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O mapeamento de solo é o processo de criação de representações cartográficas das características do solo de uma área. Esse processo pode ser realizado com diferentes finalidades, incluindo ajudar o produtor rural a fazer um planejamento da lavoura mais eficiente e melhorar o manejo do solo.
Afinal, os mapas produzidos a partir desse processo, especialmente do Mapeamento Digital do Solo (MDS), fornecem informações detalhadas sobre as propriedades do solo.
Esses dados orientam o produtor a definir o que plantar, onde, quando e como plantar. Assim, ele consegue otimizar o manejo da lavoura, aumentar a produtividade e tornar a atividade agrícola mais sustentável.
Para criar esses mapas, o produtor precisa investir em análise de solo, tecnologias da agricultura de precisão e ferramentas de agricultura inteligente.
Boa leitura!
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O solo é um dos recursos mais importantes para a atividade agrícola. Afinal, a estrutura, composição, umidade e fertilidade dele, entre outros parâmetros, influenciam no crescimento saudável das plantas e da lavoura.
Caso o produtor não conheça as características da área de plantio da fazenda, poderá tomar decisões erradas e registrar prejuízos no fim da colheita. Afinal, é impossível alcançar a máxima produtividade da cultura em um solo inadequado e que não foi corrigido corretamente.
Graças ao desenvolvimento de tecnologias agrícolas, essas características podem ser mapeadas com antecedência. Assim, o produtor pode adotar as medidas necessárias para corrigir o solo e melhorar o planejamento da lavoura.
Para obter essas informações, ele precisa investir em um processo conhecido como mapeamento de solo.
Neste artigo, explicaremos o que é, como funciona, quais os benefícios e quais tecnologias podem ser utilizadas para aplicar esse mapeamento na agricultura.
O mapeamento de solo é o processo de criação de representações cartográficas das características do solo em uma determinada área geográfica.
O resultado dele são mapas com informações detalhadas sobre a distribuição espacial dessa área e suas propriedades do solo, como textura, profundidade, pH, fertilidade e drenagem.
Tradicionalmente, os mapas de solos são produzidos manualmente, com base nas observações de pedólogos em campo e na interpretação de dados coletados em diferentes locais.
No entanto, um documento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), indica que essa abordagem tradicional apresenta algumas limitações.
Elas incluem a demora no processo de levantamento de dados, a resolução espacial limitada e linguagem técnica complexa. Além disso, nem sempre os mapas convencionais apresentam as informações que a pessoa interessada no mapeamento precisa.
Por isso, o chamado Mapeamento Digital do Solo (MDS) tem substituído o processo convencional de criação de mapas de solo.
Criado graças ao avanço das tecnologias de informação, o processo de MDS envolve a realização de amostragem do solo e o uso de modelagem estatística da paisagem combinados com diferentes ferramentas computacionais.
Essas ferramentas incluem sensoriamento remoto, Sistemas de Informação Geográfica (SIG), entre outras tecnologias.
Embora esse processo seja mais complexo, ele é mais rápido e eficiente em comparação ao mapeamento convencional. Além disso, o MDS permite a criação de mapas mais detalhados e em alta resolução, facilitando sua análise e interpretação.
O mapeamento do solo pode ser realizado com várias finalidades. Uma das mais comuns é fornecer informações úteis para auxiliar no processo de planejamento urbano e gestão de território.
Isso porque os dados obtidos por meio desse mapeamento permitem a identificação de áreas com potencial de expansão urbana, zonas de risco e necessidade de implantação de infraestruturas específicas, por exemplo.
Esses mapas também contêm informações que ajudam a compreender o uso e a cobertura do solo. Além de facilitar a detecção de problemas ambientais e urbanos, essas informações ajudam a identificar áreas de conservação, zonas de recarga de aquíferos e até terrenos propícios à atividade agrícola.
Por conta dessas aplicações, o mapeamento permite o planejamento eficiente e racional do uso do solo e orienta a adaptação do terreno a cenários futuros e finalidades variadas. E isso é essencial para evitar problemas ambientais, sociais e econômicos ligados ao uso indevido do terreno.
O processo de mapeamento do solo começa com a coleta de dados sobre as características do solo em diferentes pontos da área de interesse.
Normalmente, isso envolve a utilização de técnicas de amostragem do solo, bem como a realização de análises laboratoriais para determinar propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Ou seja, o mapeamento exige o investimento em análise do solo.
No caso do MDS, esse processo também envolve a utilização de tecnologias da informação, como imagens de satélite de alta resolução e sensoriamento remoto.
Os dados coletados por esses instrumentos são analisados estatisticamente e utilizados em modelos matemáticos. Essas etapas são realizadas com o apoio de um software capaz de integrar e processar essas informações.
Dessa forma, o programa consegue inferir as características e variações do solo em toda a área de interesse do usuário. Isso significa que o software cria modelos de interpolação espacial para prever as propriedades do solo em locais não amostrados com base nos dados disponíveis.
Em seguida, os dados e resultados da análise são integrados em sistemas de informação geográfica (SIG), que permitem a visualização, análise e interpretação dos mapas de solos.
Somente depois desse processo, o software gera mapas digitais do solo que representam as características da área estudada e fornecem informações importantes sobre a distribuição espacial das propriedades do terreno.
Os mapas de solo são aliados importantes do produtor rural. Isso porque o mapeamento ajuda o agricultor identificar as limitações e potencialidades da área de plantio. Essas informações orientam o produtor a definir quais as melhores práticas de manejo para o solo.
Isso pode incluir medidas de manejo mais sustentáveis e eficientes, como a aplicação precisa de fertilizantes e medidas de conservação do solo para prevenir a erosão e a degradação.
O conhecimento das características do solo associado a informações do zoneamento agrícola e do radar meteorológico também ajuda o agricultor a selecionar as culturas mais adequadas para cada área da fazenda.
Além de criar as condições necessárias para o desenvolvimento da lavoura, essa decisão orienta o manejo de fertilidade do solo e garante um uso mais eficiente dos recursos agrícolas.
Em outras palavras, o mapeamento ajuda o produtor a definir o que plantar, onde, quando e como plantar. Isso permite o uso inteligente dos recursos disponíveis, a redução do desperdício de insumos e a adoção de práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis.
Como resultado, o uso de mapas de solo pode ajudar o produtor a tomar decisões mais assertivas, melhorar a produtividade da fazenda e diminuir sua pegada de carbono.
O processo de mapeamento digital do solo para fins agrícolas envolve o uso das chamadas tecnologias da agricultura de precisão. Essas tecnologias incluem imagens de satélite, sensoriamento remoto, SIGs, drones e sensores.
O ideal é que o uso desses recursos seja combinado com ferramentas da agricultura inteligente, como Big Data e a plataforma de agricultura digital. Esse tipo de plataforma é essencial para integrar dados e criar mapas mais detalhados e completos.
Com o Climate FieldView™, por exemplo, o produtor pode integrar e analisar um grande volume de dados coletados de diferentes fontes. O mesmo recurso pode gerar diferentes mapas agrícolas de forma automática.
O produtor ainda pode usar o Diagnóstico FieldView™ para fazer o monitoramento da lavoura em tempo real e utilizar a ferramenta Análise de Produtividade para a avaliar os resultados da última safra e planejar a próxima.
Ou seja, o FieldView™ fornece os recursos necessários para auxiliar o produtor em todas as etapas da lavoura, desde o mapeamento do solo até o monitoramento da colheita. Assim, tomar a decisão certa e maximizar os resultados da safra fica mais fácil.
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