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O seguro rural é um instrumento de política agrícola criado para proteger o produtor contra perdas financeiras resultantes de eventos imprevisíveis, como fenômenos climáticos, problemas sanitários e oscilações do mercado.
Além de receber uma indenização por eventuais danos ao bem segurado, ao contratar esse tipo de serviço, o produtor também tem acesso a outros benefícios, como acesso ao crédito rural e segurança para expandir suas atividades agrícolas.
No entanto, para aproveitar essas vantagens, o produtor deve escolher o tipo de seguro rural certo. Atualmente, existem sete modalidades de seguro disponíveis, cada uma delas é indicada para uma finalidade diferente.
Por isso, é importante avaliar as coberturas oferecidas pelo seguro agrícola e verificar quais delas cobrem os riscos associados à atividade agrícola do produtor.
Para facilitar essa avaliação e escolha, o produtor deve procurar uma seguradora com experiência no ramo e seguir as regras do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que permite a contratação do seguro com um custo reduzido.
Boa leitura!
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O seguro rural a proteção da produção agrícola contra perdas e danos que podem prejudicar a rentabilidade e produtividade da safra.
Como resultado, essa política agrícola também protege desde o produtor e seus investidores e parceiros de negócio, até a estabilidade econômica e o abastecimento do mercado.
Por conta da importância desse tipo de seguro, o próprio Governo Federal oferece subsídios que incentivam o produtor a contratar esse serviço e proteger seus bens e atividades agrícolas.
Porém, para aproveitar esse subsídio e acessar os benefícios oferecidos pelo seguro rural, primeiro, o produtor precisa se informar sobre esse assunto.
Por isso, neste artigo, você vai entender o que é, quais são os tipos, como funciona e como contratar um seguro rural.
O seguro rural é um instrumento de política agrícola criado para proteger o produtor contra perdas financeiras resultantes de eventos imprevisíveis.
Esses eventos incluem desde fenômenos climáticos adversos e problemas sanitários (pragas e doenças) até oscilações do mercado agropecuário.
Seu principal objetivo é oferecer coberturas que não só protejam o produtor e sua família, mas também cubram eventuais perdas na produção, diluindo os riscos ligados à atividade agropecuária.
Assim, a contratação desse tipo de seguro também protege os investimentos de financiadores, parceiros de negócio e demais interessados que atuam no setor agrícola.
Por conta desse objetivo e da complexidade do setor agropecuário, existem diferentes tipos de seguro rural que podem ser usados pelo produtor em diversas frentes.
Em função disso, é possível encontrar seguros que ofereçam cobertura específica para a proteção da lavoura, dos animais, do maquinário, das instalações, do patrimônio e até da vida do agricultor.
O seguro rural ajuda o produtor a se proteger financeiramente contra prejuízos causados por desastres naturais, pragas, doenças, queda de produtividade, entre outros eventos imprevisíveis.
Além disso, essa política agrícola estimula o aumento da área cultivada e a implementação de tecnologias no campo. Afinal, o seguro rural ajuda o produtor a acessar o crédito rural e conseguir taxas de juros mais baixas, já que ele atua como uma garantia adicional para as instituições financeiras.
Em outras palavras, o seguro agrícola facilita o acesso a crédito, que pode ser utilizado para a realização de benfeitorias na fazenda, aumentando a produção agrícola.
Vale lembrar que o seguro rural também protege a cadeia produtiva local e garante a segurança alimentar, já que eventuais perdas na produção agrícola e pecuária podem afetar a oferta de alimentos no mercado.
Porém, graças a cobertura do seguro, os produtores podem se recuperar mais rapidamente caso ocorra alguma perda, garantindo o abastecimento do mercado.
Os benefícios proporcionados pela contratação do seguro rural vão além da questão financeira e ajudam a reforçar a importância desse instrumento de política agrícola.
Para entender essa afirmação, confira abaixo as principais vantagens de investir nesse tipo de seguro:
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a legislação brasileira permite a existência de 7 modalidades de seguro rural.
Conheça essas modalidades e suas respectivas coberturas a seguir:
O seguro agrícola protege as atividades agrícolas contra perdas resultantes, principalmente, de fenômenos climáticos adversos, como chuvas excessivas, estiagem, incêndio, raios, entre outros eventos imprevisíveis.
Porém, essa proteção também pode ser estendida para o custeio da lavoura, produtividade e preço, bem como para o faturamento ou receita da propriedade agrícola.
Vale ressaltar que a cobertura do seguro agrícola se estende desde a emergência até a colheita da lavoura.
Como o próprio termo indica, o seguro pecuário é indicado para pecuaristas que querem cobrir danos diretos ou indiretos causados ao seu rebanho. Ele pode ser aplicado tanto a animais destinados ao consumo e produção, quanto à atividade reprodutiva.
A cobertura deste seguro engloba desde as fases de cria, recria e engorda até animais destinados a sela, trabalho por tração e transporte no manejo da fazenda.
O seguro aquícola é destinado à proteção dos produtores que, independentemente do seu porte, investem na aquicultura e possuam controle de biomassa (inventário das espécies aquáticas). Para isso, esse seguro garante uma indenização ou reposição de estoque do produtor em caso de morte ou perda das espécies seguradas.
Esta modalidade de seguro é destinada à proteção do patrimônio rural, com foco na cobertura de perdas ou danos associados ao maquinário, implementos e construções rurais.
Além disso, ele também cobre os produtos armazenados associados às atividades agrícola, pecuária, aquícola ou florestal. No entanto, os bens protegidos não podem estar listados como garantia para o crédito rural.
Este tipo de seguro também é destinado à proteção do patrimônio rural. Porém, ao contrário da modalidade anterior, seu objetivo é cobrir perdas e danos causados aos bens oferecidos como garantia no crédito rural.
O seguro de florestas é destinado aos produtores que investem no cultivo de florestas comerciais, compostas por culturas perenes cujo retorno financeiro ocorre apenas à médio ou longo prazo.
Nesse caso, o seguro pode cobrir diferentes prejuízos causados às florestas seguradas, especialmente aqueles relacionados a eventos climáticos e incêndios.
Este tipo de seguro é indicado para o produtor que deve crédito rural. Seu objetivo é garantir a amortização ou liquidação da dívida em caso de morte ou invalidez desse produtor.
O funcionamento do seguro rural consiste, basicamente, em três etapas: contratação, sinistro e indenização.
Confira abaixo o que geralmente acontece em cada uma delas.
O primeiro passo para contratar um seguro rural é procurar uma seguradora que ofereça esse tipo de serviço. Ao contatar a seguradora, o produtor deve fornecer várias informações para a elaboração da proposta de seguro, que será posteriormente analisada para sua aprovação.
Entre esses dados estão o tipo de cobertura desejada, o valor segurado, a área de plantio e qualquer outra informação relevante sobre o bem segurado.
É fundamental fornecer dados precisos nessa fase e não omitir ou alterar qualquer informação que possa influenciar a percepção de risco associado ao bem.
Após analisar os dados fornecidos e a proposta de seguro, a seguradora verifica quais riscos realmente podem afetar o bem ou atividade agropecuária que o produtor deseja proteger.
A depender dos riscos associados, do histórico da propriedade, entre outros fatores, a seguradora pode recusar a proposta ou propor uma cobertura com valores diferenciados.
Porém, se a resposta for positiva, o produtor deve assinar o contrato de seguro e pagar o prêmio, ou seja, o valor pago pelo seguro. A partir desse momento, a propriedade fica protegida contra os riscos cobertos pela modalidade de seguro escolhida.
Vale lembrar que os riscos cobertos pelo seguro devem ser especificados em contrato. Por esse motivo, o produtor deve ficar atento a essa etapa.
O produtor deve ficar atento ao texto do contrato, que deve listar todos os riscos cobertos pela modalidade de seguro escolhido.
Além disso, ele também deve ficar atento à vigência desse contrato, que geralmente é de um ano, com possibilidade de renovação anual.
Durante esse período, é fundamental que o produtor cumpra as condições estabelecidas no contrato, como manter a propriedade em condições adequadas e seguir as orientações da seguradora para evitar perdas.
Sinistro é o termo utilizado para se referir ao evento que provoca algum dano coberto pelo seguro.
Conforme explicado, no caso do seguro rural, esse evento pode ser a perda da produção agrícola por um problema sanitário ou chuva intensa, entre outros exemplos de danos cobertos pelo seguro contratado pelo agricultor e que estão especificados em contrato.
Caso um destes eventos ocorra e prejudique o bem segurado, o produtor deve entrar em contato com a seguradora imediatamente. Depois disso, a seguradora deve enviar um técnico para avaliar os danos citados pelo produtor e definir o valor da indenização.
Se ficar comprovado a existência de dano causado por um evento coberto pelo seguro e que o produtor cumpriu as condições estabelecidas em contrato, a seguradora deve aceitar o pedido de indenização.
O valor dessa indenização deve ser correspondente ao prejuízo sofrido e pode ser pago em dinheiro, serviços ou produtos, conforme estabelecido em contrato.
Vale lembrar que cada seguradora tem seus próprios protocolos e procedimentos que devem ser seguidos em caso de sinistro. Por isso, é fundamental ler atentamente o contrato de seguro e esclarecer todas as dúvidas antes de contratar o serviço.
O seguro rural pode ser contratado por todos os produtores rurais, independentemente do seu porte e do segmento de atuação.
Por isso, agricultores, pecuaristas, entre outros empreendedores ligados à produção no meio rural, sejam eles grandes ou pequenos, podem aproveitar as vantagens proporcionadas pelo seguro.
A escolha de um bom seguro rural deve considerar diversos fatores, como cultura, localização da propriedade e riscos associados ao bem que o produtor deseja assegurar.
Para evitar erros, o ideal é seguir as dicas abaixo na hora de escolher esse tipo de seguro:
Cada atividade agrícola tem seus próprios riscos, como condições climáticas, pragas e doenças, acidentes, entre outros.
Esses riscos variam conforme a localização da propriedade rural, a cultura, os animais, as características de solo, condições climáticas, o histórico de produção da fazenda e até os métodos de manejo adotados pelo produtor.
Tudo isso deve ser analisado detalhadamente para viabilizar a identificação de eventuais problemas que possam colocar em risco a produção agrícola.
Nessa fase, conversar com um especialista, como um engenheiro agrônomo, ajuda o produtor a identificar mais facilmente todos esses riscos e receber a orientação adequada em relação a qual a modalidade de seguro mais indicada para o produtor.
Leia também: Doenças da Soja: 9 principais doenças que mais preocupam o produtor
Conforme explicado, existem diferentes tipos de seguro rural, como seguro agrícola, pecuário, aquícola, entre outros. Como cada um deles é destinado a uma finalidade específica, é fundamental avaliar todas as opções para verificar qual delas é a mais adequada para a sua atividade.
Além de verificar quais danos são cobertos por cada modalidade de seguro, o produtor deve ficar atento aos eventos que o seguro não cobre, também chamados de exclusões. Isso é fundamental para evitar surpresas desagradáveis caso ocorra algum problema com o bem segurado.
Para estimular a contratação desse tipo de seguro, o Governo Federal criou um subsídio para o produtor que é concedido através do Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR).
Graças a esse programa, o produtor pode contratar o seguro pagando por um custo menor, já que recebe um auxílio financeiro do governo para a contratação desse serviço.
Para aproveitar os benefícios do PSR, o produtor precisa conhecer as regras do Plano Trienal do Seguro Rural 2022-2024, que contém as diretrizes do Plano do Seguro Rural.
Esse auxílio é pago diretamente à seguradora, sendo que seu valor é calculado com base na cultura ou do produto coberto e no percentual tabelado sobre o valor do prêmio. Para o triênio 22/24, esse percentual pode ser de 20% ou 40% do prêmio do seguro e depende da modalidade, da cultura e do tipo de cobertura contratada.
Para as propriedades localizadas nas Regiões Norte e Nordeste, esse percentual varia entre 30% e 45%. A medida é válida para os anos de 2023 e 2024 e visa incentivar a expansão e o investimento agrícola nessas regiões.
O primeiro passo para contratar um seguro rural com auxílio financeiro do governo é procurar uma das seguradoras habilitadas no PSR e fazer a proposta de seguro.
Depois disso, a seguradora enviará essa proposta ao Ministério da Agricultura, que vai analisá-la com base em vários critérios, como o limite financeiro disponível para o produtor. Se ela for aprovada, o ministério envia o pagamento correspondente ao valor percentual do prêmio direto para a seguradora.
Os documentos exigidos pelas seguradoras para contratação de seus serviços dependem da modalidade de seguro escolhido pelo produto e estão associados à avaliação do bem que deve ser segurado.
Porém, de acordo com o Plano Safra 2022/2023, alguns documentos devem ser entregues independentemente da modalidade de seguro escolhido, tais como:
Além desses documentos, geralmente as seguradoras também exigem dados pessoais do produtor, como carteira de identidade, CPF e comprovante de residência.
Vale lembrar que tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem solicitar a contratação do seguro rural com subsídio do PSR, desde que cumpra os requisitos estabelecidos pelo programa.
Para saber mais sobre o programa, basta acessar o site do programa ou baixar o aplicativo do PSR, disponível para Android e iOS.
O processo de contratação e de uso do seguro rural é composto de várias etapas e exige muita atenção do produtor. Caso ele não siga as orientações corretas, pode perder o direito a indenização e sofrer diversos prejuízos na lavoura.
Para evitar esses problemas, além das recomendações apresentadas ao longo deste artigo, é importante seguir algumas dicas e cuidados extras em relação ao seguro rural.
Confira cada um deles a seguir:
A contratação desse tipo de seguro também deve ser adicionada ao planejamento agrícola do produtor. Isso porque o ideal é contratar o seguro no início do ano-safra. Assim, é possível garantir que a lavoura fique protegida desde a emergência até a colheita.
O ideal é escolher uma seguradora experiente, qualificada e que tenha um bom histórico no ramo de seguro rural. Essa empresa também deve tirar todas as dúvidas do produtor e ajudá-lo a avaliar todos os riscos relacionados à sua safra.
Afinal, essas características fazem a diferença durante o atendimento do produtor, incluindo a contratação e o pedido de indenização.
Seguindo esses cuidados, o produtor garante que está fechando negócio com uma seguradora séria e confiável.
O produtor precisa ler com atenção todas as cláusulas e condições estabelecidas pela seguradora antes de assinar o contrato de seguro.
Afinal, esse cuidado evita problemas e surpresas desagradáveis caso seja necessário comunicar o sinistro e solicitar uma indenização.
O ideal é aproveitar esse momento de leitura para conferir se todos os riscos cobertos pelo seguro estão listados no documento, quais são suas obrigações, quais os deveres da seguradora, quais os valores cobertos pelo seguro, entre outros dados.
Em caso de dúvida, o produtor deve perguntar e esclarecer todas as questões antes de assinar o contrato do serviço.
O contrato do seguro rural também inclui as obrigações que o produtor deve cumprir para garantir a validade do documento. Essas obrigações geralmente consistem em seguir as recomendações da seguradora e manter a fazenda em boas condições.
Caso o produtor não faça a sua parte conforme acordado em contrato, ele corre o risco de ter o pedido de indenização negado quando o bem segurado for danificado.
Quanto antes o produtor comunicar o sinistro à seguradora, melhor! Isso porque a seguradora deve enviar um técnico para avaliar a causa do dano e a extensão do prejuízo para liberar a indenização.
Se esse procedimento demorar para ocorrer, as provas relacionadas ao evento podem se perder, prejudicando a análise da situação. Nesse caso, o processo de recebimento da indenização também pode ser prejudicado.
Os registros e comprovantes de gastos realizados associados à atividade agrícola segurada ajudam o produtor a comprovar a ocorrência de prejuízos resultantes do sinistro.
Por isso, é fundamental que o produtor guarde todas as notas fiscais, recibos, entre outros documentos relacionados ao bem segurado. Afinal, nunca se sabe quando eles serão necessários.
A cobertura do seguro rural tem duração de um ano e deve ser renovada anualmente para que o bem continue protegido contra perdas e danos.
Durante esse momento de renovação, o produtor deve aproveitar a oportunidade para avaliar se a cobertura oferecida ainda atende suas necessidades. Assim, caso seja necessário, ele pode fazer ajustes e até contratar outra modalidade de seguro.
A tecnologia é a principal aliada do produtor não só para planejar e monitorar a fazenda, mas também para avaliar os riscos associados à produção agrícola.
Com o Climate FieldViewTM, plataforma de agricultura digital da Bayer, por exemplo, o produtor pode integrar dados agronômicos obtidos a partir de diferentes ferramentas, como drones, sensores e sensoriamento remoto.
Com base nesses dados e no uso de inteligência artificial e ciência de dados, esse software usa recursos avançados para gerar mapas, relatórios e diagnósticos complexos.
Tudo isso ajuda o produtor a monitorar as operações, acessar o histórico de uso da área e a identificar os problemas que surgem na lavoura com mais facilidade.
Assim, o produtor obtém informações relevantes para ajudá-lo a escolher um seguro rural que realmente atenda às necessidades da fazenda.
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