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O monitoramento integrado de pragas é uma estratégia que envolve o acompanhamento constante da densidade populacional de insetos e dos danos que elas podem causar às culturas.
Essa prática exige o uso de múltiplas técnicas e ferramentas de coleta e análise de dados. Por exemplo, pano de batida, armadilhas, análise do solo e uso de tecnologias da agricultura digital e da agricultura de precisão.
O uso combinado dessas técnicas permite que o produtor faça a identificação precoce de infestações e uma gestão inteligente da lavoura. Por conta dessas características, essa estratégia é a base do Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Essa abordagem combina diferentes estratégias de controle para manter os insetos abaixo de níveis que poderiam causar prejuízos econômicos. Ao adotar essas estratégias, o produtor aumenta a eficiência da sua gestão, minimiza perdas e melhora a produtividade agrícola.
Boa leitura!
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Um dos principais desafios do produtor é manter as pragas bem longe da plantação. Esses organismos são capazes de invadir a plantação silenciosamente e quase sempre permanecem escondidos, dificultando sua identificação.
Apesar de serem pequenos, eles podem causar grandes danos à saúde das plantas e a produtividade da lavoura. Para evitar esses problemas, o produtor pode utilizar diferentes estratégias. Uma delas é investir no monitoramento integrado de pragas.
Neste artigo, explicaremos como essa prática funciona, por que ela é importante e como aplicá-la na lavoura. Confira!
O monitoramento de pragas é uma estratégia que envolve a observação e a coleta de dados sobre a presença e a população de insetos na lavoura. Essa estratégia passa a ser chamada de monitoramento integrado de pragas quando o produtor combina diferentes técnicas para realizar esse processo.
Essa estratégia é considerada um dos principais pilares do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Por esse motivo, ela deve ser usada de forma integrada com outras práticas de manejo e deve ser realizada constantemente, ao longo de todo o ciclo de cultivo.
Afinal, como a maioria das culturas economicamente importantes são suscetíveis ao ataque de insetos em diferentes estádios de desenvolvimento da planta.
Serve para fornecer informações detalhadas e precisas sobre populações de insetos na área de cultivo. Esses dados permitem o mapeamento das infestações e orientam a aplicação de estratégias do MIP — e isso estimula uma gestão inteligente da lavoura.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 40% da produção agrícola global é perdida por conta do ataque de pragas. Essa perda custa pelo menos 70 bilhões de dólares aos países produtores.
E essas perdas podem aumentar nos próximos anos. Os dados da FAO também mostram que as mudanças climáticas devem intensificar as infestações no campo. Afinal, o ciclo de vida e as flutuações populacionais dos insetos são muito sensíveis a fatores climáticos.
Nesse cenário de incerteza e de risco, o produtor precisa investir em estratégias que o ajude ter mais previsibilidade sobre sua lavoura e o oriente a tomar decisões mais precisas e eficientes. E investir em tecnologias de monitoramento de pragas é uma delas.
Assim, o agricultor pode adotar medidas de controle antes que as infestações causem danos irreversíveis na plantação. Como resultado, é possível maximizar a produtividade e evitar problemas secundários, como a transmissão de doenças.
O investimento realizado nessa estratégia retorna ao produtor na forma de diversos benefícios. Confira alguns deles a seguir:
Para entender o funcionamento dessa estratégia, o produtor precisa compreender qual a relação entre o monitoramento e os níveis de danos e quais as técnicas podem ser utilizadas nesse processo. Entenda a seguir.
Os níveis de danos são dados usados como referência para decidir sobre o controle das pragas na lavoura. Esses parâmetros são baseados na relação entre a densidade populacional do inseto e os prejuízos que ele pode causar à cultura. Conheça abaixo cada um deles:
O produtor deve utilizar os dados de densidade populacional obtidos ao monitorar a lavoura para verificar quais desses níveis foram atingidos e se há necessidade de adotar alguma medida de controle.
O produtor precisa ficar atento a diferentes aspectos para que essa estratégia seja utilizada com eficiência. Um dos pontos que exigem sua atenção é a avaliação do agroecossistema da fazenda.
Essa análise envolve o estudo das características das variedades cultivadas na propriedade e o levantamento das pragas que ocorrem na região e que podem atacar a lavoura.
Assim, o agricultor consegue entender quando as infestações são mais prejudiciais à lavoura e como identificar cada espécie de praga e quais os danos que ela causa. Isso facilita a identificação dos melhores horários para monitorar a lavoura e quais medidas preventivas adotar.
Essas informações também orientam o agricultor a garantir que os métodos de controle, especialmente os químicos, sejam aplicados com eficiência no momento certo.
Além disso, esse conhecimento auxilia na pesquisa e identificação dos seus inimigos naturais, dados que orientam a adoção de soluções de controle biológico.
O produtor ainda deve ficar atento aos danos e sintomas causados pelos insetos na lavoura. Esses sinais devem ser identificados durante o monitoramento por meio de um exame cuidadoso das plantas, processo que também auxilia na identificação das pragas e na avaliação dos níveis de danos.
Essa estratégia pode ser aplicada por meio do uso integrado de técnicas de monitoramento de pragas tradicionais e modernas.
Os métodos tradicionais envolvem a definição de pontos de amostragem e a coleta de insetos com o auxílio de armadilhas de feromônios, plantas-iscas, pano de batida, entre outras técnicas.
Já os métodos modernos exigem o investimento em ferramentas da agricultura de precisão e agricultura digital. Por exemplo, sensores, drones, imagens de satélite e softwares agrícolas capazes de integrar dados de diferentes fontes e gerar mapas interativos.
Com base nesses mapas, o produtor tem uma visão mais detalhada da lavoura, facilitando a identificação de anomalias. Assim, fica mais fácil definir quais, quando e onde utilizar estratégias de MIP para reduzir a população de insetos de forma mais eficiente.
Conforme explicado, o nível de controle (NC) é um parâmetro que indica quando é necessário adotar medidas de controle para evitar que o NDE seja atingido.
Esse parâmetro é estabelecido com base em diversos fatores, como o tipo de cultura, estádio do ciclo de produção, a espécie de praga, entre outros dados.
Na cultura do milho, por exemplo, o NC para o percevejo de barriga-verde varia entre 0,6 a 2 percevejos por metro quadrado. Já na lavoura de soja, a tolerância a esses percevejos é pequena, já que eles prejudicam a produção de grãos.
Por isso, a recomendação é monitorar a lavoura com frequência e utilizar os dados de monitoramento para identificar se o NC foi atingido naquele contexto específico. Quando esse nível for atingido, o produtor conseguirá definir quais as técnicas de controle mais adequadas para aquela situação.
Vale lembrar que monitorar pragas e escolher as melhores estratégias de manejo é mais fácil com o apoio da Climate FieldViewTM, a plataforma de agricultura digital da Bayer.
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