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O mapa de aplicação é uma representação gráfica da área cultivada, gerada a partir de dados coletados por tecnologias de agricultura de precisão. Ele fornece uma visão detalhada da lavoura, informação que pode ser utilizada para otimizar diversas atividades relacionadas ao manejo agrícola.
Por isso, seu uso permite que o produtor tome decisões mais seguras, inteligentes e estratégicas que impactam o planejamento e execução das operações agrícolas. Como resultado, é possível reduzir custos, melhorar a eficiência operacional e aumentar a produtividade.
O processo de criação desse mapa envolve o uso de várias tecnologias agrícolas, como sensoriamento remoto, GPS agrícola e softwares para agricultura.
Boa leitura!
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Segundo o relatório Visão de Futuro da Embrapa, o setor agrícola brasileiro enfrentará décadas de desafios e oportunidades devido às mudanças climáticas e ao crescimento da população global.
Esse cenário exigirá uma produção agrícola mais eficiente e sustentável. Nesse contexto, a agricultura baseada em dados surge como uma solução estratégica, e o mapa de aplicação é uma ferramenta indispensável nesse processo.
Neste artigo, explicaremos o que é esse mapa, por que ele é importante e como o seu uso pode gerar resultados na lavoura hoje.
Os mapas de aplicação são representações gráficas de áreas cultivadas, geradas a partir de dados obtidos por tecnologias de agricultura de precisão. Eles podem ser utilizados com diferentes objetivos.
Um deles é identificar áreas da lavoura com características específicas, como solos férteis ou mais suscetíveis à erosão. Além disso, eles ajudam a ajustar a dosagem e o tipo de insumos aplicados em cada talhão, garantindo que cada planta receba exatamente o que precisa.
Essas ferramentas ajudam o produtor a tomar decisões mais seguras, inteligentes e estratégicas. Elas fornecem uma visão detalhada da lavoura, informação que pode ser utilizada para otimizar diversas atividades relacionadas ao manejo agrícola.
O agricultor pode usar esses instrumentos para identificar áreas que necessitam de maior atenção, como locais com maior infestação de pragas ou deficiência de nutrientes.
Com essa informação, ele pode melhorar o planejamento da lavoura, direcionando os recursos para onde são mais necessários.
Isso aumenta a eficiência operacional, reduz desperdícios, evita sobreposição de aplicações e melhora a qualidade do manejo agrícola. Como resultado, os custos de produção diminuem e a produtividade da lavoura aumenta.
O mapeamento tradicional é menos preciso e mais trabalhoso em comparação ao processo de mapeamento de aplicação. Ele é produzido manualmente baseado em informações coletadas em campo e observações visuais.
Isso torna o processo mais demorado, gerando inconsistências e perda de dados importantes. Por esse motivo, seu uso pode induzir o produtor ao erro, comprometendo o planejamento e execução das operações.
Já os mapas de aplicação são criados a partir da integração de dados coletados de diferentes fontes, como análise do solo e ferramentas da agricultura de precisão.
O processo de integração dessas informações e de geração desses mapas digitais é mais preciso, rápido e seguro. Por isso, ele facilita as tomadas de decisão de manejo, aumenta a eficiência do processo produtivo e reduz custos.
Existem diversos tipos de mapas de aplicação, que variam conforme o processo de mapeamento, os dados utilizados, as informações apresentadas e o objetivo final. Confira abaixo os principais tipos utilizados na lavoura:
Eles são representações gráficas detalhadas do planejamento do plantio, ou seja, da distribuição de sementes na área de cultivo. Esse mapeamento é baseado em dados obtidos a partir de análises do solo, condições climáticas, histórico da fazenda e características da cultura, entre outros fatores.
Esses dados são processados para gerar um mapa com recomendações sobre parâmetros que influenciam o plantio.
Isso ajuda o produtor a planejar e executar o plantio com maior precisão e segurança. Assim, ele melhora a distribuição de sementes, otimiza o uso do solo e de insumos, entre outras vantagens.
Eles indicam as variações na fertilidade do solo em diferentes áreas da lavoura. Essas ferramentas são criadas com base na análise de amostras de solo georreferenciadas, coletadas em pontos estratégicos da área de cultivo.
Com esse mapeamento, o produtor consegue aplicar fertilizantes em taxa variável, ajustando as doses às necessidades específicas de cada área.
Isso reduz o desperdício de insumos, evita a aplicação excessiva de produtos, diminui os custos de produção e ainda contribui para a manutenção da fertilidade do solo a longo prazo.
São utilizados para otimizar a aplicação de defensivos e outros insumos agrícolas. Eles são criados a partir da integração de diferentes camadas de dados, como topografia, vegetação, fertilidade e histórico de pragas e doenças.
Ele funciona como um guia visual que orienta a aplicação dos produtos inteligentemente, considerando parâmetros que influenciam no desenvolvimento das culturas.
Isso permite a aplicação exata de defensivo conforme as necessidades de cada área. Como resultado, é possível aumentar a eficiência do tratamento aplicado, evitar desperdícios e reduzir custos.
Ele ainda pode ser comparado ao mapa de produtividade para avaliar a eficácia dos tratamentos aplicados. Isso ajuda a identificar qual produto ou técnica trouxe melhores resultados, otimizando futuras aplicações.
O processo de criação de um mapa de aplicação pode variar de acordo com o tipo de mapa que o produtor deseja utilizar. Em geral, ele envolve pelo menos quatro etapas. Confira abaixo o passo a passo básico para criar essa ferramenta.
O primeiro passo é coletar dados relevantes para o mapeamento. O tipo de informação coletada dependerá do tipo de mapa que o produtor deseja criar, como mapas de semeadura e de pulverização.
As informações podem ser obtidas por meio de tecnologias como sensores, drones, imagens de satélite e amostragens georreferenciadas.
Os dados coletados precisam ser processados e integrados para gerar o mapa. Esse trabalho é feito com a ajuda de softwares específicos, como Sistemas de Informação Geográfica (SIG) ou plataformas de gestão agrícola.
O próximo passo é transferir os dados para o sistema, que organiza as informações em diferentes camadas, identificando padrões e variações na área de cultivo. Essa análise permite dividir a lavoura em zonas de manejo, regiões que compartilham características semelhantes.
Com a análise finalizada, o software gera uma representação gráfica que mostra as variações e padrões identificados. Em sistemas avançados, como o Climate FieldView™, esse processo pode ser automatizado.
Ele oferece um recurso chamado FieldView™ Drive, você permite a geração automática de diferentes tipos de mapas de aplicação.
A plataforma também oferece um recurso exclusivo chamado Tela Dividida, que permite a comparação de diferentes tipos de mapas e facilita a visualização de dados.
Conforme explicado, esse tipo de mapeamento exige a integração de dados coletados a partir de diferentes tecnologias da agricultura de precisão. Esses recursos são utilizados para coletar, analisar e interpretar as informações sobre a área de cultivo.
Confira a seguir uma lista com as principais tecnologias agrícolas utilizadas nesse processo:
Os mapas de aplicação fornecem informações precisas sobre a área de plantio, revelando variações e características que precisam ser consideradas durante o planejamento e a execução de operações na lavoura.
Esses dados orientam o produtor a tomar decisões mais seguras, inteligentes e estratégicas que impactam diferentes etapas do processo produtivo.
Na prática, essa ferramenta permite que o produtor tenha um controle muito maior sobre sua lavoura, otimizando os recursos, aumentando a produtividade e garantindo a sustentabilidade da produção.
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