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A Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é uma estratégia de produção agrícola que permite o cultivo da lavoura e de pastagem em uma mesma área.
Na prática, culturas como milho e soja são cultivadas em consórcio com plantas forrageiras, que garantem alimento para os animais, especialmente para o gado de corte.
Como resultado da sua implementação, o produtor reduz os custos operacionais, aumenta a fertilidade do solo, acelera a recuperação de áreas degradadas, melhora a sustentabilidade da lavoura, entre outros benefícios.
Porém, para aproveitar essas vantagens, é necessário entender e colocar em prática o passo a passo da implementação do sistema ILP, que inclui desde a avaliação da propriedade até o monitoramento da lavoura.
Boa leitura!
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O sistema de integração lavoura pecuária pode ser considerado uma verdadeira revolução no manejo da produção agrícola. Afinal, além de aumentar a produtividade e a rentabilidade da fazenda, ele é mais sustentável do que outros sistemas agropecuários.
Como resultado, ele atende às crescentes demandas por sistemas produtivos mais sustentáveis e viáveis a longo prazo. E essas nem são suas únicas vantagens.
Para te ajudar a entender mais sobre esse tema, neste artigo, você vai entender o que é integração lavoura pecuária, quais são seus benefícios, como implementar esse sistema e quais são suas oportunidades de mercado.
A Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é um sistema de produção agrícola que permite o cultivo da lavoura e de pastagem em uma mesma área.
Em outras palavras, ele promove o manejo integrado de culturas e pastagens, permitindo o uso inteligente dos recursos naturais e maximizando a produtividade da fazenda.
Isso é possível porque esse sistema exige que o produtor faça o consórcio entre culturas. Ou seja, ele pode cultivar a pastagem em consórcio com a lavoura de milho, algodão, soja, entre outras culturas adequadas às condições climáticas e ambientais da área de cultivo.
Na prática, esse sistema promove a diversidade biológica, a rotação e a consorciação de culturas, bem como a sucessão de atividades agrícolas e pecuárias em uma propriedade rural.
Como resultado, essa integração reduz os custos de produção, melhora a fertilidade do solo, aumenta o lucro do produtor, entre outros benefícios.
O funcionamento do sistema de integração lavoura pecuária depende da combinação entre o cultivo de grãos, como a soja e o milho, por exemplo, e a criação de animais, geralmente gado de corte.
Para criar esses animais, o produtor pode investir no cultivo de pastagens em sistemas de confinamento, cuja escolha depende das características da fazenda e dos objetivos do produtor.
E para que o cultivo simultâneo de pastagens e grãos seja colocado em prática, o produtor deve investir na rotação de culturas e no uso de pastagens consorciadas com gramíneas e leguminosas.
Dessa forma, é possível aumentar a qualidade do pasto, melhorar as condições para a criação dos animais, melhorar a produtividade da lavoura, entre outras vantagens.
Graças a essas características e aos benefícios associados à técnica, o sistema ILP têm se mostrado uma alternativa viável, rentável e sustentável para a produção agropecuária no Brasil e no mundo.
O Sistema de Integração Lavoura Pecuária geralmente está associado a benefícios como recuperação de áreas degradadas e aumento da fertilidade do solo.
Porém, essas não são suas únicas vantagens. Além dessas melhorias, o sistema ILP também promove outros benefícios para a produção agropecuária e, consequentemente, para o agricultor.
Conheça alguns deles a seguir:
Leia também: Como reduzir custos na lavoura de milho?
A integração lavoura-pecuária pode ser implementada de diferentes formas, que variam de acordo com os objetivos do produtor e as características da fazenda.
Apesar disso, é possível resumir o processo de implementação desse sistema em sete passos. Conheça cada um deles a seguir:
Antes de investir na integração lavoura pecuária, o produtor deve verificar se atende aos requisitos necessários para implementar esse sistema na sua propriedade.
Mas, quais são esses requisitos?
O primeiro deles está relacionado à disponibilidade de equipamentos e ferramentas para operar as atividades agrícola e pecuária na fazenda.
Se a principal atividade do produtor é a pecuária, ele precisa providenciar o maquinário necessário para o plantio e colheita de grãos, por exemplo, bem como a mão-de-obra necessária para o manejo de grãos.
Por outro lado, se o produtor tem como principal atividade a agricultura, ele deve providenciar a infraestrutura associada à pecuária.
Lembre-se de que tudo isso envolve investimento, planejamento e conhecimentos técnicos específicos. Por isso, também é recomendável buscar a orientação de profissionais capacitados na área.
Por que implementar o sistema de integração lavoura pecuária na sua fazenda? Além dos benefícios descritos anteriormente, o produtor precisa definir o que ele deseja alcançar ou realizar ao investir nesse sistema.
Essa decisão deve considerar os aspectos econômicos, sociais e ambientais associados a essa prática. A partir de então, é possível identificar quais culturas e animais são adequados para a associação nesse sistema.
O sucesso da implementação do sistema ILP exige que o produtor escolha culturas e pastagens compatíveis com as condições climáticas, ambientais e de ocupação da área da fazenda.
Por esse motivo, antes de definir as culturas e animais que serão utilizados nesse sistema, é fundamental que o produtor avalie as características da área de cultivo e pastoreio.
Para isso, o ideal é fazer as seguintes avaliações:
A rotação de cultura é considerada um dos pilares do sistema ILP. Por isso, a adoção dessa técnica deve ser feita com cuidado, considerando as características da propriedade e os objetivos do produtor.
Dessa forma, será mais fácil escolher as culturas que serão cultivadas, o cronograma agrícola e os métodos de manejo.
O planejamento da implementação do sistema ILP também exige a definição do momento certo para o plantio das culturas destinadas à consorciação.
Esse momento deve considerar tanto as condições climáticas e do solo da fazenda, quanto às características dos cultivares e os registros de pragas e doenças comuns na região.
Depois disso, o produtor deve definir se fará o consórcio da planta forrageira, ou seja, do pasto, na primeira ou na segunda safra.
Na primeira safra, o produtor terá um pasto com crescimento rápido e mais matéria seca, uma vez que ele será plantado em um clima mais quente e com baixo (ou nenhum) estresse hídrico.
Por outro lado, se o produtor optar pelo consórcio da forragem com a cultura de segunda safra, ele terá uma produção menor de pastagem.
Em compensação, ele produzirá duas safras de forma simultânea na mesma área, aumentando sua rentabilidade e a disponibilidade de alimento para os animais.
Vale lembrar que o produtor deve ter pasto ou ração suficiente para suprir a alimentação do rebanho enquanto a próxima safra de forrageira se desenvolve.
O próximo passo é tirar os planos do papel. Lembre-se de que a semeadura da forrageira pode ser feita ao mesmo tempo que o plantio de grãos ou até um período depois.
Além disso, certifique-se de acompanhar o desenvolvimento das culturas para fazer os ajustes necessários no sistema.
O monitoramento da lavoura deve ser uma prática constante na rotina de fazendas que adotam o sistema ILP.
Afinal, esse acompanhamento permite a avaliação frequente do desempenho e do desenvolvimento da lavoura e da pastagem, permitindo que o agricultor faça os ajustes necessários para aumentar a eficiência do sistema.
Além disso, o monitoramento também permite que o produtor tome decisões mais assertivas para controlar infestações e plantas daninhas, bem como fazer o manejo adequado de quaisquer problemas que possam surgir ao longo do ano-safra.
A implementação do sistema de integração lavoura pecuária ainda é desafiadora para muitos produtores brasileiros.
Isso porque esse sistema é mais complexo do que outras formas de manejo, exige mais conhecimento técnico, bem como investimentos, tecnologias agrícolas e um elevado investimento inicial.
Mesmo assim, o sistema ILP tem se mostrado uma importante estratégia de eficiência produtiva e de competitividade, uma vez que ele aumenta a sustentabilidade da produção agropecuária.
E considerando que o uso de práticas e tecnologias sustentáveis na agricultura é cada vez mais valorizado pelo mercado global, esse tipo de manejo integrado permite que o produtor atenda a exigência dos mercados internacionais e se prepare para o futuro.
Afinal, a tendência é que a pressão por métodos conservacionistas e sustentáveis aumente na mesma proporção que os impactos das mudanças climáticas e os problemas ambientais ganham força.
Diante disso, o investimento no sistema ILP pode ser transformado numa oportunidade para o produtor ganhar uma vantagem competitiva frente aos concorrentes.
O processo de implementação do sistema ILP exige a utilização de técnicas e estratégias que precisam ser integradas e colocadas em prática de forma assertiva e eficiente. Caso contrário, o produtor pode acumular grandes prejuízos na fazenda.
Para evitar esse problema e aumentar a eficácia do sistema ILP, o produtor deve investir em tecnologias e ferramentas associadas à agricultura de precisão e à digitalização do campo. E o software de gestão agrícola é uma das ferramentas tecnológicas mais adequadas para esse caso.
Com o apoio do Climate FieldView™, plataforma de agricultura digital da Bayer, o produtor consegue reunir, armazenar, integrar e processar diversos dados agronômicos.
Isso é possível graças aos recursos de inteligência artificial, ciência de dados, entre outros elementos que aumentam a capacidade de análise desse programa.
Como resultado, o Climate pode ser usado para gerar mapas agrícolas e relatórios, fazer diagnósticos, monitorar a plantação, entre outras funções.
Assim, fica mais fácil implementar e aumentar a eficiência do sistema ILP na sua fazenda.
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