A transformação digital da agricultura acontece safra a safra, permitindo que os produtores acessem informações cada vez mais precisas sobre as suas lavouras.
Fernando Solari, líder da área de Ciência de Climate Corporation para a América Latina
O aumento da produtividade das lavouras e a redução de custos com insumos e processos ao longo da cadeia produtiva são algumas das principais metas dos produtores rurais a cada safra. No entanto, o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas somado à adoção de ferramentas no campo têm promovido a transformação digital da agricultura brasileira, ajudando os produtores a alcançarem estes objetivos. Prova disso, são os constantes recordes e a presença do País entre os primeiros lugares no ranking da produção mundial de grãos.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou, na última semana, dados do 9º Levantamento da Safra 2019/2020, e o número da produção estimada foi de 250,5 milhões de toneladas de grãos, 3,5% a mais do que o colhido em 2018/2019. A percepção do produtor com relação à importância dos dados da lavoura mudou ao longo dos últimos anos, ajudando a contribuir com esse resultado.
Nessa linha, a caderneta da safra deu lugar às planilhas, e as planilhas deram lugar às ferramentas digitais de gestão que permitem o cruzamento de informações e a análise dos dados coletados a cada ciclo produtivo. Isso favorece melhores tomadas de decisão, e o produtor consegue aprimorar e controlar melhor as práticas agronômicas em sua fazenda.
Atualmente, o agricultor pode contar com três tipos de ferramentas que levam em consideração a premissa de utilização e/ou geração de dados, que são:
Dado esse contexto, a Climate, responsável pela plataforma FieldView™ e líder mundial em agricultura digital, além de prover soluções por meio de seus produtos e incluir funcionalidades em sua ferramenta, coordena diferentes linhas de pesquisa, desenvolvendo constantemente atualizações em seu sistema. Dessa forma, trabalha focada em prover os agricultores com um número ainda maior de funcionalidades que os auxiliem em seus desafios cotidianos.
Entenda um pouco mais sobre como e onde a Climate tem direcionado seus esforços!
Cada zona de manejo no talhão possui características diferentes de fertilidade que impactam diretamente o desenvolvimento vegetativo das plantas e, consequentemente, o resultado final da colheita. Nesse sentido, associar a ciência de dados ao histórico dessas áreas e a dados de desempenho de cultivares, permitirá ao produtor obter melhores prescrições para a população de sementes, ou taxas ideais para o plantio, ajudando também a otimizar recursos e insumos utilizados.
Uma das linhas de pesquisa é sobre uma ferramenta que auxiliará o produtor por meio da recomendação de densidade de sementes em cada uma das zonas de manejo, contribuindo para uma identificação certeira dos ambientes de produção da fazenda. Em vez de tratar o talhão como unidade mínima de gerenciamento, por meio da Agricultura 4.0, o talhão será dividido em partes ainda menores, tratadas de forma individual, de acordo com suas características históricas de desenvolvimento e produtividade. Dessa forma, os recursos poderão ser aplicados assertivamente.
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A identificação de causas e efeitos associada aos fatores históricos da lavoura permitem a evolução das ferramentas disponíveis, atualmente, ao mercado agrícola. Quanto mais dados coletados e registrados, melhores serão as recomendações futuras de manejo. Embora ainda em estudos, a Climate dá um passo à frente e já pesquisa o futuro das técnicas agrícolas por meio do cruzamento de um número maior de informações.
Por meio do cruzamento de informações, como variedade, população, data de plantio e o histórico de cultivo da propriedade, associadas aos dados sobre o clima e a detecção georreferenciada de doenças, a Climate poderá ajudar o produtor a obter prescrições sobre a probabilidade de resposta das plantas à aplicação de defensivos agrícolas. Assim, o agricultor terá condições de verificar a eficiência de suas pulverizações e saber quais variedades são mais suscetíveis, ou não, a doenças, gerando economia e a otimização dos seus recursos.
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Em médio ou longo prazo, os drones poderão detectar e identificar plantas daninhas na lavoura. Além disso, por meio dos dados coletados, um sistema vai gerar mapas em forma de retalhos para a aplicação de herbicida somente nas áreas necessárias, de forma automatizada. Desse modo, haverá o direcionamento do manejo em nível de sub talhão, controlando, eficientemente, as invasoras.
Outras tecnologias já estão em estudo no Brasil e em outros países. O objetivo de cada uma delas é gerar recomendações embasadas e cada vez mais personalizadas aos produtores, de acordo com os dados sobre o histórico de suas lavouras. Oferecer mais eficiência no uso dos recursos dependerá de uma sincronia cada vez melhor das informações disponíveis antes e no decorrer de cada safra.
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