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A mosca-branca e os percevejos são pragas que atacam culturas economicamente importantes, como a soja, o milho e o algodão.
Dentre as espécies que formam o complexo de percevejos, o percevejo-marrom, percevejo-verde-da-soja, percevejo-verde-pequeno e percevejo-barriga-verde se destacam por conta da sua incidência e potencial destrutivo.
Já a mosca-branca da espécie Bemisia tabaci biótipo B é que oferece maior risco as lavouras brasileiras, causando danos diretos e indiretos à lavoura, incluindo a transmissão de doenças agressivas às plantas.
Investir no Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina a adoção de técnicas de controle cultural, biológico e químico, é fundamental para prevenir e controlar esses insetos.
Uma dessas técnicas é o monitoramento da lavoura, que pode ser potencializado com a ajuda da agricultura digital.
Boa leitura!
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As pragas agrícolas são responsáveis por consumir cerca de 40% da produção mundial de alimentos, problema que tende a aumentar significativamente com as mudanças climáticas.
Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), essa redução de produtividade pode causar prejuízos globais de até US$ 220 bilhões por ano.
Esses prejuízos também podem atingir os produtores brasileiros, especialmente porque várias regiões do Brasil apresentam as condições climáticas e ambientais favoráveis ao ciclo de vida dos insetos. Por conta disso, dependendo da praga e do nível de infestação da lavoura, toda a plantação pode ser comprometida.
A mosca-branca e os percevejos são algumas das pragas que podem causar esse problema. A única forma de evitá-lo é entender como controlar suas infestações.
Neste artigo, explicaremos quais as características desses dois insetos e quais os principais métodos de manejo e controle para cada um deles. Continue a leitura a seguir!
A mosca-branca e os percevejos são considerados as principais pragas que atacam a soja. Para se ter uma ideia, dependendo do nível de dano econômico (NDE) causado pela infestação, esses insetos podem causar a redução de mais de 50% da produção.
Além da soja, essas pragas também podem causar prejuízos nas lavouras de milho, algodão, feijão, entre outras espécies. Ou seja, elas podem danificar várias culturas economicamente importantes, colocando em risco a produção agrícola e a rentabilidade do produtor.
O primeiro passo para evitar esses problemas é entender as características e danos que a mosca-branca e o percevejo podem causar à lavoura. Assim, fica mais fácil compreender como fazer o manejo dessas pragas.
Entenda essas características a seguir:
Os percevejos são pequenos insetos sem asas responsáveis por atacar diferentes espécies e causar danos variados. Ou seja, eles são conhecidos por causar muitos problemas tanto para a agricultura quanto para a saúde pública.
Para os agricultores, o grande problema são os chamados percevejos fitófagos. Esses insetos atacam inúmeras espécies de plantas e têm alta capacidade de dispersão.
Afinal, antes mesmo do final do ciclo da cultura, já procuram hospedeiros alternativos, facilitando sua reprodução e disseminação na lavoura.
Dentro do complexo de percevejos conhecidos, as espécies da família Pentatomidae têm a maior capacidade de destruição da plantação maior em relação a outros percevejos.
Desse grupo, quatro espécies merecem uma atenção especial do produtor. Conheça cada uma delas a seguir.
A mosca-branca (Bemisia tabaci) é um inseto polífago, ou seja, que se alimenta de diferentes fontes. No Brasil, a Bemisia tabaci biótipo B é a espécie de mosca-branca com maior incidência, afetando culturas como a soja, o feijão e o algodão.
Essa praga pode causar danos diretos e indiretos à lavoura. Ou seja, além de sugar a seiva das plantas, ela também pode transmitir viroses, como o vírus do mosaico comum no algodão e a necrose da haste da soja.
O inseto também pode excretar um líquido açucarado, conhecido como “honeydew”, que favorece o desenvolvimento de fungos (Capnodium sp.) na superfície foliar. Isso pode prejudicar o processo de fotossíntese e pode provocar a queda antecipada das folhas.
Dependendo dos danos causados pela infestação, a mosca-branca pode reduzir a produtividade das culturas de 20% a 100%.
Características como fecundidade e ciclo curto contribuem para a capacidade de infestação rápida das áreas, tornando a mosca-branca uma praga de difícil controle.
A melhor forma de controlar esses insetos na lavoura é investir no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Essa metodologia consiste na aplicação conjunta de diferentes técnicas de manejo.
Além de ser considerada mais sustentável, o MIP é eficiente tanto no controle quanto na prevenção de ataque de insetos-praga na lavoura.
Para atingir esses objetivos, o produtor precisa investir na combinação de práticas como rotação de cultura, controle de plantas daninhas hospedeiras e plantas tigueras, respeitar o vazio sanitário e fazer a dessecação antecipada.
Além dessas técnicas, também é preciso investir no controle químico e biológico de pragas. Nesses casos, é importante conhecer algumas particularidades do controle de pragas da mosca-branca e percevejo.
Entenda a seguir:
Fazer o monitoramento da lavoura é o primeiro passo para definir estratégias eficientes de controle da mosca-branca. Como essa praga pode ocorrer desde a emergência até o final do ciclo, esse monitoramento deve ocorrer durante toda a safra.
Devido às características do inseto, o uso de defensivos é considerado o método de controle mais eficiente atualmente. Para isso, o produtor pode investir no tratamento das sementes, aplicar inseticidas sistêmicos no sulco de plantio ou pulverizá-los.
Vale lembrar que o agricultor também pode investir no controle biológico da mosca-branca, utilizando inimigos naturais dessa praga para combatê-la.
Isso pode ser feito com o auxílio de parasitoides, como as vespas dos gêneros Encarsia, Eretmocerus e Amitus; bem como com o apoio do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana.
Assim como a mosca-branca, o controle eficiente de percevejos exige o monitoramento de pragas na lavoura. Ele deve ser realizado semanalmente durante os períodos mais frescos do dia e na fase reprodutiva das plantas, momento em que as infestações podem causar perdas mais significativas.
O ideal é aplicar algum método de controle quando o nível de dano econômico causado pelas infestações for atingido. Caso isso ocorra, o produtor pode investir no controle químico e/ou biológico dessa praga.
O controle biológico consiste na utilização de inimigos naturais dos percevejos, ou seja, insetos capazes de eliminá-los, como os parasitoides de ovos Trissolcus basalis e Telenomus podisi Ashmead.
Já o controle químico consiste na aplicação de defensivos na lavoura. A escolha de inseticidas utilizados para essa finalidade depende de fatores como nível populacional de insetos e a fase de ciclo de vida da planta em que o ataque ocorre.
Por isso, é importante contar com o suporte de tecnologias de monitoramento e apoio do agrônomo para identificar quando e como aplicar esses produtos na lavoura.
O apoio das ferramentas da agricultura digital é fundamental em todas as atividades necessárias para o manejo da lavoura. Uma dessas atividades é o monitoramento dos percevejos e da mosca-branca.
Monitorar a área de plantio é fundamental para o produtor ter acesso às informações sobre o nível de infestação de pragas em cada talhão. Com base nesses dados, é possível definir quais estratégias podem ser utilizadas para controlar a presença de insetos e proteger a lavoura.
Uma das ferramentas mais eficientes para essa finalidade é o Climate FieldView™, plataforma digital da Bayer. Uma de suas principais funcionalidades é georreferenciar o monitoramento da lavoura, que permite o registro de marcações, informações e imagens da infestação na área.
Depois disso, o produtor pode utilizar a função Prescrições Manuais de Insumos. Dessa forma, ele recebe a orientação necessária para aplicar os inseticidas com mais precisão e eficiência na lavoura. Isso gera economia e evita o desenvolvimento de pragas resistentes aos defensivos.
Esses e outros recursos do Climate FieldView™ ajudam o produtor a controlar as pragas da lavoura, otimizar seu plantio, gerenciar melhor as operações agrícolas e maximizar a sua lucratividade.
Veja como a Climate FieldView™ pode ajudar a aumentar a produtividade da sua fazenda!