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A colheita de café é uma etapa que influencia na rentabilidade da cultura e na qualidade da bebida produzida a partir dos seus grãos. Investir na otimização dessa operação é crucial para aumentar o valor agregado ao produto e garantir uma safra de sucesso.
Para atingir esses objetivos, o cafeicultor precisa investir em métodos de colheita compatíveis com o sistema de produção adotado, a produtividade esperada e a variedade cultivada.
Esses métodos incluem a colheita manual, semimecanizada e mecanizada, sendo que cada uma delas é recomendada para contextos diferentes.
Além do método de colheita, é essencial saber identificar a época adequada para o início da operação e cuidar do pós-colheita, etapa fundamental para consolidar a qualidade e a integridade da produção.
Boa leitura!
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O café brasileiro é conhecido pelo seu volume de produção e pela sua qualidade. Um dos fatores que explicam esse sucesso é a realização de uma colheita assertiva.
Os cuidados com a colheita e pós-colheita do café são fundamentais para garantir a integridade e a qualidade dos grãos.
Esses fatores são fundamentais para preservar o sabor do café e produzir uma bebida nos padrões esperados pelo mercado consumidor.
Por isso, o cafeicultor que deseja melhorar o rendimento da safra de café e aumentar o valor agregado a esse produto agrícola precisa cuidar da etapa de colheita.
Neste artigo, explicaremos como fazer a colheita de café eficientemente e maximizar os resultados da sua safra.
O processo de colheita do café começa ainda na fase de planejamento da lavoura. Isso porque o método escolhido para realizar essa operação depende do sistema de produção adotado, da produtividade esperada e da variedade cultivada.
Além desses fatores, o cafeicultor precisa decidir o destino da sua produção, já que isso influencia no tipo de colheita que ele irá realizar. Ele pode optar pela colheita plena ou seletiva.
Na colheita plena, todos os frutos da planta são coletados, independentemente do seu estágio de maturação — e precisam ser separados posteriormente.
Já na colheita seletiva, apenas os frutos maduros são coletados. Nesse caso, o processo é mais demorado e oneroso, mas esse processo é fundamental para a produção de uma bebida de melhor qualidade, aumentando o valor do café no mercado.
Além do tipo de colheita de café, o produtor também deve escolher qual método de colheita utilizará nessa operação.
Conforme a cartilha “Café: colheita e pós-colheita”, produzido pelo SENAR (Serviço Nacional de Aprendizado Rural), o produtor pode optar pela colheita manual, semimecanizada e mecanizada.
Entenda abaixo as diferenças entre esses métodos:
A colheita manual é o método em que os grãos de café são coletados manualmente, por colhedores, profissionais contratados especialmente para fazer esse tipo de serviço.
Para usar esse método de colheita, o primeiro passo é fazer a arruação, ou seja, a limpeza do solo embaixo das plantas e nas entrelinhas. Esse processo é fundamental para facilitar a varrição que será realizada após a colheita e para evitar a mistura dos grãos de café com restos vegetais.
Depois da arruação, o processo de coleta pode ser realizado de duas formas: derriça total nos panos ou nas peneiras.
Na derriça total, lonas ou panos são estendidos na saia do cafezal, ou seja, embaixo das plantas. À medida que os colhedores retiram os grãos, eles caem nesses tecidos, onde são abanados para a separação do café dos restos vegetais, como folhas e ramos.
Já na derriça nas peneiras, o próprio colhedor carrega uma peneira, onde joga os grãos de café coletados para que seja feita a separação dos restos vegetais.
Esse método manual é indicado para a realização da coleta seletiva de frutos maduros, por exemplo, estratégia útil para a fabricação de cafés especiais.
Ele também pode ser utilizado em locais em que a colheita é feita o ano todo ou em lavouras localizadas em terrenos que dificultam a passagem de máquinas.
A colheita semimecanizada é o resultado da combinação de práticas de colheita manual com operações mecanizadas.
Nesse método, após a arruação, o processo de derriça normalmente é realizado com o auxílio de derriçadoras elétricas e portáteis, enquanto as demais etapas são realizadas de forma manual.
Segundo o livro Café na Amazônia, publicado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a colheita semimecanizada pode reduzir mais de 30% os custos da operação em comparação à colheita manual, principalmente em colheitas do café do tipo arábica.
Além de ser um método que pode apresentar um bom custo-benefício, ele pode ser usado pelos cafeicultores para suprir as demandas por mão de obra necessária para o processo de colheita. Assim, é possível acelerar o processo de colheita e ainda pode aumentar seu rendimento.
Na colheita mecanizada do café, todas as etapas de produção são realizadas por máquinas colhedoras automotrizes ou de arrasto (tracionadas por trator).
A principal vantagem desse método é o aumento da eficiência da operação, que torna a colheita mais rentável. Outro benefício associado a essa prática é a melhora da qualidade do trabalho em relação à segurança, ergonomia e conforto.
Isso porque o cafeicultor contrata apenas trabalhadores para operar as colhedoras, dispensando o emprego do trabalho braçal. Como resultado, ele reduz os gastos com mão-de-obra e ainda supera o desafio de encontrar trabalhadores rurais dispostos a trabalhar na colheita do café.
No entanto, a colheita mecanizada só pode ser realizada em lavouras localizadas em terreno plano e exige a realização de alguns ajustes ainda na fase de plantio do café.
Primeiro, é necessário ajustar o espaçamento entrelinhas do cafezal, que deve ser compatível com o tamanho das máquinas que serão utilizadas na operação.
Além disso, é fundamental fazer a regulagem do maquinário, bem como investir no treinamento dos operadores para garantir o sucesso da operação.
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A época de colheita normalmente ocorre sete meses após a floração do café, quando os frutos atingem sua maturidade fisiológica.
Dependendo da variedade, isso ocorre quando o fruto passa da coloração verde para o vermelho ou amarelo. Nessa fase, os frutos são chamados de grãos cereja e apresentam um teor de umidade de 45% a 55%.
Caso o produtor decida fazer a colheita plena, o ideal é iniciar a colheita apenas quando a planta estiver com pelo menos 80% a 90% dos frutos maduros e menos de 20% dos frutos verdes.
Já quando a colheita é seletiva, a operação pode ser iniciada mesmo com um número maior de frutos verdes, já que apenas frutos maduros serão colhidos em diferentes etapas.
Vale lembrar que como o cafezal pode florir mais de uma vez por ano, a colheita pode se estender por vários meses. No Brasil, normalmente, isso ocorre entre os meses de março e setembro, com picos operacionais de junho a agosto.
Os cuidados necessários para garantir uma boa safra de café não terminam com o fim da colheita. Para garantir uma produção de qualidade e melhorar o sabor da bebida, o cafeicultor também precisa investir no pós-colheita do café.
Essa fase pós-colheita envolve várias etapas, desde a secagem até o ensacamento dos grãos.
Confira abaixo algumas dicas para garantir um bom pós-colheita do café:
As ferramentas da agricultura digital podem ajudar o produtor a otimizar toda a cadeia produtiva, inclusive a colheita.
A Climate FieldviewTM, plataforma de agricultura digital da Bayer, é uma das ferramentas que auxiliam o produtor nesse processo. Além de integrar dados agrícolas de outros dispositivos, a plataforma permite a geração de mapas e relatórios que permitem o monitoramento da colheita em tempo real.
Além disso, o produtor consegue analisar testes realizados em campo, monitorar a umidade dos grãos, acompanhar a velocidade das colhedoras, entre outros recursos estratégicos para garantir o manejo eficiente da lavoura em todas as etapas de produção.
Assim, fica muito mais fácil tomar as decisões certas para garantir o sucesso da safra de café!
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