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O georreferenciamento é uma técnica que permite a localização de objetos, áreas ou fenômenos na superfície terrestre. Ela pode ser utilizada com diferentes finalidades, inclusive na agricultura.
Além de ser indispensável para a regularização de imóveis rurais, essa técnica também permite que o produtor gere mapas precisos que auxiliam no manejo e planejamento eficiente da lavoura, na gestão de recursos naturais, entre outras atividades.
Para executar essas tarefas, o produtor precisa do apoio de algumas ferramentas de geoprocessamento, que incluem tecnologias da agricultura de precisão.
Elas são fundamentais para viabilizar o processo de coleta, processamento e conversão dos dados georreferenciados em mapas ou sistemas de coordenadas.
Dependendo do objetivo do produtor, é importante contar com o apoio de um engenheiro agrônomo ou outro especialista em georreferenciamento, e de um software agrícola para otimizar esse processo e obter bons resultados.
Boa leitura!
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O georreferenciamento é uma técnica essencial para a execução de várias atividades em diversos setores, inclusive na agricultura.
Além de ser um procedimento básico para a regularização de imóveis rurais, essa técnica também pode ser aplicada com outras finalidades na fazenda.
Neste artigo, explicaremos quais as aplicações do georreferenciamento na agricultura e como o produtor pode utilizar essa técnica para melhorar a gestão e a produtividade agrícola.
O georreferenciamento é uma técnica que permite a localização de objetos, áreas ou fenômenos na superfície terrestre.
Para isso, essa técnica exige o uso de ferramentas capazes de coletar as informações geográficas precisas, como as coordenadas de latitude, longitude e altitude, associadas a um objeto ou um ponto específico.
Na prática, esses dados permitem não só a localização exata de um objeto, mas também a delimitação de áreas, o monitoramento de objetos e a organização do espaço geográfico.
Essa técnica pode ser utilizada com diferentes propósitos. Na mineração, por exemplo, ela pode ser utilizada para identificar a localização exatas de jazidas e auxiliar no processo de planejamento de extração de minérios.
Essa técnica também é bastante usada durante o processo de planejamento urbano, uma vez que facilita a legalização de construções, o planejamento de novas infraestruturas, o mapeamento de áreas de risco, entre outras atividades.
Na agricultura, essa técnica também é utilizada com diferentes finalidades. O georreferenciamento de imóveis rurais, por exemplo, é um procedimento exigido por lei (Lei 10.267/2001) para padronizar os cadastros e a identificação das propriedades rurais brasileiras.
Sem o apoio dessa técnica, o produtor rural não poderá emitir a Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) e poderá enfrentar uma longa burocracia para lidar com outros processos relacionados a sua propriedade.
Além disso, a técnica permite o mapeamento de cada parte da fazenda, desde os limites do terreno até as diferentes áreas de cultivo, instalações e recursos naturais.
Essas informações podem utilizadas em diferentes atividades agrícolas, contribuindo para a melhora do planejamento, monitoramento e gestão da lavoura e da fazenda.
Leia também: O que é mapeamento de solo e quais os benefícios para a agricultura
Essa técnica deve ser aplicada em pelo menos três etapas, independentemente da atividade em que for utilizada. Em outras palavras, aplicação dessa técnica na agricultura segue a mesma lógica de quando é utilizada para outras finalidades.
A primeira desse processo consiste na coleta de dados geoespaciais a partir de ferramentas específicas. Esses recursos incluem tecnologias como Sistema de Posicionamento Global (GPS) e Sensoriamento Remoto (SR).
A segunda etapa do georreferenciamento consiste no processamento dos dados coletados a partir dessas ferramentas. Para isso, os dados devem ser enviados para um Sistema de Informação Geográfica (SIG), onde são processados e organizados em camadas de informações geográficas.
A terceira e última etapa desse processo é a conversão desses dados processados em mapas ou sistema de coordenadas. Esse processo é chamado de geoprocessamento, que integra tecnologias capazes de fornecer informações espaciais da propriedade.
Dessa forma, o produtor obtém informações como limites da propriedade, registro fotográfico tridimensional da propriedade, dados sobre a área de Reserva Legal (RL), entre outros dados.
Além de contribuir para regularização do imóvel rural, a técnica pode ser utilizada em conjunto com diferentes tecnologias de agricultura de precisão.
Isso permite a coleta de informações precisas e decisivas para orientar a execução eficiente de várias atividades agrícolas estratégicas.
Por isso, o uso do georreferenciamento na agricultura está associado as seguintes vantagens:
Os dados georreferenciados podem ser integrados as imagens de satélite, permitindo a criação de diversos mapas agrícolas, como mapas de fertilidade, de colheita e de produtividade.
Esses recursos podem revelar informações detalhadas sobre cada talhão da lavoura e cada parte da fazenda. E esses dados podem orientar decisões estratégicas que impactam toda a gestão e produtividade da propriedade rural.
A análise geoespacial detalhada da propriedade rural permite a diferenciação de áreas da fazenda com base em características como tipo de solo, topografia, vegetação nativa, histórico de cultivo, entre outros.
Assim, fica mais fácil identificar quais áreas da propriedade exigem um manejo personalizado. Esse manejo pode envolver práticas como a pulverização de insumos agrícolas em dosagens e momentos adequados para cada área da lavoura, por exemplo.
Dessa forma, é possível otimizar o uso de insumos como fertilizantes e pesticidas, aumentando a precisão e a eficiência da aplicação desses produtos e reduzindo gastos.
Em outras palavras, o georreferenciamento permite que o produtor faça o manejo e o planejamento estratégico da propriedade, contribuindo para a eficiência das operações e para o aumento da produtividade.
Os dados georreferenciados permitem a geração de mapas agrícolas que fornecem informações importantes sobre a lavoura. Essas informações incluem sinais de infestações de pragas e doenças que podem devastar a lavoura, bem como a presença de plantas daninhas.
Portanto, esses dados viabilizam o monitoramento agrícola e ajudam o produtor a identificar quando e quais as melhores estratégias de manejo para evitar que esses problemas cresçam e prejudiquem a produtividade da safra.
O georreferenciamento ainda facilita o monitoramento das vias de acesso à propriedade rural e da frota de veículos da fazenda. Com base nesses dados, é possível tornar o planejamento das rotas de transporte mais eficientes para o escoamento da safra.
Tudo isso melhora a estrutura logística das entregas, reduz os custos de transporte e o tempo de deslocamento, e ainda contribui para a manutenção da qualidade pós-colheita dos produtos agrícolas.
Permite a identificação de diversas áreas da fazenda, inclusive as áreas de preservação permanente (APPs), reservas legais, nascentes de rios, entre outras áreas ambientalmente importantes.
Essa identificação é fundamental tanto para fins legais, de regularização do imóvel rural, quanto para ajudar o produtor a definir as melhores estratégias de proteção e manejo dessas áreas.
O produtor pode utilizar os dados georreferenciados para identificar áreas com maior risco de erosão e implementar medidas que contribuam para a conservação do solo.
Essa é uma técnica que deve ser aplicada para o produtor conseguir regularizar seu imóvel rural.
Afinal, os dados georreferenciados são essenciais para a descrição imobiliária, do registro da fazenda e para a elaboração da documentação técnica que deve ser registrada no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Os dados também são essenciais para a emissão do CCIR. Sem esses documentos, o produtor não consegue solicitar acesso ao crédito rural e outros tipos de financiamento.
A implementação na agricultura começa com a aquisição das ferramentas e tecnologias necessárias para coletar e processar dados.
Dependendo da forma como o produtor pretende aplicar os dados georreferenciados, ele pode investir em recursos como GPS, drones, softwares SIG, entre outros instrumentos.
O próximo passo é planejar como o georreferenciamento será realizado. Para isso, pode ser necessário definir os pontos e a frequência de coleta de dados georreferenciados, por exemplo. Também é importante definir como esses dados serão armazenados e utilizados na fazenda.
Somente após definir tudo isso, a coleta, análise e a aplicação dos dados georreferenciados podem ser feitas.
Vale lembrar que é importante contar com o apoio de profissionais, como o engenheiro agrônomo e especialistas em geoprocessamento, ao longo desse processo, especialmente para realizar o processo regularização do imóvel rural.
Além disso, é importante utilizar um software agrícola, como a Climate FieldViewTM, da Bayer, para integrar os dados georreferenciados com outras informações agrícolas relevantes.
Com o apoio dessa plataforma, o produtor pode gerar mapas agrícolas e relatórios detalhados, recursos que vão ajudá-lo a tomar decisões mais assertivas e melhorar o manejo e a produtividade da lavoura.
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