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Pegada de carbono na agricultura: como reduzir e impactos

Escrito por Equipe FieldView™ | 22/01/2024 13:49:46

A pegada de carbono de agricultura se refere ao volume de gases de efeito estufa emitidos ao longo das etapas da cadeia de produção agrícola. Esse indicador pode ser reduzido desde que o produtor adote práticas sustentáveis na lavoura

Uso de dados no campo

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A pegada de carbono na agricultura é um indicador que revela a quantidade de gases do efeito estufa (GEE) emitidos durante o processo de produção agrícola.

Ao adotar práticas sustentáveis no campo, os produtores contribuem para reduzir essa pegada, viabilizar a produção de alimentos a longo prazo e reverter o quadro de mudanças climáticas.

Em outras palavras, a agricultura não deve ser vista como uma vilã na produção de GEE, mas como parte da solução desse problema.

Afinal, os produtores podem calcular a pegada de carbono na lavoura e utilizar esse dado para orientar a adoção de estratégias de agricultura sustentável na fazenda.

Dessa forma, é possível aumentar o sequestro de carbono no solo, tornar a cadeia de produção agrícola mais eficiente e sustentável e ainda garantir benefícios econômicos ao produtor.

Boa leitura!

 

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A pegada de carbono é um indicador que revela o volume de gases do efeito estufa (GEE) produzidos em função de atividades humanas. Essa expressão foi criada na década de 1990, pelos pesquisadores William Rees e Mathis Wackernagel.

Inicialmente, seu objetivo era apenas quantificar o excesso de dióxido de carbono (CO2), gás conhecido por causar a poluição do ar, a chuva ácida e o desequilíbrio no efeito estufa. Hoje, seu conceito é mais amplo.

Afinal, além de rastrear a produção de CO2, seu objetivo também é medir outros compostos que podem ser nocivos quando produzidos em excesso, como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os perfluorados (PFCs).

Até o momento, as pesquisas apontam que a agricultura é um dos principais setores que contribuem para a produção desses gases.

Apesar disso, o setor não deve ser visto como vilão, mas como parte da solução para aumentar o sequestro de carbono e reverter o quadro de mudanças climáticas.

Para isso, o primeiro passo é entender o que é a pegada de carbono na agricultura, quais estratégias o produtor pode utilizar para reduzir a emissão de GEE na lavoura e como isso pode beneficiá-lo.

Continue a leitura para entender cada um desses tópicos!

A pegada de carbono é um indicador que revela o volume de gases do efeito estufa (GEE) produzidos em função de atividades humanas. Essa expressão foi criada na década de 1990, pelos pesquisadores William Rees e Mathis Wackernagel. 

Inicialmente, seu objetivo era apenas quantificar o excesso de dióxido de carbono (CO2), gás conhecido por causar a poluição do ar, a chuva ácida e o desequilíbrio no efeito estufa. Hoje, seu conceito é mais amplo. 

Afinal, além de rastrear a produção de CO2, seu objetivo também é medir outros compostos que podem ser nocivos quando produzidos em excesso, como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os perfluorados (PFCs).

Até o momento, as pesquisas apontam que a agricultura é um dos principais setores que contribuem para a produção desses gases. 

Apesar disso, o setor não deve ser visto como vilão, mas como parte da solução para aumentar o sequestro de carbono e reverter o quadro de mudanças climáticas.

Para isso, o primeiro passo é entender o que é a pegada de carbono na agricultura, quais estratégias o produtor pode utilizar para reduzir a emissão de GEE na lavoura e como isso pode beneficiá-lo.

Continue a leitura para entender cada um desses tópicos!

 

O que é a pegada de carbono na agricultura?

Milho sobre palhada 

 

A pegada de carbono na agricultura se refere à quantidade total de GEE emitidos direta ou indiretamente durante o processo de produção agrícola.

Esses gases são liberados durante atividades como uso de fertilizantes, queima de combustíveis fósseis, desmatamento, gestão do solo e outros aspectos relacionados ao manejo da lavoura.

 

Por que o agricultor deve se preocupar com isso?

O aumento da emissão de gases do efeito estufa é considerado o principal responsável pela elevação da temperatura do planeta, movimento conhecido como aquecimento global.

A redução da biodiversidade e o aumento de ocorrências de eventos climáticos extremos, como estiagens e chuvas intensas, são algumas das principais consequências dessa mudança na temperatura.

Além de impactar a qualidade de vida e a rotina da população, essas consequências podem prejudicar até mesmo a produtividade das lavouras, colocando em risco a produção global de alimentos.

Empresas, governos e consumidores estão cada vez mais preocupados com esse cenário. Por isso, elas têm aumentado a pressão pela adoção de práticas sustentáveis em todos os setores produtivos, incluindo a agricultura.

Nesse contexto, os produtores que adotam práticas sustentáveis com baixa pegada de carbono se destacam.

Além de garantir a manutenção da produção agrícola a longo prazo, essas práticas ajudam o agricultor a melhorar sua reputação no mercado e até a obter certificações que destacam seu compromisso ambiental.

Isso é essencial tanto para garantir uma gestão alinhada com práticas do ESG no agronegócio, quanto para acessar mercados mais exigentes e conseguir benefícios fiscais. Por exemplo, o Plano Safra 2023/24 oferece vários benefícios aos produtores que adotam práticas sustentáveis na fazenda.

Em outras palavras, investir na gestão da pegada de carbono na lavoura é fundamental para tornar a fazenda mais sustentável e se manter alinhado às demandas do mercado. Desse modo, o produtor aumenta sua competitividade, agrega valor aos seus produtos agrícolas e ainda aumenta sua renda.

 

Quais os principais impactos ambientais da produção agrícola?

Plantio direto de soja

 

Para entender a importância da pegada de carbono na lavoura, é importante lembrar quais os principais impactos ambientais associados à atividade agrícola. Afinal, a pegada de carbono também é resultado deles.

Os estudos revelam que a agricultura impacta o meio ambiente significativamente em, pelo menos, três frentes.

Um deles é a redução dos recursos hídricos, muitas vezes associada a irrigação intensiva e inadequada. Isso porque a prática agrícola exige grandes quantidades de água para garantir o bom desenvolvimento da lavoura.

Para se ter uma ideia, estima-se que 70% da captação mundial de água doce seja utilizada apenas para a agricultura.

Um dos motivos que explicam esse número é que muitos produtores ainda não adotam tecnologias que permitam uma irrigação inteligente, tornando o consumo e o desperdício desse recurso mais elevado.

Problemas relacionados ao uso do solo também estão associados à atividade agrícola. Afinal, algumas operações e estratégias utilizadas no preparo da área de cultivo podem causar a degradação do solo e a liberação de GEE na atmosfera.

Nesse processo, pode ocorrer a erosão do solo e a liberação de grandes quantidades de carbono armazenado no terreno.

No entanto, é possível mitigar esses impactos por meio da adoção de estratégias da agricultura sustentável, medida que também é fundamental para aumentar o sequestro de carbono no solo.

Outro impacto ambiental associado à agricultura é a poluição do solo e da água. Esse problema é causado principalmente pelo uso indiscriminado de defensivos agrícolas e pelo descarte inadequado de resíduos.

Esses problemas podem ser evitados quando o agricultor adota tecnologias e práticas sustentáveis, como aquelas associadas à fazenda inteligente e à agricultura regenerativa.

Ou seja, reduzir os impactos ambientais da agricultura e a pegada de carbono na lavoura é possível, desde que o produtor saiba usar os recursos e práticas certas a seu favor.

 

Como calcular a pegada de carbono na lavoura?

CRÉDITO EMBRAPA - Área com cultivo de nabo forrageiro

 

Calcular a pegada de carbono na lavoura é o primeiro passo para identificar quais práticas sustentáveis devem ser implementadas na lavoura para reduzir a emissão de GEE. Afinal, esse cálculo facilita a identificação das etapas de manejo em que a emissão de gases de efeito estufa são maiores.

Para fazer esse cálculo, o primeiro passo é identificar as principais fontes de emissão de GEE ao longo do processo de produção agrícola. Por exemplo, fertilizantes, combustíveis para maquinário, eletricidade, processo de gestão de resíduos, entre outros.

Em seguida, o produtor deve fazer o levantamento da quantidade utilizada de cada uma dessas fontes. Ou seja, ele precisa obter dados precisos sobre o uso de todos os insumos utilizados na lavoura.

Lembrando que é importante avaliar os insumos utilizados não apenas na produção, mas também durante a logística, o transporte, utilização desses produtos e descarte.

Essas informações são necessárias para criar um inventário completo do ciclo de vida da lavoura. Depois disso, o produtor pode lançar esses dados em uma Calculadora de Pegada de Carbono, considerada a estratégia mais fácil e precisa para fazer esse tipo de análise.

No Brasil, o agricultor pode utilizar a calculadora Footprint PRO Carbono, criada especialmente para atender as demandas do produtor brasileiro. A ferramenta foi co-desenvolvida pela Bayer e Embrapa Meio Ambiente. O diferencial da calculadora desenvolvida é levar em consideração as diferenças da agricultura praticada em áreas tropicais e subtropicais.

 

Como reduzir a pegada de carbono na agricultura?

Não basta calcular a pegada de carbono. O produtor precisa usar esse resultado para orientar o investimento em medidas de neutralização do carbono na produção agrícola.

Para isso, ele pode combinar a adoção de diferentes práticas e tecnologias, tais como:

A combinação dessas práticas com as ferramentas da agricultura digital, como o Climate FieldView, plataforma digital da Bayer, é fundamental para tornar a lavoura mais sustentável.

Assim, o produtor melhora a saúde do solo, aumenta a produtividade e rentabilidade da safra, pode ingressar no mercado de carbono e ainda contribui para a preservação do planeta.

Veja como o Climate FieldView ajuda o produtor a melhorar a produtividade e sustentabilidade da fazenda!