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Os nematoides são vermes microscópicos que vivem no solo e atacam principalmente as raízes das plantas, causando diversos problemas associados ao déficit nutricional.
Nas culturas de soja e milho, esses parasitas podem ser responsáveis por sintomas como crescimento reduzido, folhas com clorose e/ou necrose, abortamento de grãos, entre outros.
Para evitar esses problemas, é fundamental investir em estratégias de manejo de nematoides nas lavouras de soja e milho, especialmente nas técnicas associadas ao Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Combinando práticas como controle biológico, químico e cultural, com ferramentas da agricultura digital, é possível reduzir as populações de nematoides e melhorar a produtividade da lavoura de soja e milho.
Boa leitura!
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O investimento em pesquisa, tecnologia e técnicas avançadas de manejo permitiram que a agricultura brasileira se tornasse referência mundial no cultivo de soja e milho.
Para alcançar e manter essa posição, além de se preocupar com todas as operações agrícolas necessárias para o desenvolvimento da lavoura, o produtor também precisa investir no controle de pragas que atacam as culturas de soja e milho.
Uma dessas pragas é o nematoide, verme microscópico de difícil controle e com potencial para provocar prejuízos significativos à lavoura.
Para se ter uma ideia, segundo um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), estima-se que os nematoides causam prejuízos anuais de aproximadamente R$ 35 bilhões para o setor agrícola do país.
Diante dos riscos produtivos e financeiros causados por essa praga, o produtor que deseja maximizar seus ganhos com as safras de soja e de milho precisa se preparar para controlar e prevenir infestações de nematoides na lavoura.
Por isso, neste artigo, explicaremos quais são as principais estratégias de manejo de nematoides na cultura de soja e milho, para auxiliar os produtores a prevenir e solucionar esse problema.
Os nematoides são vermes microscópicos transparentes, de formato cilíndrico e alongado, que podem ser encontrados em vários habitats, como solo, água, plantas e animais.
Embora existam espécies de nematoides que são importantes para a saúde dos ecossistemas, muitos desses vermes também atuam como parasitas dos seres humanos, dos animais e até das plantas, prejudicando seu desenvolvimento.
No caso das plantas, os nematoides também são conhecidos de fitonematoides, termo que faz referência às espécies de vermes que atacam organismos vegetais.
Em geral, esses fitonematoides são classificados como endoparasitas, já que passam a maior parte do seu ciclo de vida dentro da planta.
Ao longo do seu desenvolvimento, esses organismos se alimentam da planta parasitada, podendo gerar diversos danos. Os sintomas do ataque de nematoides variam de acordo com a espécie do verme e da planta parasitada.
Em geral, eles atacam e se alimentam das raízes, facilitam a contaminação da planta por fungos e bactérias e ainda agem como vetores de viroses.
Por esse motivo, os fitonematoides que atacam plantas cultivadas, como soja, milho, algodão, entre outras culturas de importância econômica, colocam em risco o desenvolvimento da lavoura.
Como resultado, o ataque desses organismos pode gerar perdas significativas e prejuízos financeiros para os agricultores.
Para evitar esses problemas, a solução é investir em estratégias eficientes de manejo de nematoides para impedir que a população desses parasitas aumente e se espalhe nas lavouras.
As culturas de soja e milho são as mais importantes para o setor agrícola brasileiro. Para alcançar seus números impressionantes de produção, os agricultores precisam enfrentar vários desafios. Entre eles, destaca- se o manejo de nematoides nas lavouras de soja e milho.
Afinal, as duas culturas podem ser atacadas por várias espécies de fitonematoides.
No caso da soja, os parasitas mais comuns incluem o nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines), os nematoides das galhas (Meloidogyne spp.), o nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus spp.) e o nematoide reniforme (Rotylenchulus reniformis).
Todos eles podem provocar problemas nutricionais no desenvolvimento da oleaginosa. Como resultado, o aumento populacional dos parasitas pode comprometer o crescimento, a reprodução e o enchimento de grãos da lavoura.
De acordo com dados da SBN, os prejuízos causados por ataques de nematoides na cultura da soja são estimados em R$16,2 bilhões, reforçando a necessidade de investimento em técnicas de manejo desse parasita.
Na lavoura de milho, o cenário não é muito diferente. O desenvolvimento da planta também pode ser comprometido em função do ataque de nematoides, especialmente de espécies como o nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus spp.) e o nematoide reniforme (R. reniformis), que são os mais comuns.
Essas espécies podem provocar problemas semelhantes aos parasitas da soja, prejudicando o crescimento e o rendimento da cultura de milho.
Para se ter uma ideia do tamanho desse problema, um estudo realizado pela SBN estima que os prejuízos causados por ataques de nematoides à lavoura de milho devem alcançar cerca de R$ 110 bilhões até 2031.
Esse dado reforça a necessidade de os agricultores adotarem técnicas e estratégias de manejo de nematoides eficazes na cultura do milho.
Os sintomas causados por infestações de nematoides variam de acordo com a espécie do parasita, cultura atacada, características do solo e até condições climáticas.
Apesar disso, é possível listar alguns problemas comuns causados por essas infestações nas lavouras de soja e milho.
Confira quais são os principais sintomas, de acordo com a cultura, a seguir:
Vale lembrar que esses sintomas são semelhantes a problemas causados por outras pragas e doenças que atacam as culturas da soja e do milho. Por isso, é fundamental identificar corretamente qual a fonte causadora do sintoma antes de adotar uma estratégia de controle mais incisiva.
A melhor forma de fazer o manejo de nematoides nas culturas de soja e milho é adotar as práticas do sistema de Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Afinal, como essas pragas passam boa parte do seu ciclo de vida no solo, as medidas de controle tradicionais, como aplicação de defensivos químicos, não são suficientes para eliminar o problema.
Por isso, em vez de adotar uma medida isolada, o ideal é unir diferentes estratégias de manejo integrado para obter resultados mais eficientes.
Confira abaixo 5 estratégias que devem ser combinadas para facilitar o controle de nematoides nas lavouras de soja e milho:
Como os sintomas associados a infestações de nematoides podem ser confundidos com aqueles causados por outras pragas e doenças, é fundamental identificar corretamente a fonte do problema.
Para isso, o agricultor deve investir na análise do solo, incluindo o envio de amostras para laboratórios especializados, a fim de fazer uma avaliação nematológica da área de plantio.
A partir dos resultados dessa avaliação, é possível traçar estratégias de controle específicas para a espécie de nematoide identificada na lavoura.
O controle biológico de nematoides consiste na aplicação de bionematicidas ou nematicidas microbiológicos compostos por fungos ou bactérias.
Esses microrganismos atuam no ciclo de vida do parasita, podendo interferir na sua reprodução, no processo de penetração da planta hospedeira e até ocasionar a morte do nematoide.
Vale lembrar que existem vários defensivos biológicos que podem ser utilizados para controlar infestações de nematoides na soja e no milho.
Defensivos compostos pelos fungos Paecilomyces lilacinus ou Pochonia chlamydosporia, bem como a Bacillus amyloliquefaciens, entre outras espécies de Bacillus sp. são consideradas eficientes no manejo desse parasita.
O controle químico de nematoides é realizado com a aplicação de nematicidas, que são os defensivos específicos para o controle de parasita. Como as populações de nematoides tendem a permanecer no solo, a aplicação desse produto deve ser feita em sulco ou pulverização terrestre.
No entanto, o solo atua como uma barreira que dificulta o contato do defensivo com o parasita. Por isso, o controle químico não é considerado uma estratégia de manejo eficiente quando aplicada sozinha. O ideal é que ela seja combinada com outras técnicas de manejo, como o controle biológico.
Vale lembrar que apesar do controle químico no solo não ser muito eficiente, investir no tratamento de sementes com nematicidas é uma forma eficaz de melhorar o controle cultural dos fitonematoides.
O controle cultural exige a aplicação de técnicas preventivas de manejo dos nematoides, potencializando os resultados do MIP. Para aproveitar seus benefícios, o produtor deve:
O controle genético da soja e do milho consiste no plantio de variedades resistentes ao ataque de nematoides.
Isso porque o uso dessas variedades ajuda a reduzir a população dos parasitas no solo. Para obter resultados satisfatórios com essa medida, o ideal é escolher genótipos tolerantes aos nematoides mais comuns na região de plantio.
Por isso, é importante conhecer o histórico da fazenda para identificar quais as pragas de soja e milho mais frequentes no local. Essas informações podem orientar o produtor a escolher a variedade correta para a fazenda.
A prevenção de infestações de nematoides nas lavouras de soja e milho também envolve boas práticas agrícolas relacionadas ao MIP.
Além das estratégias citadas anteriormente, o ideal é que o produtor invista nas seguintes medidas para evitar a infestação desse parasita na lavoura:
As ferramentas da agricultura digital, como softwares de gestão agrícola, drones, sensores, entre outros recursos, são aliados do produtor em todas as etapas da lavoura, inclusive no combate a pragas como os nematoides.
Graças a essas ferramentas, o produtor coleta dados robustos e precisos da lavoura de soja e milho, gera mapas agrícolas detalhados e relatórios que o orientam a tomar decisões mais assertivas sobre a plantação.
Assim, é possível fazer o manejo de nematoides na soja e milho de forma mais eficiente, considerando informações precisas e em tempo real sobre a lavoura. Na prática, tudo isso ajuda o produtor reduzir os gastos com defensivos agrícolas e aumentar a rentabilidade da lavoura.
Foi o que aconteceu com Cristian Braun, produtor do Mato Grosso. Ele utilizou as ferramentas digitais para reduzir os prejuízos causados pelos nematoides e aumentar sua produção de soja para 90 sacas por hectare.
Para atingir esses resultados, o produtor contou com o apoio do Climate FieldView™, plataforma de agricultura digital da Bayer.
Com o auxílio desse software, Cristian utilizou o Diagnóstico FieldView™ para consultar mapas e imagens da lavoura. Assim, ele conseguiu identificar as áreas da plantação com problemas de desenvolvimento, que indicam a presença de nematoides na raiz.
Isso mostra que investir em soluções do software agrícola, como o Climate FieldView™, facilita a identificação de nematoides na lavoura com antecedência e a definição de estratégias de manejo mais assertivas.
Melhore o manejo de nematoides da sua lavoura com o Climate FieldView™!