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Milho safrinha: 7 dicas para garantir uma safra de sucesso

Escrito por Clivonei Roberto | 16/12/2024 18:25:19

O milho safrinha é uma das culturas de segunda safra mais importantes do país, permitindo que o produtor aumente seus lucros — desde que adote as práticas certas de manejo.

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O milho safrinha é o cultivo realizado na segunda safra, geralmente entre os meses de janeiro e abril, logo após a colheita da safra principal. Para garantir uma colheita bem-sucedida e maximizar os ganhos com a produção, o agricultor precisa adotar práticas de manejo adequadas para essa cultura.

Essas práticas incluem o preparo adequado do solo, a escolha das variedades certas, o controle de pragas e doenças, cuidados com o armazenamento dos grãos, entre outras medidas,

Quando combinadas com tecnologias agrícolas avançadas, essas estratégias permitem ao produtor melhorar a gestão da lavoura e assegurar uma safra mais produtiva e rentável.

Boa leitura!

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O milho safrinha se refere ao cultivo realizado durante a segunda safra de milho. Geralmente, ela ocorre entre os meses de janeiro e abril, logo após a colheita da safra de verão, chamada de primeira safra. 

Esse plantio aproveita a janela climática disponível após o cultivo de culturas como a soja, predominante na primeira safra. Essa característica faz do Brasil um dos poucos países no mundo com capacidade de colher até três safras de milho por ano.

Para aproveitar os ganhos dessa cultura e aumentar sua produtividade, o produtor precisa aprender como cultivar o milho safrinha e garantir uma lavoura produtiva. Por isso, neste artigo, explicaremos as melhores dicas para atingir esse objetivo.

7 dicas de uma safra de sucesso 

Para garantir uma colheita bem-sucedida e aumentar os ganhos com a produção do milho safrinha, o produtor precisa investir nas estratégias certas. Confira a seguir 7 dicas de manejo para garantir o sucesso da lavoura.

1. Invista no preparo do solo


O preparo do solo é um dos pilares da produtividade agrícola, e isso não é diferente no cultivo do milho de segunda safra. O primeiro passo para fazer um bom preparo é investir na análise do solo da área de cultivo.

Essa prática permite identificar a fertilidade do solo e detectar necessidades específicas de correção e enriquecimento. Com base nos resultados, é possível definir as melhores estratégias para melhorar a qualidade do solo

Entre as ações recomendadas estão a aplicação de corretivos e a utilização de adubos orgânicos e fertilizantes químicos. Adotar o sistema de rotação de culturas também é uma estratégia importante de conservação e manejo do solo, que ajuda a preparar o terreno para o cultivo do milho de segunda safra.

2. Escolha as variedades certas

Não existe diferença entre os cultivares usados na safra de verão e na safrinha. Apesar disso, o produtor ainda precisa avaliar alguns fatores antes de escolher qual variedade do milho cultivar. Um dos mais importantes é o ciclo da planta, que precisa ser compatível com as condições climáticas do local de cultivo.

Em regiões sujeitas a geadas no final do ciclo, por exemplo, o ideal é optar por híbridos superprecoces, que apresentam um ciclo mais curto e reduzem o tempo das plantas no campo. 

Em outras áreas, o produtor pode investir em híbridos precoces ou normais, que oferecem maior tolerância à seca e às baixas temperaturas. 

Outra dica importante é priorizar híbridos que ofereçam resistência genética às principais pragas e doenças da região, boa estabilidade produtiva, tolerância ao acamamento e sincronismo no florescimento masculino e feminino. 

Essas características garantem o desenvolvimento de plantas mais saudáveis, robustas e produtivas.

Leia também: Guia do Milho: Como a tecnologia e pesquisas levaram o Brasil a ser um dos maiores produtores do mundo

3. Invista no manejo hídrico da lavoura

As necessidades hídricas do milho variam ao longo do seu ciclo de vida, sendo mais intensas nos períodos entre a pré-florada, pendoamento e maturação dos grãos da espiga. 

Além disso, as demandas hídricas diárias do milharal também mudam conforme as condições climáticas e o processo de evapotranspiração das plantas. Por conta dessas oscilações, é importante acompanhar a previsão do tempo e monitorar a umidade do solo com frequência.

Essas práticas permitem a identificação precoce de sinais de estresse hídrico, possibilitando a aplicação de técnicas de irrigação para atender às necessidades da lavoura. 

Entre as tecnologias de irrigação mais utilizadas estão o sistema de gotejamento e a irrigação por aspersão. 

O sistema de gotejamento aplica água diretamente nas raízes, minimizando perdas por evaporação e desperdícios. Já a irrigação por aspersão cobre áreas maiores e pode ser uma solução mais prática para grandes lavouras.

Além disso, o produtor também precisa investir em um bom sistema de drenagem. Essa medida ajuda a manter a umidade do solo em níveis ideais, permitindo o pleno desenvolvimento das raízes e a absorção adequada de nutrientes essenciais para o crescimento saudável das plantas.

4. Faça o controle de pragas e doenças 

Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mais de 20 pragas podem atacar a cultura do milho. Uma das mais preocupantes é a cigarrinha do milho

Além de danos diretos, a cigarrinha pode transmitir as bactérias Mollicutes, que causam doenças graves, como a virose do raiado fino e os enfezamentos pálido e vermelho. Essas condições podem gerar perdas de até 100% da produção.

Outras doenças, como mancha branca e podridão do colmo, também podem causar prejuízos significativos ao produtor. Esses desafios reforçam a importância de adotar práticas eficazes para o controle de pragas e doenças na lavoura.

Para isso, o produtor deve investir no Manejo Integrado de Pragas (MIP) e de doenças (MID). Essas abordagens combinam métodos culturais, mecânicos, químicos e biológicos para proteger o milharal. 

A aplicação dessas técnicas depende do monitoramento da lavoura, essencial para detectar infestações precocemente e identificar corretamente a espécie de praga ou doença presente.

5. Faça a colheita no momento certo

A colheita do milho de segunda safra deve ser realizada no momento adequado para evitar perdas, garantir a qualidade dos grãos e maximizar a produtividade. Para uma operação bem-sucedida, o primeiro passo é saber identificar se as plantas já estão no ponto de colheita. 

O milho deve ser colhido quando a umidade dos grãos estiver entre 18% e 25%. Nesse estágio, é possível observar a linha de leite, que separa a matriz líquida (açúcares) da matriz sólida (amido). 

Outros sinais importantes incluem a coloração amarelada das folhas e o surgimento da "camada negra" na base do grão, onde ele se conecta ao sabugo.

Para facilitar a operação e torná-la mais eficiente, o produtor pode utilizar colhedoras equipadas com tecnologias de agricultura de precisão, que otimizam o monitoramento e a gestão da operação.

6. Cuide do armazenamento pós-colheita

Os cuidados durante o armazenamento pós-colheita do milho também influenciam na qualidade dos grãos. Caso a produção não seja armazenada corretamente, há risco de infestação por insetos, desenvolvimento de doenças e outros problemas que podem causar perdas e desvalorização da safra.

Para evitar esses prejuízos, o produtor deve investir na limpeza e secagem dos grãos após a colheita. O ideal é que o milho esteja com umidade entre 12% e 14% antes de ser armazenado. 

Além disso, é importante investir em sistemas de controle de temperatura nos silos para evitar a deterioração de grãos. 

Quando necessário, o agricultor deve recorrer à aplicação de inseticidas indicados para armazenagem. No entanto, é importante monitorar os grãos armazenados regularmente para identificar sinais iniciais de infestação e tomar medidas corretivas antes que os danos ocorram.

7. Entenda os aspectos econômicos da produção de milho safrinha

Os resultados da produção de milho safrinha dependem diretamente de um bom planejamento financeiro. Por isso, o produtor precisa entender os principais aspectos econômicos envolvidos no cultivo.

Um dos pontos mais importantes é a análise dos custos de produção, que englobam despesas com sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, maquinário, mão de obra e irrigação. 

Como os preços desses insumos variam por região, os custos totais estão diretamente ligados às condições locais e às estratégias de manejo adotadas.

Já a rentabilidade da cultura é influenciada pela produtividade e pelo preço de venda. Em comparação a outras culturas, o milho safrinha costuma ser mais rentável do que o arroz e o feijão, mas apresenta menor retorno financeiro em relação à soja.

Embora o milho de segunda safra seja uma cultura com grande potencial econômico, os produtores enfrentam desafios como os altos custos de produção e a necessidade de garantir preços competitivos no mercado. 

O uso de tecnologias como o Climate FieldView™, plataforma digital da Bayer, ajuda a reduzir esses custos e a aumentar a eficiência produtiva. 

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