Família Ruthes mostra a relação do plantio de soja e milho em área com alta umidade com a produtividade; aprendizados como esse são valiosos e podem ser aplicados nas próximas safras
Na fazenda da família Ruthes, é momento de acompanhar de perto o desenvolvimento da lavoura de trigo
Você sabia que o uso de dados é um insumo cada vez mais importante para se assegurar um plantio de qualidade?
Por que dizer isso?
É que, com o uso da agricultura digital, você pode realizar o plantio com base em informações precisas e confiáveis, o que permite atingir o máximo potencial produtivo da variedade ou híbrido que está sendo semeado.
A agricultura digital já se tornou essencial para o plantio de produtores em diferentes regiões do país. É o caso da Agropecuária Ruthes, de Rio Negro (PR).
“Depois que começamos com a agricultura digital, somos mais assertivos nas nossas decisões. Na escolha de híbridos e cultivares, por exemplo, podemos ver quais têm melhor resultado comparando com safras anteriores”, explica Alisson Ruthes, que é o responsável por implantar as ferramentas digitais na propriedade da família.
Para Alisson, não é mais possível plantar a lavoura sem a tecnologia digital. E os bons resultados mostram o porquê. Confira alguns exemplos!
“O FieldView nos permitiu enxergar muito melhor os detalhes da nossa propriedade, nos dando suporte para buscar melhor resultado em cada região da fazenda”
Alisson Ruthes, da Agropecuária Ruthes (Rio Negro, PR)
FieldViewTM identifica diferença de 44 scs/ha na produtividade
Um dos grandes benefícios que a agricultura digital proporciona para o dia a dia do produtor é o aprendizado sobre cada momento da safra.
“Começamos a utilizar a plataforma Climate FieldView há 4 anos, o que nos permitiu enxergar muito melhor os detalhes da nossa propriedade, nos dando suporte para buscar melhor resultado em cada região da fazenda”, explica Alisson.
“Os dados que o FieldViewTM nos permite encontrar erros, perceber oscilações de produção e, assim, temos condições de fazer trabalho sob medida naqueles pontos mais preocupantes”, acrescenta.
Para Alisson, as ferramentas digitais permitem acumular informações importantes sobre características dos talhões e práticas ideais de manejo para se adotar em cada situação e em cada ponto da fazenda.
Ele conta a história do plantio de um talhão de milho em 2023, em que o FieldViewTM ajudou a entender a relação entre a umidade do solo no momento de plantio e a produtividade final.
[Imagem 1] - Ao comparar o Mapa de Plantio (à dir.) com o Mapa de Produtividade (à esq.), é possível constatar que a faixa semeada em 24 de setembro obteve produtividade média maior
“Iniciamos a semeadura da área no dia 24 de setembro, mas não conseguimos finalizar a operação no mesmo dia. Tivemos que parar porque choveu muito na região até dia 3 de outubro”, afirma Alisson.
Depois de um período longo de precipitação, o solo do talhão acumulou grande umidade. “Mesmo assim, aproveitamos a estiagem para fazer o plantio da parte que ainda não tinha sido semeada.”
Depois de alguns meses, chegou o momento da colheita, que foi mapeada pelo FieldViewTM.
Ao analisar o Mapa de Produtividade acima, existe uma diferença de 44 scs/ha de produtividade entre a área semeada antes da chuvarada, e a parte do talhão semeada depois das chuvas (em condições de grande umidade no solo).
👉 Depois da colheita, confira os números da produtividade mensurados pelo FieldViewTM nas duas áreas do talhão:
- Área plantada em 24/09: produtividade de 138 scs/ha;
- Área plantada em 03/10: produtividade de 94 scs/ha;
- Diferença de produtividade: 44 scs/ha.
Dados gerados pela plataforma são um trunfo para as próximas safras
“Esses números deixam claro que, depois de tanta chuva, as condições não eram ideais para fazer o plantio imediatamente”, pontua Alisson.
Mas qual é a importância desse conhecimento, que o FieldViewTM permitiu construir sobre a fazenda da família Ruthes?
“Por mais que a gente queira terminar rápido o plantio em um talhão, nesse caso poderíamos ter esperado um pouco para retomar a semeadura do milho, após tanta chuva. Com condições melhores de umidade, o resultado da produtividade em todo o talhão poderia ter sido bem melhor.”
Segundo Alisson, informações como essas geradas pelo FieldViewTM se tornam um trunfo para as próximas safras. “Se no próximo plantio tivermos uma situação semelhante, teremos subsídio para tomar uma decisão mais assertiva”, afirma.
Plantio de soja após chuva: 10,6 scs/ha a mais
Alisson cita outro aprendizado semelhante, mas registrado no plantio de um talhão de soja.
“Plantamos o grão na área até certo ponto, no dia 7 de dezembro. Mas veio uma chuva torrencial que nos levou a interromper a operação. Mas parou de chover. Depois retomamos o plantio do talhão em 12 de dezembro”, explica.
De acordo com Alisson, o resultado foi o inverso em relação ao exemplo anterior, de plantio de milho em ambiente com umidade.
A produtividade da soja no talhão foi maior após a chuva, atingindo 10,6 scs/ha a mais na área do talhão plantada em 12 de dezembro [Imagem 2], e o mapeamento da colheita com FieldViewTM permitiu perceber claramente essa diferença.
👉 Veja os números:
- Área com plantio em 7/12: produtividade de 53,1 scs/ha;
- Área com plantio em 12/12: produtividade de 63,7 scs/ha;
- Diferença de 10,6 scs/ha.
“As culturas de soja e milho têm respostas diferentes frente a um ambiente de maior umidade, mostrando que o milho tem um potencial de germinação diferente em relação à soja”, avalia Alisson.
[Imagem 2] – Área plantada em 12 de dezembro (marcada em azul no mapa à esq.) obteve maior produtividade ao final da safra, conforme revela o Mapa de Produtividade (à dir.)
“Nosso objetivo é extrair o máximo que as ferramentas digitais podem oferecer”
Não foi muito fácil implantar a agricultura digital na Agropecuária Ruthes, que cultiva soja, milho, feijão e trigo.
“Meu pai tinha um pouco de resistência. Mesmo assim, eu e meu tio conhecemos e compramos a plataforma Climate FieldViewTM mesmo sem meu pai ficar sabendo”, relata Alisson, que é formado em Agronomia.
A decisão foi mais do que acertada! “Conseguimos provar o resultado desse investimento para o meu pai, que hoje pega no nosso pé para usarmos sempre o FieldViewTM na máquina”, revela.
Atualmente, todos na fazenda já sabem lidar com a plataforma. “Pra gente, faz muita diferença ter em mãos o mapeamento das operações, poder comparar o mapa de plantio com o mapa de velocidade, gerar prescrições de sementes para basear a população que vamos plantar, entre outros benefícios”, explica Alisson.
O próximo passo da família Ruthes com a agricultura digital é continuar investindo na tecnologia. “Vamos evoluir! Queremos aumentar nossa conectividade para acompanhar as operações em tempo real e investir em taxa variável. Nosso objetivo é extrair o máximo que as ferramentas digitais podem nos oferecer”, conclui.