Na fazenda da família Delai, o plantio é 100% acompanhado com a agricultura digital
O território Araguaia/Xingu é composto por 22 municípios, distantes cerca de 1.100 km da capital do estado do Mato Grosso. Uma região com grande expansão agrícola nos últimos anos, em que se destacam culturas como soja, algodão, milho e gergelim, entre outras.
Nessa região, hoje o município de Canarana tem se destacando não apenas pela grande produção agrícola, como também pela aplicação de alta tecnologia em todas as operações no campo.
E é de lá que vamos trazer esse relato. Boa leitura!
A família Delai é tradicional produtora de soja e milho, além de se dedicar à pecuária. É referência na região por aliar bons resultados agrícolas com sustentabilidade em sua Fazenda na região de Canarana e Água Boa, no Vale do Rio Araguaia (MT).
Para atingir esse patamar, a família entrou de vez na era da agricultura 4.0. Mas esse processo não foi simples.
Enfrentou um desafio que é comum a muitos outros produtores rurais que têm interesse em incorporar tecnologias de ponta nas operações: preparar o parque de máquinas da fazenda, com equipamentos capazes de trazer informações precisas do campo, contribuindo para a tomada de decisões da porteira para dentro.
Em 2019, o engenheiro agrônomo Lucas Delai assumiu a tarefa de atualizar os equipamentos da propriedade visando incorporar essas novas tecnologias, como a agricultura digital.
“Enxergamos que as ferramentas digitais são importantes para aportarmos tecnologia, melhorar decisões no dia a dia do campo, conhecer nossa lavoura com maior precisão, aperfeiçoar manejos e, consequentemente, elevar nossos resultados”, afirma Delai.
Hoje a propriedade utiliza a plataforma Climate FieldView em 100% do plantio e 90% da colheita. Além disso, Delai já se prepara para estender o uso da agriculta digital para a pulverização.
“Não tínhamos muitas máquinas compatíveis com o FieldView, mas queríamos aumentar o uso da tecnologia na lavoura, visando melhorar a qualidade das operações e a produtividade. Por isso, adquirimos novos equipamentos que pudessem trabalhar com a plataforma”, relata.
O período de semear a safra é bastante corrido para Delai. “Rodamos a operação de plantio 24 horas por dia.”
O bom é que ele pode contar com o apoio das ferramentas digitais em todo processo.
Delai explica que, com FieldView, ele consegue acompanhar:
“Por exemplo, nosso operador fica sabendo se está caindo a quantidade certa de sementes ou híbridos no sulco enquanto o plantio está acontecendo.” Se houver algum problema, é só parar a máquina, fazer o ajuste necessário e retomar a operação.
Ele lembra que o milho é uma cultura em que a velocidade da plantadeira pode ser grande aliada ou inimiga da produtividade. Quanto maior for a velocidade, maior é a possibilidade de piorar a distribuição de sementes.
“Por isso, mantemos uma velocidade de até 6,5 km/h. E para assegurar isso, acompanhamos de perto toda operação com o Mapa de Velocidade do FieldView, garantindo a qualidade do nosso plantio”, afirma Delai.
O Mapa de Velocidade do plantio do FieldView garante que a operação seja realizada na velocidade recomendada
Um caso que ficou na memória de Lucas Delai foi durante o plantio de um talhão específico em que houve falha na operação. “O plantio era noturno. Cheguei na frente de trabalho e percebi, no mapa de plantio, que uma seção da plantadeira estava pintada de vermelho no mapa, indicando que havia algum problema.”
Segundo ele, tinha quebrado uma válvula, que fez com quem caíssem menos sementes por sulco do que o planejado. “Se não tivéssemos percebido o problema com a ajuda do FieldViewTM, teríamos plantado a noite inteira daquela forma. Com isso, a plataforma salvou alguns hectares do nosso plantio.”
Caso não tivesse detectado o problema, Delai teria plantado 100 ha durante aquela madrugada. A densidade recomendada de sementes para a área era de 333 a 355 mil sementes por hectare (15/16 sementes por metro).
Mas, com o problema na válvula, passaram a cair no sulco de 8 a 9 sementes por metro, ou seja, de 180 a 200 mil sementes por hectare.
Neste mapa, é possível verificar quando uma seção da plantadeira começou a ser registrada em vermelho no mapa, indicando que havia algum problema na operação
“É difícil precisar qual prejuízo teríamos se o erro não tivesse sido identificado com a ajuda do FieldViewTM, mas poderia dizer que teríamos uma perda de cerca de R$ 150 mil por não termos o número suficiente de plantas no talhão”, afirma Delai.
Ele explica como chegou a esse número: “teriam sido plantados 100 hectares naquela noite. Com menos sementes por metro, eu calculo cerca de 10 sacos a menos por hectare. Considerando que o preço da soja na safra estava em R$ 150/sc, teríamos um prejuízo de uns R$ 150 mil, fora outros problemas, como ocorrência de daninhas”, detalha o produtor.
Ao utilizar as ferramentas do FieldView, Delai consegue avaliar melhor as operações ao longo da safra. “Assim, tenho condições de tomar decisões precisas e com agilidade.”
Isso permite que ele consiga, por exemplo, detectar uma área que não foi plantada adequadamente. A causa pode ter sido a velocidade da plantadeira fora do recomendado, ou uma manobra errada, ou, às vezes, o equipamento não estava regulado corretamente.
“Sem esse respaldo da tecnologia, vou saber que houve um problema de plantio em determinado ponto apenas depois que o talhão germinar e crescer. Mas com a tecnologia, posso entender melhor o que está acontecendo no talhão e posso tomar uma decisão com agilidade”, conclui.
Para avançar com a digitalização na fazenda, Delai planeja investir em conectividade em todas as máquinas. Não é um investimento barato, mas necessário. “Quero acompanhar a lavoura pelo FieldView 24 horas por dia, de onde eu estiver.”
A aceleração do processo de digitalização do negócio tem outro objetivo: a dificuldade de mão de obra para trabalhar na fazenda. “Existe aqui no estado uma demanda muito grande por profissionais, por isso vamos tentar automatizar cada vez mais nossas operações”, sublinha.
Quer saber mais sobre como utilizar FieldViewTM no plantio e tirar dúvidas, entre em contato conosco.