O FieldView Drive é um dispositivo que coleta, processa e armazena informações geradas no campo
A agricultura brasileira não é mais a mesma. O setor tem passado por um processo acelerado de transformação digital nos últimos anos, beneficiando agricultores de todos os portes de Norte a Sul do país.
No Brasil, a plataforma pioneira em agricultura digital é a Climate FieldView, presente no país desde 2017.
O uso de ferramentas digitais no dia a dia da lavoura permite gerar dados durante todas as operações agrícolas, potencializando a capacidade do produtor de monitorar e analisar seus talhões e de tomar decisões mais assertivas.
Mas como esses dados chegam até o produtor, em condições de serem analisados e de contribuírem para a gestão da lavoura?
O agricultor utiliza o FieldView Drive, um dispositivo que coleta, processa e armazena informações geradas no campo e que podem ser acessadas de forma simples pelo agricultor.
Não é só isso! Fica com a gente que vamos te apresentar todos os benefícios do Drive e a avaliação de produtores rurais sobre esse dispositivo nas rotinas do campo.
Giovani Kossovski: “usar o Drive foi a virada de chave na minha lavoura”
O FieldView Drive é basicamente um hardware que tem a capacidade de leitura dos protocolos da Rede CAN do equipamento. O dispositivo converte os dados que estão trafegando dentro desta rede, seja ela proprietária ou CANbus. Essas informações são “traduzidas” por meio do iPad para o produtor, permitindo a visualização de dados como velocidade, produtividade, data da operação e população de sementes.
Em outras palavras, o Drive transforma em mapas a informação bruta que passa pela máquina e com rapidez e precisão, permitindo que o produtor faça análises, tenha insights e tome decisões com base no que de fato está acontecendo em cada ponto do talhão.
Durante cada operação, o Drive coleta dados da máquina, gerando mapas e relatórios automaticamente no aplicativo FieldView Cab. Isso é acompanhado em tempo real de dentro da cabine porque o Drive conecta a máquina com o iPad por meio do bluetooth.
Os mapas gerados pelo Drive (de plantio, pulverização e colheita) são coletados off-line (quando não há presença de internet no campo) e sincronizados automaticamente para a conta do produtor assim que ele se conecta à rede wifi da sede da fazenda.
Aos que possuem cobertura 3G/4G, os dados são sincronizados automaticamente conforma a progressão da operação, gerando facilidade e comodidade ao usuário.
O Drive é acoplado à Porta CAN da máquina e, por meio do bluetooth, se conecta com o equipamento
A seguir, veja em detalhes as 6 principais vantagens do FieldView Drive:
O FieldView Drive gera mapas com alta precisão e que são de fácil entendimento. Possuem cores e legendas que permitem ao produtor ou operador enxergar exatamente o que está acontecendo no talhão e na operação.
Com esse processo de mapeamento, é possível, por exemplo, identificar falhas de plantio, acompanhar a velocidade do equipamento, ou visualizar as zonas de maior ou menor produção do talhão.
A qualidade das imagens é o grande diferencial do Drive no mercado. Quando uma máquina percorre uma região da lavoura, ao invés de expressar no mapa dados genéricos sobre aquela “passada”, o dispositivo oferece para o produtor informações precisas sobre cada seção/bico ou linha de plantio, resultando em mapa de grande qualidade.
Os dados de cada linha plantada ou de cada bico de pulverização, por exemplo, são registrados no mapeamento das operações. Já na colheita, o Drive gera dados reais sobre a produtividade em cada área do talhão.
Como são mapas de qualidade e de alta confiabilidade, também é possível analisar as operações e o desenvolvimento do talhão correlacionando essas imagens com outras (tanto com mapas da safra em curso, como de safras anteriores).
Desta forma, o produtor pode tirar diferentes insights agronômicos e tomar decisões com maior assertividade.
Se o produtor utiliza FieldView Drive e possui conectividade com internet, pode fazer o acompanhamento remoto e em tempo real de suas operações. Basta usar a função Remote View, que permite acessar diferentes informações independente da localização.
Assim, o agricultor pode acompanhar ao vivo o mapeamento, conferindo o progresso do plantio, da pulverização, da colheita e de outras atividades agrícolas.
“Essa possibilidade de fazer o acompanhamento remoto traz uma grande facilidade. No plantio, consigo acompanhar em tempo real quantos hectares foram plantados. Quando percebo que está acabando as sementes na plantadeira, entro em contato com a equipe para fazer o reabastecimento”, relata Lucas Trein, agricultor de Sorriso (MT).
“Sempre uso a ferramenta também para acompanhar a velocidade da máquina. Também teve uma vez que percebi pelos mapas que estava havendo um problema de embuchamento e entrei em contato de imediato com o operador. Por isso, é uma funcionalidade que me permite visualizar as operações rapidamente e tomar decisões”, acrescenta Trein.
Outro diferencial do Drive é a possibilidade de rastrear o desempenho de produtos, como híbridos e variedades.
O dispositivo faz o mapeamento exato da aplicação de determinado material. Isso permite ao produtor não apenas saber qual tipo de híbrido ou variedade foi plantado em cada metro quadrado do talhão, como também permite correlacionar essa informação com data de plantio, identificação da máquina que fez a operação, registro de quais defensivos foram aplicados etc.
Posteriormente, após a colheita, o produtor tem condições de obter a produtividade exata de cada híbrido ou variedade plantado neste talhão, podendo ainda considerar na análise as diferentes informações que foram registradas, como data de plantio do material.
“Conforme ampliei a digitalização da fazenda e passei a usar o Drive, consegui gradativamente um crescente na minha produtividade. Um dos motivos é que passei a dimensionar melhor minhas variedades e híbridos em cada talhão. Por exemplo, consegui analisar melhor o desempenho dos meus materiais separadamente, talhão por talhão”, afirma o produtor Giovani Kossovski.
Para o agricultor iniciar o uso do Drive no dia a dia da fazenda é bastante simples. “É só acoplá-lo na Porta CAN da máquina e, por meio do bluetooth, fazer a conexão com o equipamento”, explica Guiverson Bueno, agricultor em Lucas do Rio Verde (MT).
“Também é necessário registrar no dispositivo as medidas da máquina, mas a maior parte dos equipamentos já têm as medidas pré-definidas dentro do FieldView. Basta selecionar. Por isso, é bem fácil iniciar o mapeamento da lavoura com o Drive”, acrescenta.
Caso o produtor tenha adquirido o Drive pela Orbia (marketplace e programa de fidelidade focado no agronegócio), recebe em casa o produto e tem condições de instalá-lo sozinho, apenas seguindo algumas instruções.
A capacidade do FieldView Drive de ser multimarca é uma das principais vantagens competitivas da plataforma, permitindo que seja acessível a uma grande gama de agricultores.
Isso porque mais de 80% das marcas de equipamentos do mercado são compatíveis com o FieldView e, por isso, podem rodar o Drive em suas operações diárias. Além disso, em alguns casos em que não existe compatibilidade, também é possível fazer a conexão entre o Drive e a máquina utilizando alguns acessórios.
Ao utilizar o Drive, o produtor pode se conectar com um ecossistema único de soluções no agronegócio. Num primeiro momento, pode utilizar todas as ferramentas de agricultura digital do FieldView, como Prescrições de Sementes e monitoramento por imagens de satélite.
Além disso, pode ter uma experiência integrada com os programas de agricultura digital da Bayer, que permitem ao agricultor melhorar seus resultados e obter maior produtividade, uma vez que pode otimizar o uso de sementes e defensivos, por exemplo.
+ Com os dados gerados pelo Drive, é possível planejar as próximas safras
“Utilizo o Drive para ver em tempo real a operação acontecendo na lavoura”, salienta Guiverson Bueno. Segundo ele, o dispositivo traduz o que está no campo para uma tela de forma resumida, permitindo enxergar o que há em cada metro quadrado dos talhões.
Todas as suas operações são mapeadas com o Drive. Assim, consegue gerar o histórico de toda lavoura. “Uso esses dados de safras anteriores para planejar as próximas safras, buscando sempre elevar a produtividade em cada área e evitar cometer novamente alguns erros”, pontua Bueno.
Ele utiliza atualmente 5 drives, que são suficientes para fazer o mapeamento de todas as operações em seus 890 hectares de área. “Registramos todos os dados em cada metro quadrado das nossas duas fazendas”, sublinha.
+ O Drive é um equipamento simples de ser usado no dia a dia da lavoura
O Drive é importante porque faz a ponte entre a máquina e o FieldView, segundo Alisson Ruthes, agricultor em Rio Negro (PR). “Esse dispositivo traz pra gente facilidade no transporte de dados”, destaca o produtor, que usa o Drive nas operações de plantio, colheita e aplicação de fertilizantes.
Na visão dele, utilizar esse hardware é importante na digitalização de todas as operações da fazenda porque nem todas as máquinas têm um monitor que possa armazenar informações para, posteriormente, serem exportadas em forma de mapa.
“É um equipamento simples de ser usado. Com o bluetooth, conecta facilmente ao iPad e, depois da primeira conexão, conecta automaticamente. Não precisa ter muita experiência pra trabalhar com ele”, relata Ruthes.
+ Mapa de Produtividade: é possível acessá-lo durante toda a colheita
“O Drive é a grande jogada, é o diferencial da plataforma FieldView, porque o dispositivo pega a informação da máquina e passa para o tablet em tempo real. É imprescindível na digitalização da fazenda”, afirma Lucas Trein, produtor em Sorriso (MT).
Onde enxerga mais valor no uso do Drive? Para ele, um dos principais benefícios que o dispositivo trouxe para o negócio foi no momento de colher a lavoura. “Desde que comecei a utilizar o Drive, tenho acesso ao Mapa de Produtividade quase que diariamente durante a colheita. Essa é uma informação muito valiosa pra gente”, acrescenta.
Também vê muito valor na possibilidade de fazer o acompanhamento remoto das operações. “Traz muita facilidade e diminui a probabilidade de erros durante a safra”, conclui Trein.