Métodos de Monitoramento de Pragas no Milho para Máxima Produtividade

Por Clivonei Roberto em 23/08/2024 12:25:27

O monitoramento de pragas no milho utiliza tecnologias avançadas para identificar e controlar infestações, garantindo a saúde da lavoura e a eficiência produtiva. Ferramentas integradas facilitam a gestão de dados em tempo real, otimizando decisões agronômicas.

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O monitoramento de pragas no milho é uma prática que envolve a observação, o registro e a análise de insetos detectados na lavoura. Ele é considerado um dos pilares do Manejo Integrado de Pragas (MIP), abordagem que combina diferentes técnicas para controlar as populações de insetos-praga. 

Afinal, ao monitorar a lavoura, o produtor pode tomar decisões baseadas em dados. Isso possibilita a adoção de medidas de manejo mais eficientes, minimizando perdas e aumentando a produtividade. 

Além disso, essa prática promove a sustentabilidade agrícola por preservar os inimigos naturais dos insetos e reduzir o uso de defensivos. Para monitorar a lavoura, o produtor deve fazer a coleta e análise frequente de dados. 

O ideal é combinar ferramentas de monitoramento agrícola tradicionais, como análise do solo e armadilhas, com técnicas modernas, como tecnologias digitais para realizar esse processo.

Além dessas estratégias, o produtor também deve ficar atento a vários fatores durante a realização da prática, como pesquisar as pragas mais comuns na região e avaliar os danos causados pelos insetos.  

Boa leitura!

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O milho é uma cultura vulnerável ao ataque de pragas em todas as suas fases de desenvolvimento. Os danos causados por esses ataques representam uma ameaça à produtividade da lavoura.

Para reduzir a ocorrência de infestações e garantir a sustentabilidade da produção, o produtor precisa adotar estratégias de manejo eficiente. Uma das mais importantes é o monitoramento de pragas no milho

Neste artigo, explicaremos como ele funciona, qual a importância dessa prática e o que fazer para melhorar seus resultados.

O que é monitoramento de pragas no milho?

Foto Embrapa - lagarta-elasmo (1)

O monitoramento de pragas no milho é uma prática que envolve a observação e registro da presença, quantidade e comportamento de insetos que podem afetar a lavoura.

Principais características do monitoramento de pragas no milho

Monitorar a lavoura é uma prática que deve ser realizada de forma contínua. Para isso, o ideal é direcionar as técnicas de monitoramento para detectar os insetos mais frequentes na região da fazenda. 

O produtor também deve utilizar diferentes estratégias para coleta de amostras de insetos. A análise dessas informações permite a detecção de infestações e orienta a adoção de medidas de controle.

Leia também: Cigarrinha-do-milho: saiba como identificar o inseto e as doenças que transmite à cultura

Para que serve o monitoramento de pragas no milho?

Essa prática permite fazer a identificação precoce de infestações na lavoura. Os dados obtidos por meio desse processo orientam os produtores a adotarem técnicas de controle de pragas no milho mais eficientes e no momento certo. 

Além de aumentar a eficiência dessas estratégias, monitorar a lavoura contribui para a redução de danos, o aumento da produtividade e a melhora da qualidade do grão. A prática também diminui o uso de defensivos, evitando aplicações desnecessárias e contribuindo para a sustentabilidade da lavoura. 

Qual a importância do monitoramento de pragas no milho?

Raiado fino (1)

O milho é uma cultura vulnerável ao ataque de infestações em todas as suas fases de desenvolvimento. Caso as infestações não sejam controladas com eficiência, o produtor pode registrar perdas significativas na safra. 

Para se ter uma ideia desses prejuízos, um estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) mostrou que a falta de controle de lagartas Spodoptera, pragas comuns na cultura do milho, pode reduzir a produção nacional em até 40%. 

Isso demonstra a importância de adotar uma estratégia de manejo eficiente para evitar esses prejuízos. Essa estratégia é o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que busca selecionar e aplicar medidas de controle biológico, químico, cultural e genético de forma inteligente e sustentável. 

O monitoramento é considerado um dos pilares do MIP, já que fornece dados que orientam a adoção de medidas de controle associadas a essa abordagem. Portanto, monitorar a plantação é fundamental para garantir o sucesso do MIP.

Benefícios do monitoramento de pragas no milho

Monitorar a ocorrência de infestações na lavoura permite a detecção precoce de insetos. Essa informação orienta o produtor a adotar medidas de controle antes que suas populações causem danos significativos à cultura. 

Em outras palavras, essa prática permite que o agricultor tome decisões baseados em dados concretos sobre a presença e a densidade das populações. Isso permite que as medidas de controle sejam aplicadas inteligentemente e no momento certo. 

Por conta disso, o monitoramento estimula o uso mais racional de defensivos e reduz a necessidade de intervenções emergenciais. Esses resultados diminuem os custos da produção e aumentam a sustentabilidade da fazenda.

Como funciona o monitoramento de pragas no milho?

O monitoramento é realizado por meio de uma combinação de estratégias que incluem métodos tradicionais e tecnologias agrícolas modernas. A abordagem tradicional envolve a realização de análise do solo, exame de plântulas e plantas desenvolvidas em busca de sinais de infestações. 

Além disso, ela também exige a realização de amostragem visual, processo em que envolve a coleta de insetos com o auxílio de ferramentas como pano de batida, armadilhas adesivas e armadilhas com feromônios. 

Os resultados dessa prática podem ser melhorados com o apoio de ferramentas da agricultura digital e agricultura de precisão

Tecnologias como sistemas de informação geográfica (SIG), sensores e sensoriamento remoto, que utilizam drones e imagens de satélite, permitem a coleta de um grande volume de dados sobre a lavoura. 

Esses dados podem ser integrados com a ajuda de um software de gestão agrícola, instrumento capaz de gerar mapas e imagens NDVI que mostram alterações na vegetação, indicando possíveis infestações. 

Com o apoio dessas informações, os produtores conseguem direcionar as medidas de controle para os locais exatos da infestação, aumentando sua eficiência.

Níveis de danos no monitoramento de pragas no milho

Os níveis de danos são parâmetros utilizados no contexto do MIP para determinar quando e como intervir para controlar as populações de insetos. 

Eles são baseados na relação entre a densidade populacional da praga e os danos econômicos que ela pode causar à cultura. Ao todo, o produtor precisa conhecer três níveis de danos:

O primeiro deles é o Nível de Dano Econômico (NDE). Quando esse nível é atingido, a produção já apresenta danos irreversíveis, mas o produtor ainda pode utilizar técnicas de controle para evitar prejuízos maiores.

Outro parâmetro importante é o Nível de Controle (NC). Ele indica que está na hora de adotar medidas de controle para evitar que o NDE seja atingido.

Por fim, existe o chamado Nível de Equilíbrio (NE). Nesse nível, apesar da presença da praga, ela não representa uma ameaça significativa à produtividade da cultura. Portanto, o produtor não precisa adotar qualquer medida de manejo.

O que observar ao realizar o monitoramento de pragas no milho?

Durante o monitoramento, o produtor deve ficar atento a alguns fatores que orientarão sua estratégia de manejo. Conheça esses fatores a seguir:

Pesquisa sobre as pragas locais

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O produtor precisa conhecer as características dos insetos que estão sendo monitorados na sua fazenda. Afinal, essas informações facilitam sua identificação e a definição das estratégias de controle mais adequadas. 

Por isso, antes de iniciar o monitoramento, ele deve pesquisar quais são as espécies mais comuns na região e quais delas já foram identificadas na propriedade. 

Reconhecimento dos inimigos naturais

Após identificar os insetos mais frequentes na fazenda, é importante pesquisar quais os seus inimigos naturais. Essas informações devem orientar a adoção de medidas de controle biológico de pragas no milho, como a aplicação de bioinseticidas e a introdução de predadores naturais na lavoura. 

Avaliação dos danos

Após detectar uma infestação na lavoura, é fundamental avaliar os danos que elas causaram as plantas, como folhas perfuradas e má formação de grãos nas espigas. Essa avaliação permite estimar se a infestação está próxima ou ultrapassou o NDE. 

Monitoramento contínuo
Por fim, a prática deve ser adotada em todas as fases do desenvolvimento do milho. Isso é essencial para identificar os insetos que atacam cada estádio e acompanhar as flutuações populacionais, garantindo uma resposta rápida e eficaz às infestações.

Com o apoio da Climate FieldView™, plataforma de agricultura digital da Bayer, fazer tudo isso é muito mais fácil! Essa plataforma utiliza tecnologias como inteligência artificial e ciência de dados para integrar e analisar dados agronômicos em tempo real. 

Ela também oferece ferramentas como o  Diagnóstico FieldView™, capaz de gerar mapas de monitoramento e de vegetação atualizados. Assim, fica mais fácil identificar áreas infestadas e eliminar as pragas da lavoura antes que elas comprometam sua produtividade.  

Veja como a Climate FieldView te ajuda a transformar sua produção!

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