5 funcionalidades da agricultura digital para defensivos

Por Equipe FieldView™ em 30/11/2020 17:51:10

Um dos maiores desafios do agricultor é ser assertivo no manejo de pragas, daninhas e doenças. Mas, com os dados gerados pelas plataformas digitais, essa missão pode se tornar menos desafiadora e eficiente, o que tende a ser decisivo para a rentabilidade do negócio

Trator pulverizando na plantação

As ferramentas digitais podem fazer muita diferença no gerenciamento das aplicações no campo

 

A pulverização de defensivos agrícolas é fundamental para proteger a planta da infestação de daninhas, pragas e doenças, o que pode ser determinante para o desenvolvimento da cultura.

Mas não basta aplicar o produto na área. É necessário fazê-lo com excelência. “A técnica de aplicação do defensivo agrícola tem como premissa básica colocar um princípio ativo de prateleira no alvo, com a máxima eficiência, usando o menor custo de energia possível e de maneira a não contaminar o meio ambiente”, sintetiza Wagner Justiniano, engenheiro agrônomo do time de desenvolvimento de mercado da Bayer.

Para obter o melhor resultado com a pulverização, uma boa pedida é utilizar-se da agricultura digital. Mas como a inovação pode contribuir com a qualidade da aplicação? Conheça diferentes funcionalidades digitais que ajudam o produtor a superar os desafios dessa operação, minimizando riscos e contribuindo com uma aplicação mais sustentável.

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A agricultura digital trouxe um salto de qualidade à aplicação de defensivos

Antes de conhecer estas funcionalidades, é importante destacar o quanto a agricultura digital foi um divisor de águas na vida do produtor rural ao apoiá-lo diante de um grande obstáculo da produtividade na lavoura: o controle de daninhas, pragas e doenças.

“Até o surgimento da agricultura digital, éramos muito ineficientes na aplicação de defensivos. Muitas vezes, por algum erro na operação ou por não se dispor de muitas informações, colocava-se uma grande quantidade de princípio ativo na área”, comenta o engenheiro do time de desenvolvimento de mercado da Bayer.

Com as informações disponibilizadas ao agricultor pelas diversas tecnologias, softwares e soluções disponíveis no mercado, hoje é mais fácil gerir as operações na lavoura. Ao se lembrar das dificuldades enfrentadas no passado, Justiniano menciona o quanto sempre foi complexo registrar a velocidade do pulverizador nos diferentes talhões da fazenda. “Agora, com as ferramentas digitais, tenho condição de acompanhar a velocidade e a taxa de aplicação do equipamento em cada metro quadrado da área. Isso ajuda a tomar decisões e a ser mais assertivo nas técnicas de controle.”

Quando não tinha o suporte da agricultura digital para a pulverização, o produtor, via de regra, que definia uma operação “padrão” para os talhões da área, segundo Guilherme Scafi, especialista de engajamento da Climate FieldView.

“Ele definia uma taxa média de produto e o aplicava na área toda. Essa prática fazia com que talhões que precisassem de mais ou menos produtos não tivessem a quantidade adequada, causando perda de produtividade final ou consumo maior de produtos, o que influencia diretamente no custo”, relata.

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Funcionalidades da agricultura digital que otimizam o desempenho da pulverização

“A agricultura digital ajuda o produtor de diferentes maneiras na pulverização de sua lavoura”, salienta Scafi. Desde o preparo, permitindo a análise de mapas e do histórico da área, até o acompanhamento em tempo real da operação, verificando se está ocorrendo tudo conforme planejado. 

Oferece ao agricultor um conjunto de dados confiáveis e com agilidade, o que possibilita decisões mais assertivas. Confira a seguir 5 soluções da agricultura digital que podem ajudar a otimizar o desempenho das aplicações de defensivos agrícolas.

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1) A utilização de drones e aviões na pulverização

Na agricultura digital, o céu é o limite. Inclusive quando o assunto é pulverização. Não é por acaso que drones têm sido bastante usados na aplicação de fitossanitários ao redor do mundo, especialmente na China, onde mais de 30 mil equipamentos deste tipo têm feito aplicações em diferentes culturas. 

No Brasil, o uso desta tecnologia ainda está no começo, mas o potencial é grande. “Acho que, em um futuro não tão distante, sua utilização será algo comum e, certamente, trará muitos benefícios”, comenta Scafi.

Para Justiniano, esta tecnologia apresenta inúmeras vantagens, e não só na pulverização. Também como ferramenta para controle biológico e para captura de imagens. Na visão de Alessandra Barreto, gerente de serviços da Coopercitrus, os gastos com insumos são reduzidos em até 80% com o uso de drones na pulverização. Justiniano acredita que a alternativa tende a ser mais viável para pequenos e médios agricultores.

Já para grandes áreas, quando se fala em aplicação aérea, o uso de aviões ainda é mais competitivo, de acordo com ele. E a atuação crescente de uma plataforma digital nas lavouras brasileiras, a Perfect Flight, comprova a competitividade deste modelo de aplicação. 

Empresa especializada em gestão e rastreabilidade de pulverizações aéreas, utiliza o Perfect Flight App para gerar relatórios de análises de custos das aplicações, bem como mapas de cobertura e de áreas de sobreposição e erro. Por estarem armazenados na nuvem, esses mapas podem se acessados por qualquer dispositivo com acesso à internet.

Integrada com FieldView™ via Data Inbox, a Perfect Flight permite a importação das camadas de dados geradas na pulverização realizada por aviões. A sinergia entre essas duas plataformas facilita a avaliação da performance da aplicação aérea, uma vez que são inseridas marcações georreferenciadas nas áreas em que a pulverização ocorreu, e é possível correlacionar os mapas de cobertura (aplicação) da Perfect Flight com os mapas do Diagnóstico FieldView

Assim, fica mais fácil identificar pontos de variabilidade de biomassa e possíveis efeitos de fitotoxidez na área pulverizada, sendo possível direcionar medidas de correção com a aplicação de fertilizantes foliares e estimulantes.

Além disso, essa parceria ajuda a priorizar as áreas que precisam ser pulverizadas com aviões, utilizando principalmente dados históricos de operações.

Drones regando a plantação

Drone aplicando defensivos em lavoura de milho

 

2) Análise de dados das safras passadas otimiza o planejamento da pulverização 

Ao longo da safra, o produtor toma diversas decisões que têm impacto sobre a lavoura. Mas, com o passar do tempo e sem a facilidade de registrar tudo em um único lugar, muitas vezes o resultado das escolhas feitas nas últimas safras podem se perder ou o produtor pode não ter onde consultar para saber os manejos já adotados em determinada área. 

Essa limitação é passado! A exemplo de Climate FieldView, da Bayer, plataforma de agricultura digital que apresenta em suas funcionalidades a possibilidade de armazenar inúmeras informações, relatórios e mapas, oferecendo ao produtor o histórico de todas as operações já implementadas em um talhão, inclusive de pulverização.

A avaliação desses dados históricos, e sua correlação com mapas de colheita e de análise de solo, ajuda o produtor a se preparar para a pulverização de determinada área. “Isto permite entender melhor os antecedentes de um talhão e identificar as ‘zonas problemáticas’”, observa Scafi. 

A partir dos mapas e imagens do Diagnóstico FieldView, o produtor consegue verificar a presença de manchas persistentes na área. Essa análise ajuda a priorizar pontos a serem visitados no monitoramento, contribuindo com a identificação de doenças e pragas.

A plataforma Climate FieldView™ pode encaminhar ao produtor, inclusive, notificações automáticas periodicamente, evidenciando talhões com maior variabilidade de desenvolvimento e, por isso, que precisam ser monitorados o mais rápido possível. No local de infestação, é possível fazer marcações georreferenciadas, além de registrar anotações e armazenar fotos tiradas in loco

A partir desses dados obtidos na lavoura e com o apoio dos mapas e imagens do Diagnóstico FieldView, o agricultor tem condições de realizar uma pulverização mais assertiva.

Imagem de tablet com o relatório de taxa de aplicação do talhão

Mapa de monitoramento da pulverização

 

3) Prescrição customizada de aplicações para cada parte do talhão

No planejamento da aplicação, outra funcionalidade relevante da plataforma da Bayer e chave para um planejamento da aplicação são as Prescrições Manuais de Pulverização para cada parte do talhão a partir das informações levantadas no monitoramento da lavoura. 

Dessa forma, é possível gerar um Mapa de Taxa Variável, definindo zonas de manejo conforme a necessidade de cada área. Ou seja, pode-se preparar uma prescrição customizada para cada aplicação. 

“Isso faz com que a operação seja mais eficiente, porque, basicamente, o pulverizador vai ‘ler’ estes mapas de taxa variável para executar o trabalho, aplicando o que for definido para cada zona de manejo”, diz o especialista de engajamento da companhia. 

 

4) Dados sobre clima e condições meteorológicas

Com o planejamento da aplicação realizado, o agricultor já pode pulverizar? Não antes de acessar informações sobre a previsão do tempo, como as que são disponibilizadas pela plataforma: previsão climática por talhão ou Radar Meteorológico

“Assim, ele pode acompanhar todas as variáveis do clima e verificar o momento correto de pulverizar, evitando perdas ou deriva do produto”, sublinha Scafi. É a tecnologia a favor de uma aplicação mais sustentável de defensivos no campo.

Essa funcionalidade permite verificar a previsão de chuvas das próximas quatro horas, bem como o acumulado de precipitação das últimas 24 horas. Dessa forma, o produtor tem subsídios para realizar da melhor maneira a sua pulverização.

 

Nova call to action

 

5) Mapear e acompanhar a aplicação em tempo real

Quando a pulverização se inicia efetivamente, toda a operação pode ser mapeada por ferramentas da agricultura digital, como FieldView™ Drive – dispositivo que, acoplado à porta cam do pulverizador, coleta dados agronômicos dos maquinários e gera mapas em tempo real enquanto o equipamento está em curso. 

Com esse dispositivo, o produtor pode, inclusive, verificar detalhes do equipamento: se os bicos estão pulverizando na taxa desejada, se algum bico está entupido ou se existe algum outro problema na operação. 

Também é possível conferir, durante a operação, se a velocidade de pulverização é a recomendada, evitando problemas como deriva de produtos e redução da eficiência da aplicação. 

A plataforma possibilita ainda registrar os insumos que estão sendo utilizados no momento da aplicação e acompanhar os Mapas de Vazão, permitindo identificar se, em algum ponto do talhão, o defensivo não foi aplicado ou recebeu vazão diferente da planejada.

Além disso, durante a pulverização, é possível usar o Remote View, funcionalidade pela qual o agricultor tem condições de acompanhar, pelo próprio celular, os detalhes da operação que acontece no campo. “Mesmo de longe, ele pode ter maior segurança de que a pulverização está ocorrendo conforme esperado”, ressalta Scafi.

Ao final de cada pulverização, a ferramenta digital emite um Resumo da Aplicação, registrando a temperatura, a direção do vento, entre outras informações que podem ser interessantes para análises futuras. 

A agricultura digital pode ter contribuição decisiva não apenas na qualidade da aplicação, como também no desenvolvimento futuro da cultura. “É que, com essa ferramenta, o produtor tem condições de corrigir um problema no exato momento em que o mesmo for detectado, evitando que isso tenha reflexo lá na frente, na evolução da lavoura”, pontua Scafi.

Imagem de satélite do relatório de aplicação do talhão

Relatório de pulverização do FieldView™ Cab

 

Utilizar a agricultura digital na pulverização pode resultar em maior rentabilidade 

O bom uso da agricultura digital na pulverização permite ao produtor fazer um investimento mais assertivo na proteção da cultura, diminuindo os custos de produção com defensivos, maquinário, hora-máquina, e aumentando a eficiência da pulverização, destaca Scafi. “O resultado é uma aplicação mais eficiente, ajudando a obter maior produtividade”, diz.

E cada vez mais agricultores de diferentes regiões do país estão descobrindo os benefícios das diferentes funcionalidades da agricultura digital. Em Rio Verde (GO), a engenheira agrônoma Patrícia de Faria Dias, gerente da Sementes Vitória, afirma que o uso das ferramentas digitais trouxe resposta para várias de suas perguntas na gestão da lavoura. 

Com a adoção da agricultura digital, “obtive maior visibilidade da qualidade das aplicações na fazenda. Consigo ver facilmente se a dosagem está correta, se o pulverizador andou na velocidade recomendada ou se alguma área teve falha na aplicação”.

De acordo com ela, utilizar FieldView™ melhorou muito a qualidade das aplicações na propriedade. “Esta plataforma me dá segurança para saber o que está acontecendo no campo e para avaliar meus investimentos. Não adianta você ter o melhor produto e não atingir o alvo: se o investimento for errado, vai deixar parte da área descoberta e a planta vai ficar desprotegida”, esclarece.

 

CONFIRA AINDA: Afinal de contas, o que é a Agricultura Digital e Agricultura 4.0?

 

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