandes produtores da cultura estão entre os pioneiros da digitalização da agricultura brasileira.

O cotonicultor passou a usar ferramentas digitais, como sensores em plantadeiras e colheitadeiras, para mapear as operações e imagens de satélite para monitorar a lavoura.

Importante protago nista na adoção da agricultura digital na cultura do algodão no Brasil foi a Climate FieldViewTM – plataforma de agricultura digital da Bayer -, que implementou na cotonicultura brasileira, em 2018, diferentes ferramentas digitais, as quais apresentamos a seguir.

 

A digitalização chegou às fazendas de algodão do Brasil

Com o FieldViewTM, os produtores passaram a mapear digitalmente as diferentes operações agrícolas no campo, como plantio, pulverização e colheita.

Assim, tiveram condições de visualizar, comparar e analisar os dados das diferentes operações de modo mais simples, permitindo insights e decisões mais assertivas.

Outra ferramenta muito utilizada pelos cotonicultores é o Diagnóstico FieldView™, que possibilita acompanhar o desenvolvimento vegetativo dos talhões. Isso é possível por meio da análise de imagens de satélite das áreas da fazenda que são cadastradas.

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Diferentes funcionalidades da agricultura digital podem ser usadas pelo cotonicultor

Com a digitalização da cotonicultura brasileira, o agricultor passou a ter à disposição diferentes funcionalidades digitais, gerando inúmeros dados ao longo da safra que permitem tomar decisões mais assertivas.

O FieldView™, por exemplo, disponibiliza funcionalidades  ao produtor focadas em diferentes momentos da safra de algodão.

  • Plantio: durante a semeadura, o produtor pode mapear a operação. Assim, pode tem registradas informações como onde cada variedade foi plantada na fazenda; a data do plantio; a máquina que executou cada passada e a velocidade da operação.
  • Desenvolvimento vegetativo: a partir das imagens de satélite, é possível gerar mapas que permitem analisar o crescimento da lavoura em cada região da lavoura. Se o agricultor identificar nas imagens alguma região com problemas no desenvolvimento, pode enviar profissionais até o local para verificar o que está ocorrendo no estande.
  • Pulverização: as operações de aplicação de defensivos podem ser mapeadas. A plataforma permite, por exemplo, pulverizar apenas as regiões da lavoura com ocorrência de pragas ou doenças, por exemplo, conforme indicação das imagens de satélite.
  • Colheita: durante o processo de colheita, são geradas informações específicas da cultura do algodão, como fardo de sementes, quantidade de sementes que estão sendo produzidas, fardos de linho, fardos de fibra, além de registrar a data e velocidade que o equipamento executou a operação. Nos dados de colheita, a plataforma considera o “arroba” como unidade de medida. 

Além disso, a plataforma ajuda a monitorar se a umidade da colheita do algodão está dentro do patamar ideal (inferior a 12%). Se estiver acima, o produtor é avisado, podendo interromper a operação.

 Produtor usa tablet para registrar o desenvolvimento da planta de algodãoA agricultura digital ajuda o cotonicultor a acompanhar o desenvolvimento vegetativo da lavoura

 

A agricultura digital facilita a análise de produtividade da lavoura de algodão

Ao mapear a colheita, a plataforma FieldView™ gera diversos dados que permitem a Análise de Produtividade da operação.

Além disso, a plataforma possui funcionalidades que permitem ao agricultor gerar dados mais precisos durante a operação, o que facilita a análise de produtividade. Quer um bom exemplo?

Isso é possível graças a uma funcionalidade que permite ajustar, diretamente nas configurações da plataforma, diferente dados, como a variedade que foi plantada em determinado talhão e a data de colheita dessa mesma área.

Ao fazer esse ajuste, a plataforma mostra, com maior precisão, a quantidade de impurezas gerada na operação de colheita desse talhão.

É que o tipo de variedade que é plantado em uma área e a data em que essa lavoura é colhida podem influenciar no nível de impurezas obtido na operação. E essa correlação é levada em conta pela plataforma, ao traçar o Mapa de Produtividade da colheita desse talhão. 

Ou seja, como apenas o linho do algodão que entra na colheitadeira durante a operação deve ser computado na elaboração do Mapa de Produtividade, a plataforma precisa considerar dados reais sobre o referido talhão (como tipo de variedade e data de colheita) para calcular a porcentagem de impurezas e, assim, definir com exatidão a produtividade obtida na área.

Esses dados, portanto, podem ser ajustados no FieldView™ de acordo com a realidade de cada área. Posteriormente, o volume de produtividade e de impurezas é mensurado pela plataforma, sendo depois apresentado ao agricultor em "arroba" (unidade de medida).

 

FieldView para colheita de algodão

 

Produção brasileira de algodão

Graças ao surgimento de novas práticas agronômicas, à incorporação de diferentes tecnologias, como a agricultura digital, e ao desenvolvimento de novas soluções, é que a cotonicultura brasileira voltou a figurar entre as maiores do mundo.

Depois da jornada de superação ao longo dos últimos trinta anos, hoje o cotonicultor do Brasil não tem dúvidas: para ser competitivo e ter rentabilidade, precisa ser sustentável e investir em tecnologia com Climate FieldView™.

Não é por acaso que hoje o setor está entre as atividades agrícolas que mais exportam no país, gerando riqueza e renda em diferentes regiões do país.

 

Produção brasileira de algodão

2017/2018 - 2 milhões de toneladas

2018/2019 - 2,70 milhões de toneladas

2019/2020 - 3 milhões de toneladas

2020/2021 - 2,35 milhões de toneladas

2021/2022 - 2,71 milhões de toneladas

Fonte: Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)

 

Ranking das exportações de produtos agrícolas (2021)

1º - Soja – US$ 38,6 bilhões

2º - Café – US$ 5,8 bilhões

3º - Milho – US$ 4,2 bilhões

4º - Algodão – US$ 3,4 bilhões

5º - Trigo – US$ 1,6 bilhão

Fonte: ComexStat

 

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