A agricultura digital pode potencializar seu plantio de soja. Confira como!

Por Equipe FieldView™ em 28/09/2020 16:06:45

São inúmeras as plataformas e tecnologias disponíveis no mercado e que ajudam o sojicultor a otimizar recursos, poupar tempo e gerenciar melhor as operações no campo. Mas qual delas escolher?

Maquina plantadeira

Operação de plantio de soja - Crédito: Shutterstock

É dada a largada para o plantio da principal cultura agrícola do Brasil, a soja. No ciclo 2020/21, a estimativa é de novos recordes. Segundo a Consultoria Célere, o País deverá colher mais de 131 milhões de toneladas do grão, em uma área plantada superior a 38,2 milhões de hectares – alta de 1,3 milhão de hectares em relação à temporada anterior.

O otimismo com a safra que se inicia vem do mercado. Em entrevista à Reuters, o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Pereira, afirmou que 50% da oleaginosa que será plantada em 2020/21 já foram comercializados, e a expectativa é de elevação dos negócios.

“Por conta do clima, não sabemos qual será a produção final ainda. Temos estados com maior estresse hídrico, mas outras regiões estão em plena expansão de área. O que podemos dizer é que teremos a maior área plantada de soja em 2020/21”, afirma Pereira.

Para que todo esse entusiasmo seja transformado em mais uma safra recorde, partiu lavoura! É hora de implementar as melhores práticas agronômicas e toda tecnologia oferecida pela agricultura moderna em uma fase estratégica no ciclo da soja: o plantio. A época da semeadura é um dos fatores que mais influenciam o porte das plantas e o rendimento da cultura.

Confira a seguir como estabelecer com excelência a lavoura de soja, e como as ferramentas da agricultura digital podem potencializar o desempenho da operação de plantio da lavoura, de modo a extrair o máximo da cultura e aumentar a rentabilidade do produtor.

 

As melhores práticas agronômicas para o plantio de soja

Depois de uma boa preparação pré-plantio, já se tem tudo pronto para as plantadeiras adentrarem a lavoura, certo? Não exatamente. A decisão de lançar a semente no solo tem relação com o planejamento do produtor e as condições climáticas.

É que, segundo a Embrapa Soja, a operação de plantio da soja não pode ser realizada em solo sem a umidade necessária, o que é conhecido como lançar a semente “no pó” – mesmo que haja previsão de chuvas posteriormente. Também não é indicado que a semeadura ocorra em um solo encharcado. 

Para a germinação, tanto o déficit como o superávit de água pode atrapalhar. A semente, para germinar e permitir a emergência da plântula, requer absorção de água de, pelo menos, 50% do seu peso seco. Para que isso ocorra, a umidade e a aeração do solo devem estar adequadas, e a semeadura deve propiciar o melhor contato possível entre solo e semente.

Em solos muito argilosos, a Embrapa sugere semear três dias após a chuva. Já em solos mais leves, a indicação é que a semeadura ocorra de um a dois dias após a precipitação, dependendo do volume. 

A priori, o calendário de plantio de soja inicia-se no Centro-Sul do País, no mês de setembro. Já em regiões como o Norte (Matopiba), o início ocorre a partir de novembro. Mas, como destacado anteriormente, o início da semeadura está relacionado à “vontade de São Pedro”.

Outro quesito de atenção no plantio de soja é a população ideal de plantas por hectare. Segundo a Embrapa, isto varia entre as cultivares, mas fica próxima a 300 unidades, o que corresponde a 12 a 14 plantas por metro, semeadas em fileiras distantes de 45 a 50 centímetros entre elas. Na semeadura tradicional, o espaço entre as plantas é de 7 a 10 cm.

Já em plantios muito antecipados, a escolha da cultivar exige cuidado: nem todas se adaptam bem à antecipação da semeadura. 

A escolha das cultivares também deve estar relacionada à latitude da região, que influencia no ciclo de cada material. Por isso, dentro de cada faixa de maturação, existem cultivares adaptadas e que possuem ciclo superprecoce, precoce, semiprecoce, médio, semitardio e tardio. Por isso, de acordo com a Embrapa, a escolha e o posicionamento de cada uma delas vão depender dos objetivos do produtor. 

Para o plantio bem-feito, o sojicultor tem um outro grande aliado: a agricultura digital. Confira por que as ferramentas digitais ajudam no processo de estabelecimento da lavoura de soja, potencializando os resultados do produtor.

 

Como o produtor pode extrair no plantio o máximo de cada hectare de soja?

No mercado brasileiro já existem inúmeras tecnologias digitais. Cada plataforma disponível é única e agrega valor, de formas diferentes, à vida do produtor rural. Contudo, tomar decisão, com embasamento, significa ter à disposição – com simplicidade de visualização – todos os dados gerados no campo. 

Quando o produtor administra a fazenda com a ajuda das ferramentas oferecidas pela agricultura moderna, ganha em eficiência. Ao fazer o plantio de soja, por exemplo, o sojicultor sabe que sua lavoura não tem características uniformes. Cada parcela, de cada talhão, tem condições específicas, e que podem dar um resultado muito maior ao agricultor se forem tratados dentro de suas especificidades. Para isso, exigem um tratamento customizado, que pode ser proporcionado pela tecnologia. “Assim, pode otimizar os insumos que vai destinar a cada unidade”, comenta Matheus Salvador, gerente de Marketing de Produto para a América Latina da Climate FieldView™.

 

Nova call to action

 

A partir dessa mesma ferramenta, é possível escolher as populações de sementes a serem alocadas em cada trecho, de cada talhão. “Com esta opção, o produtor não precisa plantar uma variedade em toda a lavoura. Pode explorar mais sementes em uma região mais fértil, menos em outra, tirando mais resultados da mesma quantidade de sementes, alocadas de forma customizada no talhão”, completa o executivo.

Visando a esse resultado, o produtor pode utilizar uma funcionalidade denominada Prescrições Manuais de Sementes. “Esta ferramenta permite que, antes do plantio de soja, o produtor possa definir ao certo a quantidade de sementes ideal e de acordo com o perfil de fertilidade de cada talhão”, reforça Salvador.

É importante que o produtor enxergue como seus talhões são únicos e merecem a atenção customizada. Nesta linha, as prescrições de sementes e de fertilizantes fazem muita diferença. Dedicar a quantidade de sementes ideal para cada perfil de solo representa mais de 50% do sucesso no campo.

A definição da alocação de cada variedade ou híbrido também pode ser apoiada por outra ferramenta: o Diagnóstico FieldViewTM. Utilizando mapas históricos disponíveis na plataforma, o sojicultor pode verificar pontos comuns ou manchas recorrentes na lavoura nos últimos anos, identificando zonas de alta e baixa produtividade. Assim, fica mais simples entender, posteriormente, onde posicionar cada variedade ou híbrido.

Além disso, ao definir os materiais que vai plantar, a recomendação é de que o produtor faça o registro dessa informação na plataforma digital utilizada, fazendo marcações georreferenciadas. Por meio desse procedimento, o produtor terá maior facilidade de gestão e um panorama visual mais definido das decisões tomadas.

 

SAIBA MAIS: Como a taxa variável revolucionou o conceito de aplicação de insumos nas lavouras brasileiras

 

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Prescrições Manuais de Sementes: funcionalidade permite definir a quantidade ideal de sementes de acordo com o perfil de cada talhão

 

Tecnologias digitais otimizam a análise da previsão do tempo

Considerando a importância da umidade do solo para o estabelecimento da cultura, o produtor precisa estar antenado às previsões climáticas. 

Afinal, não tem como planejar o plantio de soja sem verificar a possibilidade de chuvas no decorrer do dia. A tecnologia digital permite saber se a chuva será intensa – ao ponto de poder atrapalhar o trabalho da plantadeira –, ou se a previsão é de estiagem prolongada – seca, que fará com que o plantio realizado seja perdido, necessitando de um replantio posterior.

No mercado, existem plataformas de agricultura digital que possibilitam ter acesso a funcionalidades que permitem analisar o mapa meteorológico da região e mostram a localização da precipitação, o seu tipo (chuva, neve e gelo) e o seu recente movimento.

A funcionalidade Radar Meteorológico mostra a previsão de chuvas nas próximas 4 horas, bem como traz o acumulado das últimas 24 horas. Informações que possibilitam ao agricultor entender se a data escolhida para o plantio é a ideal para um arranque inicial de sucesso de sua lavoura.

 

Agricultura digital permite fazer ajustes durante a própria operação de plantio

Apesar do planejamento prévio, nem sempre a operação de plantio transcorre exatamente como traçado. A agricultura moderna pode oferecer ferramentas que permitam ao agricultor ou ao próprio operador fazer ajustes ao longo da própria operação de plantio.

Ao falar sobre essa possibilidade da agricultura digital, Matheus Salvador relata, por exemplo, o FieldView™ Drive, dispositivo que se conecta a marcas e modelos de diferentes sistemas de plantio, permitindo acompanhar em detalhes a operação por meio de um iPad instalado dentro da cabine da plantadeira, o qual vai gerando um mapa em tempo real. 

Esse sistema coleta dados de diferentes máquinas (plantadeiras) ao longo da operação de plantio. “Desta forma, a tecnologia permite acompanhar a velocidade de cada máquina no campo, a população de sementes aplicada, se o trabalho executado na operação segue o que foi planejado”, salienta.

Se a operação de plantio estiver sendo executada por diferentes operadores, é possível registrar qual máquina passou por qual lugar, e qual foi a performance de cada uma. “Também consigo entender até se os operadores têm o mesmo desempenho. São várias situações que podem ser acompanhadas pelo produtor apenas pelos mapas de plantio”, destaca Matheus Salvador.

Com este acompanhamento, segundo ele, o agricultor pode gerenciar a operação com maior eficiência. “É possível coletar o dado dentro da máquina de forma fácil. Sem mesmo ter conexão na internet, o operador consegue obter esses dados. E trazendo o iPad da cabine até um local com conexão à internet, ao final do dia, o produtor pode ter um panorama geral da operação. Assim, tem condições de tomar decisões mais rápidas e precisas”, pontua.

“Sem esta possibilidade, provavelmente o agricultor não teria todos esses dados à mão e, se tivesse, não teria de forma tão ágil. Ao ser munido de informações com tanta agilidade, por exemplo, pode orientar o operador a andar numa velocidade diferente. Também consegue saber se a recomendação de densidade de sementes está sendo seguida”, diz o executivo de Climate FieldViewTM . Com essa riqueza de informações, o produtor pode salvar boa parte da lavoura por ter a oportunidade de fazer algum ajuste operacional.

Matheus Salvador vai além. Segundo ele, os dados coletados durante o plantio de soja são úteis durante toda a safra e para as safras subsequentes. “Este é um dos pilares de valor desta tecnologia”, diz.

Utilizando os dados gerados no plantio da soja, o produtor pode comparar com o mapa de colheita e entender se uma variedade teve melhor performance que outra; ou se populações diferentes da mesma variedade trazem produtividades diferentes. Dados que podem nortear o planejamento das próximas safras.

Além disso, durante o plantio, o operador pode trabalhar com uma funcionalidade conhecida como “Lado a Lado”, visualizando a distribuição das plantas/hectares e a velocidade de semeadura. Assim, pode entender se tudo está correndo dentro do esperado e se alguma falha é encontrada. “A correção pode ser feita imediatamente, ajustando a distribuição”, frisa Jéssica Santos, consultora de Sucesso do Cliente.

“O produtor pode usar a ferramenta ‘Lado a Lado’ para analisar instantaneamente todos os mapas de plantio: velocidade x população; variedade/híbrido x data de plantio; mapa da plantadeira x velocidade etc.”, explica Jéssica.

populacao data plantio soja

A ferramenta Split Screen (conhecida como Visão Lado a Lado) apresenta, à esquerda, um mapa de população de plantas em determinado talhão; à direita, a ferramenta o compara com o mapa de plantio da mesma área

 

Faça testes comparativos de manejo em soja usando a agricultura digital

O processo de plantio de soja pode ser um momento importante para o sojicultor realizar testes comparativos entre manejos. Por exemplo, pode testar qual tratamento de sementes é melhor, ou quais herbicidas usados na dessecação tiveram melhor performance em cada área, ou realizar teste de solo para plantio.

Tudo isso fica mais fácil com a utilização das marcações georreferenciadas – PIN, que dispensam o uso de estacas e bandeirolas no campo. Além disso, recorrendo a essas marcações, o sojicultor pode acompanhar o desenvolvimento, tanto dos testes como da lavoura, por meio das imagens do Diagnóstico FieldView™ enviadas ao produtor. 

“Além de poder compartilhar seus talhões com o seu consultor de confiança, o produtor também pode utilizar PINs para georreferenciar suas áreas e ainda utilizar a ferramenta de subtalhão, que permite delimitar pequenas áreas dentro do talhão e obter relatórios pontuais sobre o que foi plantado e a população de sementes”, afirma Jéssica.

Ou seja, com as funcionalidades da agricultura tecnológica, a possibilidade de o produtor realizar testes na área é ainda maior e mais eficiente. Também é possível gerar mapas no momento em que a operação está em curso. Assim, fica mais simples verificar se a velocidade do plantio e a população estão corretas, se os tratamentos aplicados estão nos híbridos ou nas variedades semeadas etc. E tudo fica registrado na plataforma. A fazenda pode tornar-se um laboratório de testes a céu aberto.

Segundo Jéssica, o agricultor pode fazer testes de diferentes formas nos seus talhões, como teste de solo para plantio. “O valor disso é poder fazer análises com base na realidade do solo, da semente, do manejo e das características climáticas. Com isso, pode colher resultados, fazer as análises e, por fim, criar zonas de manejo com o passar do tempo”, salienta Jéssica.

CONFIRA AQUI: 5 testes para implementar durante plantio de soja e milho 

 

Entenda por que a integração de dados facilita a vida do produtor

Apesar da infinidade de possibilidades aberta pelas ferramentas digitais na agricultura moderna, é fato que nem sempre os softwares e aplicativos, que estão à disposição do produtor, “conversam entre si”. No entanto, essa é uma das facilidades de uma das plataformas de agricultura digital disponíveis no mercado, a Climate FieldView™, da Bayer. Pela possibilidade de integração de suas funcionalidades com as de inúmeras outras empresas, os dados podem ficar visíveis em um só local.

É importante para o produtor gerenciar o negócio e tomar decisões quando dispõe de uma ferramenta que oferece facilidade de integração das informações da lavoura, reunindo diferentes dados agronômicos de forma segura e de fácil acesso. “O produtor pode dizer adeus à prancheta, ao caderno, ou pendrive. Ao reunir, em um só lugar, informações da lavoura do produtor de diferentes aspectos, a plataforma traz praticidade e segurança na gestão da informação e na tomada de decisão”, enfatiza o gerente de Marketing de Produto.

O produtor que tiver mapas e demais informações geradas por outras plataformas pode importá-las, por exemplo, para o FieldViewTM. Desta forma, criam-se camadas/sobreposições de informações, permitindo fazer comparações de dados.

Essa integração de conteúdos faz muita diferença para a gestão das operações e para a tomada de decisões por parte do produtor. Inclusive, ao longo do processo de plantio da soja – etapa que é estratégica para a expressão do máximo potencial agronômico da cultura. 

CONFIRA TAMBÉM: Como as ferramentas da agricultura digital impactam o seu negócio


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