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Os nematoides são vermes microscópicos que habitam o solo e atacam o sistema radicular das plantas. Na cultura do milho, esses parasitas podem causar sintomas como crescimento reduzido, folhas com clorose ou necrose e até abortamento de grãos.
Fatores como temperaturas elevadas, rotação com culturas hospedeiras e a presença de plantas daninhas favorecem o aumento das infestações, resultando em perdas financeiras para o produtor.
Para evitar esses danos, é importante adotar estratégias do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Combinando práticas como controle biológico, químico e cultural, juntamente com o plantio de híbridos resistentes, é possível reduzir a população de nematoides e, assim, aumentar a produtividade da lavoura.
Boa leitura!
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O nematoide é um verme microscópico de difícil controle, mas com um grande potencial de prejuízo para as lavouras. A Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) estima que os danos causados por essa praga resultem em perdas anuais de cerca de R$ 35 bilhões para o agronegócio brasileiro.
O milho é uma das culturas mais impactadas pelas infestações desse parasita. Por isso, o produtor que deseja proteger sua lavoura e aumentar a produtividade precisa adotar estratégias eficazes de manejo e prevenção dessa praga.
Neste artigo, explicaremos as melhores práticas de controle para garantir a saúde do milharal e proteger os resultados da sua lavoura.
Os nematoides são vermes microscópicos, transparentes e de formato cilíndrico, encontrados em diversos ambientes, incluindo o solo. Algumas espécies desempenham um papel essencial no equilíbrio ecológico, enquanto outras atuam como parasitas, prejudicando plantas, animais e seres humanos.
No caso das plantas, esses organismos são chamados de fitonematoides. Geralmente, eles são classificados como endoparasitas, já que passam a maior parte do ciclo de vida dentro da planta hospedeira.
Além de atacarem e se alimentarem das raízes, esses parasitas facilitam a contaminação da planta por fungos e bactérias e ainda podem atuar como vetores de viroses. Por isso, sua presença na lavoura pode causar danos diretos e indiretos, causando perdas de produtividade.
Existem mais 40 espécies de nematoides de 12 gêneros diferentes que podem parasitar as raízes do milho. No entanto, no Brasil, apenas algumas delas se destacam devido à devido à patogenicidade, ampla distribuição e alta densidade populacional.
Conheça a seguir as espécies mais nocivas nas lavouras brasileiras.
Os principais representantes desse grupo são Pratylenchus brachyurus e P. zeae. Eles penetram nas raízes do milho, formando lesões necróticas que dificultam a absorção de água e nutrientes. Essas feridas também facilitam a entrada de patógenos, como fungos e bactérias.
O ataque de nematoides no milho pode gerar o desenvolvimento de sintomas como encurtamento e engrossamento das raízes e até mesmo a ausência de radicelas.
Essas alterações reduzem a eficiência do sistema radicular da planta, prejudicando sua capacidade de absorver água e nutrientes.
O resultado são plantas com crescimento reduzido, enfezamento e clorose (amarelecimento das folhas), sintomas que são mais evidentes durante os períodos de estresse hídrico ou nutricional.
Além disso, plantas infestadas produzem espigas menores e com grãos mal formados, impactando diretamente a produtividade da lavoura. As lesões nas raízes também facilitam infecções por fungos e bactérias, aumentando os danos e favorecendo o desenvolvimento de doenças secundárias.
Os sintomas podem surgir em áreas específicas da lavoura (reboleiras). Em casos mais severos, o ataque pode atingir grandes extensões, causando perdas econômicas importantes.
A infestação dessa praga no milharal pode ser favorecida por uma série de fatores ambientais e práticas agrícolas inadequadas. Confira os principais elementos que contribuem para a disseminação e reprodução desses parasitas:
Embora os nematoides afetem principalmente o sistema radicular, os danos também podem afetar na parte aérea das plantas. Por isso, o primeiro passo para identificar a praga é estar atento a sinais como crescimento reduzido, clorose e espigas mal formadas, que podem indicar a presença desses parasitas na lavoura.
Além de monitorar as plantas, é importante fazer a análise do solo para determinar a densidade populacional desses parasitas. Para isso, o agricultor deve investir na amostragem de solo e raízes.
As amostras coletadas devem ser enviadas a laboratório especializado, onde serão analisadas para identificar as espécies desses parasitas e quantificar sua população.
O controle de nematoides na cultura do milho exige uma abordagem integrada. Como esses parasitas passam grande parte do ciclo de vida no solo, estratégias isoladas, como a aplicação de defensivos químicos, não são suficientes para eliminar o problema.
Por isso, a recomendação é adotar o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina diferentes práticas para reduzir a população desses parasitas de forma eficiente e sustentável.
Conheça essas práticas a seguir:
O controle biológico utiliza organismos vivos para combater a população da praga. Essa estratégia exige a aplicação de bionematicidas ou nematicidas microbiológicos.
Esses produtos são compostos por fungos ou bactérias que interferem no ciclo de vida dos nematoides. Eles afetam a reprodução, a penetração nas plantas e, em alguns casos, até elimina os parasitas.
Entre os microrganismos mais eficientes nesse tipo de controle estão os fungos Paecilomyces lilacinus e Pochonia chlamydosporia. Além disso, produtos à base de bactérias Bacillus amyloliquefaciens e outras espécies do gênero Bacillus sp. também são indicados.
O controle químico não é uma prática eficaz quando aplicado de forma isolada. Apesar disso, ele ainda é uma ferramenta importante de manejo. Afinal, a aplicação de nematicidas químicos no sulco de plantio ou via pulverização terrestre pode ajudar a reduzir a população desses parasitas no solo.
No entanto, sua eficácia é limitada pela barreira física do solo, que dificulta o contato direto do produto com as pragas. Por isso, o ideal é combinar o controle químico com outras práticas, como o tratamento de sementes com nematicidas, para aumentar a eficiência da estratégia.
Sementes de milho.
O controle cultural envolve a adoção de práticas preventivas que dificultam a proliferação dos parasitas. Essas medidas incluem:
O controle genético consiste no plantio de variedades resistentes, que ajudam a reduzir a população desses parasitas no solo e minimizam os danos à lavoura.
Para obter os melhores resultados, o ideal é escolher genótipos tolerantes aos nematoides mais comuns na região de plantio. Por isso, é importante que o produtor conheça o histórico da fazenda, identificando as principais pragas que afetam o milho na área.
A prevenção de infestações também envolve boas práticas agrícolas relacionadas ao MIP. Além das estratégias anteriores, é importante investir no monitoramento da lavoura, no manejo adequado do solo e na limpeza regular de máquinas e equipamentos agrícolas.
Outra recomendação é investir no cultivo de plantas antagonistas. Espécies como crotalária, centeio e mamona, contém substâncias que prejudicam o desenvolvimento de algumas espécies da praga.
Para potencializar a proteção e a produtividade da lavoura de milho, o produtor também pode participar do programa Bayer VAlora Milho. A iniciativa oferece soluções integradas que garantem o acesso a estratégias personalizadas para cada talhão da lavoura.
Essas soluções incluem recomendações específicas de posicionamento e densidade de sementes, relatórios personalizados de plantio e colheita, acompanhamento especializado ao longo da safra, e muito mais!
Faça parte do Bayer VAlora Milho e transforme sua produtividade agrícola!