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O estresse hídrico na lavoura ocorre quando a necessidade de água das plantas supera a quantidade disponível no solo. Também conhecido como escassez hídrica, esse problema pode ser causado por vários fatores, como falta de chuvas e práticas agrícolas inadequadas.
Os impactos da falta de água na plantação variam conforme o tipo de cultura e o estágio de desenvolvimento. Em lavouras de soja e milho, por exemplo, os efeitos incluem a queda na produção e na qualidade dos grãos.
Para evitar esses problemas, o produtor deve adotar práticas de manejo que melhorem o aproveitamento da água no solo. Entre as estratégias recomendadas estão o uso de sistemas de irrigação eficientes e a realização de testes híbridos para selecionar cultivares mais resistentes à seca.
Boa leitura!
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A produtividade da safra é impactada por diversos fatores, incluindo as condições climáticas. Variações no regime de chuvas e nas temperaturas, por exemplo, podem causar o chamado estresse hídrico na lavoura.
O aumento de fenômenos como El Niño e La Niña têm intensificado esse problema, que ocorre principalmente devido à seca. As consequências para o setor agrícola podem ser devastadoras.
A estiagem prolongada que afeta o Brasil em 2024, por exemplo, deve elevar os custos de produção e a reduzir a produtividade das lavouras. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a seca em plantações já causou prejuízos de R$ 1,1 bilhão para a região Norte do país.
Para mitigar esses prejuízos, o produtor precisa adotar estratégias que aumentem a resistência das lavouras à escassez hídrica. Neste artigo, explicaremos as melhores práticas para alcançar esse objetivo.
O estresse hídrico na agricultura, também chamado de escassez hídrica, ocorre quando a demanda das plantas por água é maior do que a quantidade disponível no solo.
Com isso, o volume hídrico disponível para o desenvolvimento da lavoura se torna insuficiente para atender às necessidades das plantas.
A escassez hídrica pode ser causada por vários fatores, sendo o principal deles a ausência ou distribuição irregular das chuvas, resultando em períodos prolongados de seca.
Esse problema tem se agravado por conta de fenômenos como o El Niño e o La Niña, que elevam as temperaturas em determinadas regiões e alteram os padrões de precipitação, intensificando os períodos de seca e causando prejuízos aos produtores.
Além disso, o tipo de solo, o sistema radicular das plantas e o processo de evapotranspiração influenciam a disponibilidade hídrica. O manejo inadequado do solo também contribui para o déficit hídrico.
Os impactos da falta de irrigação e do estresse hídrico incluem a queda da produtividade agrícola, o aumento da vulnerabilidade a pragas e doenças e, em casos extremos, a morte das plantas. Outros efeitos específicos variam conforme o tipo de cultura e a fase de desenvolvimento da planta.
Confira a seguir os impactos do déficit hídrico nas lavouras de soja e milho, duas das principais commodities produzidas no país:
O déficit hídrico afeta a cultura da soja em todas as fases de desenvolvimento, desde a germinação até a maturação dos grãos.
A oleaginosa precisa de 450 a 800 mm de água ao longo de seu ciclo para crescer de forma saudável, e qualquer redução nesse fornecimento compromete processos vitais. Na fase inicial de germinação, a falta de água dificulta a absorção pela semente, prejudicando a emergência das plantas.
À medida que as necessidades hídricas da cultura aumentam, especialmente nas fases de floração e enchimento de grãos, a falta de água reduz a fotossíntese e a respiração da planta.
Os impactos mais evidentes desse déficit são a redução do crescimento e da área foliar disponível para fotossíntese. A produtividade também pode ser afetada. Isso porque a falta de água durante a fase crítica de floração e enchimento de grãos pode causar o abortamento de flores e vagens.
Além disso, ela pode resultar em grãos menores, mais leves e com maior teor de grãos verdes, comprometendo a qualidade final da colheita.
Os impactos do déficit hídrico na cultura do milho variam conforme a fase de desenvolvimento da planta. Durante a germinação e emergência, as necessidades hídricas são menores (1,5 a 3 mm por dia), já que o milho ainda não possui área foliar extensa.
Ainda assim, a falta de água nessa fase reduz a absorção de água pela semente, atrasando a emergência das plântulas e resultando em uma germinação mais lenta e irregular.
Na fase entre seis folhas expandidas (V6) e o florescimento (VT), as demandas hídricas do milho aumentam para cerca de 4,5 a 7 mm diários. A escassez de água nesse estágio afeta o desenvolvimento das espigas e o crescimento geral da planta.
Porém, o período mais crítico é o de pendoamento-espigamento. Nesse estágio, a escassez hídrica prejudica a polinização, reduzindo a fecundação e, consequentemente, o número de grãos por espiga.
O estresse hídrico ocorre quando a demanda por água é maior do que a quantidade disponível na região ou quando a qualidade da água é tão baixa que a torna inadequada para uso.
Conforme explicado, esse fenômeno é comum em áreas com pouca chuva ou em períodos de seca prolongada, quando recursos hídricos, como rios, lagos e reservatórios, tendem a secar.
Além disso, ele pode ser causado pela poluição de rios e lagos. Mesmo que haja volume suficiente de água, esses recursos se tornam impróprios para a agricultura quando contaminados.
Para evitar o estresse hídrico na lavoura, o produtor deve investir em estratégias de manejo e planejamento, focadas na otimização do uso da água no solo. Confira a seguir algumas práticas eficazes para prevenir esse problema.
Práticas como rotação de culturas, plantio direto e culturas de cobertura ajudam a melhorar a infiltração da água no solo e a manter a umidade na superfície. Além disso, essas medidas aumentam a matéria orgânica disponível e reduzem o processo de evaporação do terreno.
Esse tipo de sistema utiliza tecnologias de irrigação que permitem a aplicação precisa e localizada do volume de água necessário para cada ponto da lavoura.
Ele também possibilita o monitoramento da umidade do solo e ajustar a irrigação conforme a necessidade da planta e as características do terreno. Isso evita desperdícios e garante que a planta tenha acesso aos recursos hídricos necessários para o seu desenvolvimento.
O produtor deve planejar o plantio para que a fase de maior consumo de água da cultura coincida com os períodos de maior disponibilidade hídrica na região.
Para isso, ele pode avaliar o histórico climático local, a previsão do tempo, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e as fases de maior sensibilidade da cultura à falta de água.
Outra estratégia importante é investir em cultivares mais tolerantes à seca, já que isso reduz o risco de perdas de produtividade causados por estresse hídrico.
Para garantir que uma variedade é adequada às condições climáticas da região, o produtor pode realizar testes híbridos. Esses experimentos avaliam o desempenho de diferentes cultivares em condições de estresse hídrico.
Isso permite que o produtor identifique as que demonstram maior tolerância à seca, ou seja, que podem se desenvolver bem com menor quantidade de água.
Assim, é possível reduzir os impactos da escassez hídrica, proporcionando maior segurança e estabilidade à produção, mesmo em safras marcadas pela seca e altas temperaturas.
Esse tipo de teste pode ser executado com diferentes metodologias, em campo ou sob condições controladas. Para uma execução eficiente, é importante que o produtor utilize um software de gestão agrícola, como o Climate FieldViewTM, a plataforma de agricultura digital da Bayer.
O FieldViewTM facilita a condução de testes híbridos por meio de ferramentas para planejamento de áreas experimentais, coleta de dados em tempo real e análise de resultados.
A plataforma ainda gera mapas de produtividade que ajudam a identificar o desempenho de cada híbrido ao longo da área de teste, facilitando o entendimento das respostas das cultivares às diferentes condições ambientais. Por isso, o FieldViewTM torna a avaliação de híbridos mais eficiente e precisa.
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