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Mapeamento Digital do Solo: Tecnologias e Vantagens para a Agricultura Moderna

Escrito por Equipe FieldView™ | 25/07/2024 18:24:11

O mapeamento digital do solo envolve o processo de amostragem e modelagem estatística da paisagem para gerar mapas detalhados da fazenda.

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O mapeamento digital do solo é uma técnica que permite a geração de mapas precisos e detalhados sobre a variabilidade espacial das propriedades de uma área específica.

Essa técnica exige a realização de amostragem e análise do solo, combinado ao uso de tecnologias de agricultura digital e agricultura de precisão para coletar dados precisos sobre o terreno. 

As informações coletadas são processadas por softwares que utilizam modelos numéricos para prever as características do terreno das áreas não amostradas. 

Essas informações são integradas e transformadas em mapas digitais, que orientam os produtores a otimizarem suas práticas agrícolas. Assim, eles conseguem aumentar a produtividade, reduzir custos e até melhorar a sustentabilidade da plantação.

Boa leitura!

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Existem vários tipos de mapas que podem ser utilizados na agricultura. Um deles é o mapa do solo, que representa a distribuição espacial das características do terreno em uma área específica. Esse tipo de mapa pode ser gerado de duas formas. 

A mais tradicional é o mapeamento convencional, processo manual realizado com base nas observações de pedólogos em campo e na interpretação de dados coletados em diferentes pontos da área de estudo. 

No entanto, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), esse método tem algumas limitações, como resolução espacial limitada, lentidão do processo de levantamento de dados e lacunas de informações relevantes. 

Por isso, atualmente, o método mais recomendado é o mapeamento digital do solo, considerado uma técnica mais ágil e precisa.

Neste artigo, explicaremos como esse mapeamento funciona, quais as suas vantagens e como o produtor pode utilizá-lo para otimizar o manejo do solo e a gestão da fazenda. Confira!

O que é o mapeamento digital do solo?

O mapeamento digital do solo (MDS) é uma técnica que utiliza tecnologias avançadas e modelos numéricos para criar um sistema de informação espacial. Esse sistema funciona como um banco de dados espacial, que reúne informações sobre as propriedades do terreno de uma área. 

Com base nesse banco de dados, é possível gerar mapas digitais que fornecem uma visão mais precisa e em tempo real das condições do terreno da área de plantio. 

Como é feito o mapeamento digital do solo?

O MDS é feito a partir de dados coletados por meio de amostragem do solo e modelagem estatística da paisagem, integrados com o auxílio de ferramentas computacionais. 

Normalmente, esse processo é realizado em três etapas. A primeira delas envolve a definição da área que precisa ser mapeada e a coleta de dados — que deve ser feita a partir da amostragem e análise do solo

Além disso, é importante coletar dados do terreno por meio de outras fontes, como sensoriamento remoto, drones e imagens de satélite. 

A segunda etapa desse processo envolve o uso de modelos numéricos. Os dados coletados anteriormente são avaliados e relacionados por modelos matemáticos ou estatísticos. O objetivo é prever as propriedades do terreno em locais não amostrados. 

Na última etapa do MDS, as informações geradas são integradas por softwares específicos, como plataformas de agricultura digital

Além de gerar mapas digitais, essa ferramenta ajuda o produtor a prever cenários que, de outra forma, seriam difíceis ou até impossíveis de serem visualizados antes da sua ocorrência. 

Por isso, o agricultor pode utilizar esses dados para orientar suas estratégias de manejo e criar planejamentos mais eficientes. 

Quais são os benefícios do mapeamento digital do solo na agricultura?

O processo de MDS é complexo e exige o uso de diferentes tecnologias agrícolas. Mas esse esforço e investimento valem a pena. Para comprovar isso, basta conferir as vantagens que o uso dessa técnica proporciona ao agricultor. Confira abaixo alguns desses benefícios:

Melhora a produtividade agrícola

Os mapas gerados a partir do MDS facilitam a identificação e análise da variabilidade das características do solo em diferentes áreas da propriedade. O produtor pode utilizar esse conhecimento para orientar práticas de manejo personalizadas conforme as necessidades da cultura em cada talhão. 

Por exemplo, aplicação de fertilizantes e defensivos, uso inteligente do sistema de irrigação, entre outras ações. Essas práticas permitem o manejo eficiente do solo e contribuem para o desenvolvimento saudável e uniforme da lavoura, fatores que impactam na produtividade da plantação.

Leia também: Produtividade agrícola: o que é e 9 dicas de como otimizar

Otimização do uso de insumos

Conforme explicado, os mapas produzidos a partir do MDS são mais detalhados e oferecem informações sobre a variabilidade do terreno. 

Por esse motivo, o produtor pode utilizar esses dados para personalizar suas estratégias de manejo conforme as necessidades de cada área da lavoura. E isso aumenta a eficiência da gestão e aplicação de insumos no campo 

Redução de custos e impacto ambiental

Como os mapas digitais gerados por meio do MDS permitem a otimização do uso de insumos, os gastos associados à aquisição de fertilizantes e defensivos, por exemplo, são reduzidos.

Além disso, esses mapas orientam o produtor a melhorar suas práticas de manejo do solo. Assim, o produtor previne a degradação e a erosão do terreno, e reduz a pegada de carbono da fazenda.

Quais tecnologias são usadas no mapeamento digital do solo?

O MDS exige o uso combinado de diferentes tecnologias agrícolas, principalmente ferramentas da agricultura de precisão. Esses recursos são essenciais para coletar, processar e analisar dados sobre as características do solo e gerar um mapa detalhado e preciso do terreno. 

Sensores de solo

Os sensores agrícolas são dispositivos de alta tecnologia que podem ser instalados em vários pontos da área de plantio para coletar diferentes tipos de dados da lavoura. 

Dependendo do sensor utilizado, o produtor consegue monitorar parâmetros como pH, umidade, concentração de nutrientes, entre outras características. Por isso, esses dispositivos são instrumentos essenciais no processo de sensoriamento remoto e monitoramento da lavoura.

Drones e satélites

Os drones agrícolas são equipamentos que também podem ser utilizados para coletar dados da superfície do terreno. Isso porque eles podem ser equipados com câmeras multiespectrais e sensores, dispositivos que permitem a coleta de imagens de alta resolução e dados topográficos detalhados do terreno. 

Além dos drones, é importante utilizar as imagens de satélites para identificar variações nas propriedades do solo em grandes extensões de terra. 

Afinal, os satélites fornecem imagens de alta resolução e dados espectrais que facilitam o monitoramento contínuo do terreno e a análise de tendências ao longo do tempo.

Software de análise de dados

O produtor precisa do apoio de softwares específicos para modelar os dados coletados do solo e integrar essas informações para gerar mapas digitais. 

Para isso, o ideal é utilizar programas que combinem os recursos de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) com ciência de dados e inteligência artificial, como softwares de gestão agrícola. 

Quais são as aplicações práticas do mapeamento digital do solo?

Os mapas produzidos a partir do MDS fornecem informações que ajudam o produtor a definir estratégias de manejo mais eficientes. Mas como os dados revelados por esses mapas podem ser utilizados na prática? 

Veja abaixo algumas dicas para aproveitar esse mapeamento no dia a dia da fazenda:

Planejamento e manejo de culturas

Os mapas facilitam a identificação da variabilidade das propriedades do solo na área estudada. O produtor pode usar esses dados para definir estratégias de manejo mais eficientes, como semeadura em taxa variável e aplicação de insumos em taxa variável. 

Essas estratégias devem ser incluídas no planejamento da lavoura e orientar a execução de outras práticas de manejo ao longo do ciclo da cultura.

Identificação de áreas problemáticas

Por revelar a variação de características do terreno, o mapa digital também facilita a identificação de áreas com problemas. Por exemplo, áreas com maior risco de erosão, com deficiência nutricional, acidez elevada ou alta compactação. 

O acesso a essas informações estimula o produtor a adotar práticas de manejo capazes de retardar o avanço desses problemas e solucioná-los antes que eles se agravem. Essas práticas podem incluir terraceamento, cultura de cobertura, aplicação de corretivos, aração, entre outras estratégias.

Tomada de decisões baseadas em dados

A aplicação mais importante do MDS é ajudar o produtor a tomar decisões baseadas em dados. 

Afinal, os mapas gerados permitem o monitoramento do solo em tempo real, fornecendo informações úteis que auxiliam o produtor a melhorar a gestão agrícola e fazer os ajustes necessários para aumentar sua eficiência operacional.

Por isso, investir no mapeamento digital do solo é essencial para garantir uma lavoura mais produtiva e rentável.

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