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O mapa de híbridos é uma representação visual e detalhada de uma área de plantio, que reúne informações detalhadas sobre diferentes cultivos.
Ele ajuda o agricultor a escolher os melhores cultivares para cada área da propriedade, considerando as características de cada talhão e os diferentes tipos de híbridos disponíveis no mercado.
A ferramenta também facilita a análise de dados agrícolas, aumenta a produtividade e melhora a gestão de insumos. Para fazer esse mapeamento, o produtor precisa coletar e processar dados com o auxílio de tecnologias da agricultura de precisão.
O ideal é integrar os resultados de testes de híbridos a essa ferramenta. Essas avaliações podem ser conduzidas com o apoio de softwares agrícolas, que facilitam a identificação do cultivar mais adequado para a fazenda.
Boa leitura!
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Os híbridos são cultivares desenvolvidos a partir do cruzamento entre diferentes linhagens de plantas. Esse processo visa combinar características vantajosas, como maior resistência a pragas e maior produtividade, resultando em descendentes com desempenho superior ao dos progenitores.
Por conta desses benefícios, o desenvolvimento de novos híbridos vem ganhando destaque no país, ampliando a variedade de cultivares disponíveis no mercado.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apenas na safra 2022/23 foram lançados 98 novos híbridos de milho, por exemplo. Essa diversidade exige que o produtor seja criterioso ao escolher o cultivar ideal.
Para facilitar essa escolha e o monitoramento dos resultados na lavoura, ele pode contar com ferramentas como o mapa de híbridos. Neste artigo, explicaremos como ele funciona, por que é importante e como criá-lo com o apoio da tecnologia no campo.
O mapa de híbridos é uma representação visual de uma área cultivada, que reúne informações detalhadas sobre diversos cultivares. Para criar esse mapa, são combinados dados de diferentes fontes, como condições climáticas, qualidade do solo e rendimento da lavoura.
Essa integração de dados permite que os produtores identifiquem quais cultivares se adaptam melhor às condições específicas do campo, considerando fatores que impactam diretamente a produtividade agrícola.
O mapa de híbridos fornece uma base confiável de informações que ajudam o produtor a tomar decisões estratégicas. A ferramenta facilita a análise de dados agrícolas, permitindo que o produtor avalie o desempenho de diferentes cultivares e práticas de manejo.
Com esses dados, ele consegue identificar as sementes mais adequadas para cada área da lavoura. Isso possibilita a seleção de sementes com maior potencial produtivo e maior resistência às condições específicas da região da fazenda.
Ao optar por cultivares mais adaptados, o produtor também otimiza o uso de insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Isso porque o cultivo de plantas adaptadas reduz a aplicação de insumos.
Esses fatores contribuem para a redução dos custos operacionais e minimizam os impactos ambientais da atividade agrícola. Por isso, esse mapeamento agrícola também reforça a sustentabilidade da fazenda.
Em outras palavras, o mapa ajuda o agricultor a tomar decisões mais seguras e precisas sobre a área de plantio. Isso permite o uso inteligente dos recursos, o aumento no rendimento por hectare e, consequentemente, uma elevação da produtividade agrícola.
Essas cultivares podem ser classificadas em diferentes grupos conforme características como vantagens, cultura e finalidade. Confira a seguir quais deles são utilizados nas lavouras de soja e milho, as principais commodities produzidas no Brasil.
Os híbridos de milho podem ser classificados em três principais tipos: simples, duplo e triplo. O simples é resultado do cruzamento entre duas linhagens puras e apresenta o maior potencial produtivo.
Por conta da sua uniformidade genética, ele gera plantas e espigas bastante homogêneas, o que é ideal para sistemas de produção que utilizam alta tecnologia no campo e para ambientes específicos. No entanto, devido a seu alto rendimento, o híbrido simples também é o mais caro.
Já o duplo é resultado do cruzamento entre dois híbridos simples. Ele combina um nível razoável de produtividade com maior variabilidade genética, proporcionando mais estabilidade e resiliência em diferentes condições ambientais.
Por isso, é muito utilizado por agricultores que enfrentam desafios climáticos ou estresses de cultivo. Além disso, seu custo mais acessível o torna uma opção econômica para muitos produtores.
Por fim, o triplo é formado pelo cruzamento entre uma linhagem pura e um híbrido simples. Ele é mais indicado para produtores que utilizam tecnologias agrícolas de média a alta qualidade, oferecendo uma boa relação entre produtividade e custo-benefício.
Embora o custo da semente seja inferior ao do híbrido simples, ele ainda apresenta boa uniformidade e produtividade. Além das condições ambientais e históricas da fazenda, a escolha entre essas cultivares também deve considerar o destino da produção.
Segundo pesquisadores da USP/ESALQ, as características dos cultivos para silagem, produção de grãos ou milhos especiais são diferentes e devem influenciar no momento da escolha.
Os híbridos de soja são cultivares desenvolvidas com tecnologias avançadas de melhoramento genético, o que permite criar plantas com características específicas para maior produtividade e resistência a pragas e herbicidas.
Os mais conhecidos são divididos em três tipos principais: soja RR, Intacta e convencional.
A soja RR foi desenvolvida com a tecnologia Roundup Ready, que torna a planta resistente ao herbicida glifosato. Seu cultivo facilita o controle químico de ervas daninhas, otimizando o manejo da lavoura e reduzindo a competição com plantas invasoras.
A soja Intacta também é resistente ao glifosato, mas oferece uma vantagem adicional: resistência a lagartas. Além de aumentar a produtividade, isso reduz a necessidade de aplicações de defensivos, diminuindo os custos de produção.
Já a soja convencional é desenvolvida por meio de melhoramento genético natural, sem o uso de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Ela é indicada para áreas onde ervas daninhas e plantas voluntárias já apresentam resistência aos herbicidas usados na lavoura.
A criação de mapas de híbridos de milho, soja e qualquer outra cultura, pode ser feita com diferentes metodologias. Confira a seguir um passo a passo básico para fazer esse mapeamento.
O primeiro passo é delimitar os limites exatos da área que será mapeada, utilizando coordenadas geográficas ou pontos de referência existentes. Para isso, o produtor pode usar ferramentas de georreferenciamento e mapas topográficos.
O próximo passo é coletar dados relevantes sobre a área de estudo que influenciem na escolha das sementes. Essas informações podem ser obtidas por meio de análise de solo e com o apoio de tecnologias de agricultura de precisão, como imagens de satélite, drones e sensores agrícolas.
O tratamento de dados envolve o processamento e análise das informações coletadas. Isso pode ser feito com software de geoprocessamento, como QGIS ou ArcGIS, e sistemas de gestão agrícola.
Os dados tratados podem ser utilizados para delimitar áreas que compartilham características semelhantes, criando as chamadas zonas de manejo. Elas devem ser definidas considerando a variabilidade espacial dos fatores que influenciam o crescimento das culturas.
O próximo passo é escolher os cultivares mais indicados para as condições específicas de cada zona de manejo. Para isso, é recomendável consultar fontes confiáveis sobre o assunto, como agrônomos e publicações da Embrapa.
A última etapa consiste em adicionar as informações sobre os cultivares escolhidos para cada zona de manejo, legendas, rótulos e notas que facilitem a leitura e interpretação. Isso deve ser feito no software utilizado nos passos anteriores. Em seguida, basta salvar o mapa e compartilhá-lo com a equipe de campo.
Os testes híbridos são experimentos realizados em campo ou em laboratório para avaliar o desempenho de diferentes cultivares de uma mesma cultura em condições específicas, como situações de estresse.
Os resultados dessas análises revelam dados sobre o desempenho de cada cultivar em situações semelhantes às encontradas na lavoura. Essas informações podem ser utilizadas para ajustar o mapa, tornando o mapeamento mais preciso.
O Climate FieldViewTM, a plataforma de agricultura digital da Bayer, oferece várias ferramentas que auxiliam na condução desses testes e na criação de mapas de híbridos mais eficientes.
Com o FieldView™, é possível planejar áreas experimentais, coletar e integrar dados em tempo real, analisar resultados e até gerar mapas de produtividade. Ela ainda conta com a Tela Dividida, recurso exclusivo que facilita a comparação de mapas agrícolas e melhora a visualização dos dados.
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