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O monitoramento de fazenda via satélite permite que o produtor acesse imagens precisas e detalhadas de cada talhão da lavoura.
Além disso, ele obtém dados históricos, meteorológicos, entre outras informações fundamentais para acompanhar o desenvolvimento da cultura.
Quando esses dados geoespaciais são enviados e processados por uma plataforma de agricultura digital, o produtor consegue gerar diferentes mapas agrícolas.
Com base nesse mapeamento, ele consegue tomar decisões mais assertivas sobre a lavoura, ele consegue identificar falhas e alterações na lavoura de modo remota, sem mesmo visitar a fazenda.
Assim, o produtor é beneficiado com a redução de custos operacionais, manejo customizado da lavoura, melhora do planejamento da safra, entre outras vantagens.
Boa leitura!
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Assim que a planta germina, começa a produzir biomassa. Entender como está a evolução da biomassa da cultura, e em cada talhão, significa compreender como cada parte da área tem se desenvolvido durante o seu período vegetativo e reprodutivo.
O problema é que nem sempre este crescimento segue o ciclo ideal.
Afinal, inúmeros fatores podem prejudicar a cultura e ameaçar a rentabilidade, como adversidades climáticas, pragas, doenças, plantas daninhas, deficiência nutricional e desafios operacionais.
Para evitar prejuízos, é fundamental identificar esses problemas com antecedência Para isso, o produtor pode contar com o apoio de de uma plataforma de monitoramento de fazenda via satélite, que ajuda o agricultor a tomar decisões mais certeiras.
Assim, de modo temporal e espacial, o produtor fica alerta sobre eventuais problemas que estejam prejudicando o pleno desenvolvimento da cultura.
Por isso, neste artigo, você vai entender como o monitoramento por satélite na agricultura ajuda no acompanhamento da evolução da lavoura, gerando subsídios precisos para a tomada de decisão.
O monitoramento de fazenda via satélite é um processo que permite o uso de dados e serviços analíticos para avaliar as condições da lavoura.
Isso é possível porque o satélite utiliza a luz infravermelha refletida sobre a superfície terrestre para utilizar diferentes coeficientes para quantificar a vegetação, como Índice de Vegetação por Diferenças Normalizadas (NDVI).
Além disso, os satélites também podem ser utilizados para fazer previsões climáticas, estimativas de riscos, inspeções, entre outros dados do campo.
Todas essas informações podem ser visualizadas em plataformas de gestão agrícola, que combinam as imagens de satélite, com histórico de plantio e uso do solo, entre outros dados, que são processados por algoritmos avançados.
Dessa forma, o agricultor consegue identificar falhas na lavoura e no desenvolvimento das plantas de modo remota, sem mesmo visitar a fazenda.
Vale lembrar que essas informações obtidas por satélite não substituem completamente a necessidade por dados coletados em campo.
Porém, é importante lembrar que esse tipo de monitoramento aumenta a segurança e a precisão do agricultor durante a tomada de decisões sobre a lavoura.
Por isso, o uso dessa tecnologia é considerada um diferencial importante para melhorar o trabalho realizado em toda a cadeia produtiva da fazenda, desde o preparo do solo para o plantio até o pós-colheita.
O monitoramento da fazenda depende dos dados e imagens obtidas a partir de diferentes satélites que mapeiam o território brasileiro.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atualmente existem 30 satélites ativos, utilizados com diferentes propósitos.
Para a agricultura, as imagens são geralmente obtidas de satélites como Landsat, utilizado no monitoramento dos recursos naturais terrestres. Porém, já existem empresas que fornecem dados capturados pelo EROS, satélite responsável por gerar imagens com alta resolução espacial.
Além das imagens, também são coletados conjuntos de dados aeroespaciais que permitem a identificação de alterações, o mapeamento de tendências e a quantificação de diferenças na área analisada.
Veja também: Conheça 4 vantagens do uso de imagens de satélite na agricultura
O agricultor que investe no monitoramento da propriedade por satélite obtém, pelo menos, 5 benefícios diferentes.
Conheça cada um deles abaixo:
Além de serem acessíveis e permitirem o acompanhamento de áreas por um amplo período de tempo, o monitoramento via satélite também reduz os gastos com patrulhamento. Ou seja, o agricultor gasta menos com visitas em campo.
Além disso, como os dados geoespaciais fornecem informações precisas sobre os locais que apresentam alguma anomalia, os produtores podem cortar gastos com equipamentos, como tratores e drones, para vistoriar a fazenda.
O monitoramento via satélite permite que o agricultor acompanhe não só o desenvolvimento da lavoura, mas como cada talhão reage em função da aplicação de água e insumos agrícolas.
Dessa forma, o agricultor consegue avaliar com mais precisão a eficácia dessas aplicações. Caso seja encontrada alguma falha, ele pode implementar estratégias para usar os recursos de forma mais eficiente.
Os dados geoespaciais coletados por satélite podem ser utilizados para a criação de diversos mapas agrícolas, como mapas de produtividade, de vegetação e de plantio mais precisos e detalhados.
Dessa forma, o produtor consegue identificar falhas e alterações nos talhões com antecedência. Como resultado, é possível solucionar o problema mais rápido e impedir que as falhas prejudiquem os resultados da lavoura.
Além disso, o produtor pode comparar o uso e os resultados da propriedade ao longo do tempo.
Assim, caso seja identificado algum problema na safra anterior, por exemplo, o agricultor pode buscar soluções para que a falha não se repita no próximo ano.
Como o monitoramento garante o acesso a dados do histórico da área de plantio e previsões meteorológicas, o produtor tem mais segurança para melhorar o planejamento da próxima safra.
Ele pode utilizar esses dados para escolher técnicas de plantio, implementar sistemas de cultivo e se preparar para adversidades climáticas, por exemplo.
Quando uma parte da lavoura tem um arranque de crescimento de biomassa menor que em outra parte, significa que ela está passando por problemas de produção.
Esses problemas ocorrem mesmo se essas partes apresentarem características operacionais parecidas, ou que haja uma senescência precoce em determinadas manchas.
Por isso, toda vigilância é pouca nessa área! Os problemas verificados podem estar associados a doenças, pragas, deficiências nutricionais e outros limitantes de produtividade.
Com o monitoramento da terra por satélite, o produtor pode mensurar essa variabilidade na lavoura ou em pontos específicos de talhões .
Dessa forma, ele tem condições de intervir em fatores que podem prejudicar o desenvolvimento pleno da cultura.
Com base nessas informações ele pode aplicar, de modo direcionado, defensivos e/ou fertilizantes, por exemplo, entre outras práticas.
Assim, ele evita perdas de produtividade e garante o máximo rendimento daquela área com um sistema para fazenda eficiente.
Entretanto, realizar essa tarefa não era algo simples até um tempo atrás, quando o produtor não contava com as “maravilhas” da agricultura 4.0, como a agricultura digital.
Antes, o produtor visitava talhão por talhão e, quando identificava um dano visualmente, em muitos casos, já seria tarde demais para intervir.
Além disso, mesmo que ainda fosse possível uma ação, a aplicação de insumos seria feita em área total e com uma dose fixa.
Não seria possível otimizar a quantidade de produtos a ser pulverizada, bem como definir os locais exatos onde essa aplicação traria, de fato, o benefício almejado.
Mas, hoje, é possível fazer aplicações personalizadas na lavoura, atendendo às demandas de cada parte do talhão.
SAIBA MAIS: Afinal de contas, o que é a Agricultura Digital e Agricultura 4.0?
Ao utilizar a agricultura digital, o agricultor pode se tornar onipresente e onisciente em todos os cantos da propriedade.
Além disso, seu “olhar” sobre a realidade de cada talhão pode ser potencializado com a ajuda de drones e satélites.
Por isso, combinar o uso das tecnologias digitais com o monitoramento da fazenda por satélite permite que o agricultor analise detalhadamente dos talhões da lavoura.
Assim, ele otimiza a gestão da propriedade e melhora os resultados da safra. Para isso, ele pode utilizar diferentes softwares de agricultura digital disponíveis no mercado, como a plataforma Climate FieldView™, da Bayer.
Os agricultores que utilizam a plataforma têm à disposição a funcionalidade Diagnóstico FieldView™. Esse recurso envia automaticamente imagens de satélite e mapas gerados de cada talhão cadastrado.
O envio é feito com periodicidade média de quinze dias – dependendo, é claro, das condições meteorológicas do momento em que o satélite está tirando fotos.
Essas imagens de satélite ajudam a priorizar o monitoramento da fazenda e a identificar rapidamente problemas na lavoura, permitindo ao produtor tomar decisões que protejam sua produtividade.
O produtor que utiliza o Diagnóstico FieldView™ tem acesso a três tipos de imagens de satélite:
A plataforma Climate FieldView™ utiliza as imagens obtidas por satélites para criar diferentes mapas de agricultura.
No caso do mapa de monitoramento por satélite, ele se diferencia por apresentar, em sua legenda, uma escala de cores maior em comparação ao Mapa de Vegetação, que vai do verde-escuro ao vermelho.
Por isso, ao observar essas colorações, o produtor pode analisar a performance dos seus talhões. A interpretação, claro, vai ser realizada de acordo com a realidade de cada um.
Mas, de forma geral, uma área com presença de coloração amarelada ou avermelhada pode indicar problemas sérios no desenvolvimento das plantas.
O Diagnóstico FieldView™ ainda conta com um recurso que apoia o produtor no ranqueamento dos talhões, organizado de acordo com o maior ou o menor índice de biomassa.
Assim, o gestor da fazenda pode escolher se quer começar suas análises pelos talhões mais problemáticos, a fim de manejá-los com maior eficiência.
Além disso, ele também pode verificar qual é a tendência de produtividade dos talhões da área, ranqueando-os do maior para o menor índice vegetativo.
CONFIRA AINDA: Proteção de cultivos: até onde a tecnologia pode nos levar?
A tecnologia de mapa NDVI atende a inúmeros cultivos agrícolas, como grãos, cereais, cana-de-açúcar, café, entre outros.
Por conta da importância dessa funcionalidade, o agricultor que utiliza a plataforma Climate FieldView™
Por isso, assim que tiver um talhão cadastrado na plataforma, independente do tipo de plano escolhido – Plano de Entrada ou Plano Plus, o agricultor recebe imagens históricas dos últimos três anos.
A resolução das imagens disponibilizadas é de 100 px/ha, e a inteligência por trás dos mapas é dada pelo do CCI – Climate Crop Index.
Essa tecnologia é responsável por calcular a biomassa vegetativa verde atual (crescimento das plantas), com um nível de precisão bastante grande, sendo um diferencial frente às demais plataformas do mercado.
O CCI é menos propenso à saturação (perda de variabilidade em biomassa muito alta) do que o NDVI.).
Isso garante que seja mais certeiro na medição de biomassa no início da germinação (quando ainda há uma grande presença do solo na imagem) e mais tarde na safra (quando a biomassa é muito alta).
O primeiro passo realizado pela plataforma Climate FieldView™ é capturar as imagens de satélites referentes ao talhão cadastrado.
Em seguida, o software utiliza a tecnologia CCI para calcular a biomassa vegetativa e gerar os mapas de vegetação e de monitoramento da fazenda, como mostram as imagens abaixo.
Além de satélites, drones, entre outros recursos da Agricultura de Precisão, também têm sido utilizados no cálculo do índice de biomassa, ajudando o agricultor na gestão da lavoura.
Que o diga a Sensix, uma das empresas brasileiras que prestam serviço para auxiliar o produtor na avaliação do desenvolvimento das plantas, cujas ferramentas se integram às funcionalidades da plataforma Climate FieldView™.
“Possibilitamos ao produtor calcular índices de vegetação que determinam a variabilidade de biomassa e o vigor da plantação”, afirma o engenheiro mecatrônico Carlos Ribeiro, CEO da Sensix.
Por meio de sua plataforma web FieldScan, a Sensix oferece a recuperação automática, a cada 5 dias, de imagens de satélite geradas pela Agência Espacial Europeia. Isso permite que o produtor ou o agrônomo faça o upload de imagens captadas com drones em suas propriedades.
De acordo com o CEO, esta tecnologia é capaz de consolidar imagens de satélite, drones e análises de solo no mesmo ambiente, gerando recomendações e insights de uma maneira prática e direta.
As informações dos talhões são obtidas a partir da captação de imagens por satélites e/ou drones, utilizando o espectro do infravermelho próximo (NIR).
“Por meio da análise de bandas, como o Infravermelho Próximo (NIR) e o Vermelho Limítrofe (RE), podemos medir o nível de biomassa e da atividade fotossintética do campo, indicando precocemente regiões com baixo vigor vegetativo”, explica Ribeiro.
Ele ainda cita que, em todos os mapas gerados pela plataforma, os níveis de acurácia estão sempre acima de 95%. Confira abaixo alguns exemplos de mapas gerados pela plataforma FieldScan:
A partir da integração com a Sensix, os produtores que utilizam a plataforma Climate FieldView™ têm à disposição mapas com maior frequência temporal.
Afinal, não há ocorrência de intervenções climáticas quando o processo de coleta das imagens é feito por drones.
Por isso, as imagens coletadas pelo Sensix são enviadas para o FieldView™, que recebe as informações sobre limite dos talhões e índices de vegetação.
“É que, com o uso de drones, o produtor tem condições de coletar imagens em praticamente qualquer dia e horário, sendo capaz de ter seu mapa no tempo correto para executar suas aplicações direcionadas. Com o satélite, nem sempre isso é possível, principalmente em períodos muito chuvosos”, sublinha Ribeiro.A integração de dados ocorre a partir do momento que as contas do produtor estejam conectadas.
“Desta forma, ele é capaz de exportar, imediatamente, mapas de drones e de satélites para o FieldView™”, salienta o executivo.
Ele ainda destaca que, em breve, os mapas de fertilidade de solo gerados pela Sensix também estarão disponíveis na integração.Essa integração permite que sejam enviados três padrões de biomassa para o FieldView™.
Entre os índices gerados pelo FieldScan estão: o NDVI, o NDRE e o RGB. Todos eles possibilitam maior assertividade na criação de prescrições manuais de aplicação e de fertilizantes.
Para Ribeiro, ao aliar os dados de alta frequência e a acionabilidade, com o mapeamento detalhado de operações agrícolas, o produtor passa a ter maior condição de tomar decisões assertivas e em tempo mais hábil, gerando mais economia e rentabilidade às suas operações.
Desta forma, o agricultor pode correlacionar as regiões de menor biomassa, apontadas pelos mapas do Diagnóstico FieldView™, com os diferentes índices vegetativos do FieldScan.
Assim, ele pode entender, com maior grau de detalhamento e resolução, cada uma das manchas no talhão.
O depoimento de um produtor de soja de Jataí, Goiás, comprova os benefícios da integração entre as plataformas.
Ao fazer a correlação entre os índices de vegetação e o mapeamento de população de plantas, gerado pelo FieldView, ele verificou que populações menores podem resultar em maior produtividade, permitindo a economia na compra de sementes.
Foi a partir do mapa detalhado oferecido pela Sensix que o produtor conseguiu identificar uma faixa no talhão com baixa biomassa. Com o FieldView™ Drive, o agricultor conseguiu utilizar o mapeamento para entender as causas desse problema do talhão. “Onde tínhamos menores populações, a biomassa era muito maior”, diz o produtor.
Depois disso, ele só precisou confirmar esta diferença no mapa de colheita, registrado pelo FieldView Drive, instalado em uma das colheitadeiras.
E aí ficou claro: “nos lugares em que tivemos índice vegetativo pior, e população maior, foi onde obtivemos menor produtividade”, relata o sojicultor.
Com esse exemplo, fica claro que o uso de uma plataforma de agricultura digital combinado com o monitoramento via satélite é fundamental para que o produtor rural identifique falhas no plantio e melhore os resultados da safra.
Por isso, quem ainda não investe nessas tecnologias, precisa experimentar os benefícios da agricultura digital.