Aumento do custo dos fertilizantes: como a Agricultura Digital pode ajudar na economia de insumos?

Por Equipe FieldView™ em 28/06/2022 23:50:00

Por meio de mapas agrícolas e análise da qualidade do solo, a Agricultura Digital permite que o produtor otimize o uso de fertilizantes e reduza o impacto da crise dos insumos sobre a rentabilidade do negócio

 Aplicação de fertilizantes na lavouraAplicação de fertilizantes na lavoura: essencial para o desenvolvimento da agricultura, esse insumo teve custos em alta no primeiro semestre de 2022

 

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O aumento do custo dos fertilizantes é resultado de um conjunto de fatores que tem afetado todos os países produtores de alimentos.

Além da pandemia da Covid-19, outros motivos estão por trás da escalada de preços destes insumos, como o aumento da demanda mundial, a Guerra na Ucrânia e a falta de investimentos em aumentar a produção nacional.

Esse cenário de preços elevados deve se manter ao longo de 2022. Sendo assim, o produtor precisa buscar alternativas para otimizar o uso de fertilizantes e, consequentemente, reduzir os gastos com este insumo.

Além de boas práticas, pode-se usar plataformas de agricultura digital, que permitem aplicações com precisão, assegurando a nutrição da lavoura e a rentabilidade do negócio, mesmo com a alta dos preços dos fertilizantes. 

Boa leitura!

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Por ser considerado um insumo indispensável para a produção agrícola, o aumento do custo dos fertilizantes tem impactado de forma significativa o controle financeiro da fazenda.

E além de enfrentar o aumento do custo operacional da lavoura, os agricultores ainda sofrem com a redução da margem de lucro.

Nesse cenário, as plataformas de agricultura digital têm chamado a atenção por ajudar o produtor a otimizar a aplicação de fertilizantes, reduzindo os custos de produção.

Mas antes de entender como a tecnologia pode ajudar o produtor nesse momento de crise, é importante lembrar o que está provocando a alta no preço dos insumos agrícolas. Acompanhe abaixo!

 

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Por que o preço dos fertilizantes subiu tanto?

O aumento do custo dos fertilizantes não é provocado por um motivo isolado.

Na verdade, ele é resultado de um conjunto de fatores que impactou todo o setor de produção e distribuição de insumos agrícolas, como a pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise energética global.

Entenda o que há por trás de cada um desses fatores abaixo:

 

  • Pandemia da Covid-19

O aumento dos preços dos fertilizantes começou a ser registrado no início da pandemia da Covid-19.

No início de 2020 existiam poucas informações sobre a doença, que se espalhou rapidamente pelo mundo e provocou milhares de mortes num curto espaço de tempo.

Em função disso, muitas empresas e fábricas tiveram que fechar as portas ou adotar regimes de trabalho diferenciados para proteger seus colaboradores e cumprir as regras sanitárias vigentes.

Essas mudanças - que impactaram o estilo de vida, o padrão de consumo e o trabalho de milhares de pessoas - afetou diversos setores, incluindo a indústria e o comércio de fertilizantes.

Como consequência, esse segmento também sofreu com a queda significativa da oferta desse insumo no mercado.

E já que a lei da oferta e da demanda dita os preços dos produtos, a redução do volume de fertilizante disponível provocou o aumento do seu preço.

O problema é que, mesmo após o pior momento da pandemia já ter passado - ao que tudo indica -, a produção e o transporte de fertilizantes ao redor do mundo ainda precisam ser normalizados, o que não tem acontecido. 

A política de Covid Zero adotada pela China, por exemplo, provocou o fechamento dos portos chineses no início de 2022. E vale lembrar que o país asiático é um grande produtor mundial de insumos agrícolas. 

Este fechamento de portos causou problemas na logística de abastecimento dos navios e atraso no transporte de diversos materiais, incluindo de fertilizantes.

E esse é apenas um dos fatores que têm contribuído para o aumento do custo dos fertilizantes nessa fase de abrandamento da pandemia, como você vai entender abaixo.

 

  • Crise energética global

Apesar da alta demanda de consumo por alimentos, produtos e serviços, a retomada econômica tem sido prejudicada pela chamada crise energética, que surgiu em função de vários fatores.

O primeiro deles é a redução na produção de petróleo em 2020 por conta da queda da demanda por combustíveis provocada pela pandemia.

Outro fator foi a mudança da matriz energética pela qual passam alguns países, como a própria China. O problema é que as novas fontes de energia não têm sido suficientes para atender às demandas globais.

Nesse cenário de alta do petróleo e problemas de abastecimento, vários países decidiram adotar o gás natural como fonte de energia, provocando um aumento significativo no preço do gás.

E é aqui que começa o impacto no preço dos fertilizantes.

Como a produção de vários fertilizantes à base de nitrogênio exige o uso de um grande volume de gás natural, o preço desse insumo também aumentou.   

 

Dutos usados para o escoamento de gás natural

Dutos usados para o escoamento de gás natural: esta fonte energética é base para a produção de fertilizantes à base de nitrogênio

  • Guerra na Ucrânia

Para complicar ainda mais o cenário de produção e distribuição de fertilizantes no mundo, surgiu um problema ainda mais grave: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Apesar do conflito ser recente, a guerra já impactou significativamente toda a cadeia produtiva mundial de insumos. Afinal, a Rússia é um dos principais produtores de fósforo e potássio, entre outros nutrientes minerais utilizados na produção de fertilizantes.

O problema é que, em função da guerra, a Rússia sofreu vários embargos econômicos que dificultam a comercialização de seus produtos para diversos países.

Além disso, com o avanço do conflito, os próprios russos suspenderam as exportações de insumos agrícolas para abastecer o mercado interno.

Vale lembrar que a Rússia é o segundo maior produtor de gás natural do planeta e era seu principal exportador até antes da guerra.

Como a produção de fertilizantes nitrogenados depende de gás natural, a fabricação desse nutriente também foi afetada.

 

  • Restrições políticas

No caso dos fertilizantes fosfatados, o problema não foi a crise energética, mas as restrições socioeconômicas motivadas por questões políticas.

O problema se iniciou quando os americanos começaram a taxar os fertilizantes fosfatados produzidos pelo Marrocos, um dos principais fornecedores do mundo.

Por conta disso, os próprios produtores americanos tiveram que procurar outros países fornecedores, provocando o aumento no preço dos fertilizantes fosfatados no mercado global.

Outra questão política que afetou o preço dos insumos foi o conjunto de medidas restritivas aplicadas pela União Europeia à Bielorrússia - país aliado da Rússia, no conflito deste país com a Ucrânia.

Dentre as medidas estão a venda, a transferência ou a exportação de produtos. 

Como a Bielorrússia é o segundo maior produtor mundial de cloreto de potássio, as restrições afetam o preço médio do MAP (fosfato monoamônico), matéria-prima utilizada na produção de vários fertilizantes.

Diante desse cenário, a China decidiu limitar a exportação de fertilizantes para garantir o abastecimento de seu mercado interno.

Como resultado desse conjunto de fatores, as exportações globais de fertilizantes foram prejudicadas, causando o aumento do preço dos insumos.

Processo de colheita de sojaProcesso de colheita de soja: de grande importância para a produção de diferentes culturas, o potássio teve redução na oferta no mercado mundial por questões políticas

 

  • Alta dependência do mercado externo

O resultado desses problemas foi o desabastecimento global de fertilizantes, com a menor disponibilidade desses insumos no mercado, gerando uma crise que afeta diversos países e ameaça a produção mundial de alimentos.

E o Brasil é um dos grandes impactados por este problema, já que o país é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo.

O mercado brasileiro importa cerca de 85% dos fertilizantes que consome, sendo que, desse total, 23% são oriundos da Rússia, que agora está em guerra.

Para se ter uma ideia, quase 80% dos fertilizantes NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) utilizados nas lavouras brasileiras são importados.

No Brasil, faltam políticas públicas que reduzam essa dependência do mercado externo, o que cria um problema crônico para os agricultores nacionais, que ficam propensos às turbulências do mercado global de insumos.

Solo fertilizado potencializa o desenvolvimento da culturaSolo fertilizado potencializa o desenvolvimento da cultura: para atingir esse objetivo, o mercado agrícola brasileiro importa cerca de 85% dos fertilizantes que consome

 

Os preços continuarão subindo?

De acordo com José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os preços de adubos e fertilizantes devem continuar sendo pressionados ao longo de 2022.

Além disso, não há perspectivas de normalização do mercado mundial desses insumos enquanto a guerra entre Rússia e Ucrânia estiver acontecendo.

Esse cenário, composto por vários fatores, tende a impactar os custos de produção da próxima safra, podendo continuar influenciando a rentabilidade dos agricultores brasileiros.

 

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Vai faltar fertilizantes no Brasil?

Oficialmente, o problema da falta de fertilizantes não atingiu o mercado brasileiro, mas os produtores chegaram a relatar, no primeiro semestre de 2022, dificuldades para encontrar os insumos que precisam.

E especialistas têm alertado para o risco de desabastecimento no caso do prolongamento da Guerra na Ucrânia e da continuidade dos problemas enfrentados pela China.

Para piorar, o produtor está enfrentando o aumento das ocorrências de roubo de cargas de fertilizantes e dos casos de insumos agrícolas falsificados, o que exige atenção redobrada quanto à procedência do produto adquirido.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até criou um documento para os produtores com orientações sobre como comprar fertilizantes de qualidade.

Diante de tantos desafios, o agricultor brasileiro é obrigado a buscar alternativas para fugir da crise. E uma das formas mais eficientes para lidar com esse problema é contar com o apoio da tecnologia.

 

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Como a Agricultura Digital pode te ajudar a vencer essa crise?

De acordo com Sergio De Zen, diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o cenário atual de preço e risco de falta de insumos exige que o produtor aprenda a utilizar melhor os fertilizantes.

Para isso, além de fazer aplicações mais precisas, o agricultor também deve investir na análise do solo e de outros parâmetros da lavoura. 

Assim, os fertilizantes podem ser usados de forma mais inteligente, apenas nos locais em que a aplicação é indicada e na quantidade ideal.

Nesse contexto, o produtor pode usar plataformas de agricultura digital, como a Climate FieldViewTM, da Bayer, que são capazes de analisar e processar dados agrícolas, gerando prescrições para aplicação de fertilizantes.

Boa pedida é utilizar a funcionalidade de Prescrições de Fertilizantes, do FieldViewTM, que permite ao produtor fazer uma aplicação personalizada deste insumo, segundo as necessidades nutricionais da lavoura.

 

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Essa funcionalidade gera um mapa de prescrições de fertilizantes, que orienta o produtor a aplicar insumos apenas onde é necessário e na quantidade certa, de acordo com a variabilidade de cada região do talhão.

Portanto, usar essa ferramenta digital permite uma aplicação de fertilizantes eficiente e sem desperdício, possibilitando um negócio mais sustentável e produtivo. 

Diante disso, se a sua fazenda ainda não usa a agricultura digital, esse período de alta dos preços dos fertilizantes pode ser a hora certa para fazer esse investimento.

Agora, mais do que nunca, a aplicação precisa de insumos é primordial.

 

+ Acompanhe mais sobre este assunto nos artigos:

 

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